Capítulo 32

13 1 0
                                    

Henrique narrando

Estava no lugar que eu mais frequentava no momento além do meu trabalho. O bar. Desde que sai da casa de Valentina a minha vida tomou um rumo totalmente diferente, eu fiquei sem chão ao saber que ela estava grávida de outro cara, um cara que não era eu.

Mas eu não podia fazer nada, eu ferrei com tudo, ferrei com a vida dela. O culpado de tudo sou eu, mas sou egoísta porque amo ela e a quero todos os dias da minha droga de vida. Não consigo seguir em frente e nem quero, minha esperança é que a gente ainda tenha algo pra ser vivido algum dia, mas a cada dia que se passa eu tenho menos certeza disso.

Ela vai ser mãe caramba! Mãe!

E eu tenho certeza que ela vai ser uma mãe maravilhosa, a melhor mãe do mundo pra sua filha. Eu tava empolgado porque tinha quase certeza de que aquela criança era minha, mas ela tomou cuidado pra não engravidar de mim, a pessoa que mais ama ela no mundo, mas,acabou engravidando de um cara qualquer, que a abandonou na primeira oportunidade. Mas, eu só quero que ela seja feliz, longe de mim se possível.

_Você escutou o que falei Henri? - Meu amigo me tira dos meus pensamentos.

_ Ântonie, ela não sai dos meus pensamentos, isso tá acabando comigo. -Viro minha quarta dose de whisky desde que cheguei aqui.

_Cara! Eu já te aconselhei, já te disse o que você deve fazer, devia me escutar ao menos uma vez. -Ele me olha e da tapinhas nas minhas costas.

Antônie quer que eu vá até lá e diga pra ela que vou assumir aquela criança e que ela não deve se preocupar com nada porque eu não iria embora de novo e estava ali pra ajudá-la e dizer a ela que nunca deixei de amá-la. Ele quer que eu não desista dela. Mas sou um covarde.

_Eu já estraguei muito a vida dela. Tá na hora de dar um basta, já chega. Eu realmente preciso deixar ela ir. Não me importa minha felicidade agora porque ela tá indo embora. Minha felicidade é ela. -Digo essas palavras com pesar, porque é o que eu quero, mas não no fundo do meu coração.
Ficamos mais um tempo no bar e depois segui pra casa, estava bêbado e dirigindo. Que ótimo Henrique!


Quando cheguei em casa tive sorte por Ana ainda estar acordada fazendo sei lá o que.

_Ana! Eu sou um covarde. - Digo entrando e sentando no sofá.

Eu tava muito tonto, tinha bebido além da conta pra quem teria trabalho no dia seguinte.

_Não acredito que andou bebendo de novo em plena semana e ainda mais dirigindo bêbado Henrique. Isso é perigoso. -Ela me da a mesma bronca que vem me dando nos últimos dias.

_Ela ta grávida e feliz e a criança não é minha Ana, a mulher da minha vida foi embora pra sempre. -Começo a chorar como nunca antes.

Eu deixo meu choro sair livre, venho guardando tudo dentro de mim esse tempo todo, mas meu limite chegou.

_Oh meu querido! -Ana senta do meu lado e me abraça, deito no colo dela e ali fico, chorando que nem um adolescente quando tem seu primeiro coração partido.

Já chega! Eu realmente tenho que esquecer ela, deixar ela livre e viver minha vida sem esperar por ela. Porque eu sei que ela não volta mais.

A Procura Do Amor /1° Da DuologiaOnde histórias criam vida. Descubra agora