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William colocou as mãos na cintura, segurando o telefone no ouvido, mas ele só gritava, ardendo em fúria. Os olhos de Vince pesaram, junto com sua cabeça, mas ele se forçou a continuar em foco, na mancha que era a figura de William.

Seus braços ainda estavam amarrados, ele tentou mexer os pés, mas eles também estavam amarrados e uma corda grossa. A boca seca, ele sabia que não iria conseguir falar direito por conta disso. Mas então veio a dor da ferida, ela doía quase quanto a falta da causadora dela.

- É por isso, seu filhos da puta, que eu faço tudo sozinho! Era dificil assim matar aquele maconheiro? Heim? O que eu vou falar para Dimitri agora? .- Ele desligou e apertou o celular no punho, com raiva. Lançou um olhar para Vince, que fazia uma cara de dor e mal conseguia abrir os olhos.- Eu não ficaria feliz se fosse você, Edwin. Isso é só mais um motivo para quando eu botar as mãos na vadia da sua irmã, ela morrer da pior forma possível.

- O único que vai morrer aqui...- Vince disse com a voz falha.- ...Será você.

- CALE A BOCA!.- William gritou arremessando o telefone em Vince. Mas por pouco não o acertou.- Você matou as duas únicas pessoas que eu amei na minha vida!

- Você matou minha família, William. Não seja hipócrita. Você matou o Paul...minha família...

- FAMÍLIA? Ah, vamos, me poupe. Você odiava seu pai, odiava seu próprio irmão!.- William sorriu.

- Não quero falar com você, por favor...cale sua boca.- Vince disse fechando os olhos, os lábios ficaram brancos. William juntou as sobrancelhas.

- Não, não..você nem pense em morrer, maldito. Quero brincar muito com você ainda.- Ele se ajoelhou na frente de Vince, lançando um tapa na sua cara, mas vince nem sequer abriu os olhos. William deu outro tapa.- Acorde!.- Ele se levantou pondo as mãos na cintura e indo até aporta, onde tinham dois homens de guarda.- Dê algum remédio para ele, sei lá, adrenalina, não importa, o mantenha acordado.

- Sim, chefe.- Os homens responderam, entreando na

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Eleanor não conseguiu dormir. Duas noites mal dormidas já. Calvin não saia de perto dela, mas eles mal conversavam, de qualquer forma ela estava grata por ele estar ali.

Brad acordou cedo e a viu sentada sob dois pneus velhos, lá fora. Enrolada em um casaco laranja. Ele parou do seu lado segurando um copo com suco.

- Sinto muito, querida.- Ele disse, passando a mão na cabeça dela.- Toma.

Ele entregou o copo para ela. O céu estava cinza, tinha chovido a noite toda, só havia parado no amanhecer, mas ela sabia que logo logo choveria de novo. Mas ela achou o clima agradável.

- Obrigada, Brad.- Ela pegou o copo mas não bebeu.

- Tem certeza do que está prestes a fazer, Eleanor?

Ela respirou fundo e concordou. Bradlin cruzou os braços e balançou a cabeça.

- Tudo bem. Bom, eu vou entrar e prepara algo para aquele cara...Calvin, ele parece com fome.- Ele se afastou.- E a senhorita, não vá se molhar.

Eleanor sorriu, mas não foi nada parecido com um sorriso.

O vento frio de chuva logo se aproximou, dançando com o cabelo dela. As nuvens cinzas no céu fazia parecer que era a noite ainda. A tatuagem na sua clavícula coçou e ela jurou que devia ser alguma ligação com Vince, e aquilo fez seu peito doer.

De longe um carro se aproximava, ela continuou observando, poderia ser o vizinho do galpão. Mas o carro não virou a direita, nem a esquerda. Ele veio. Eleanor segurou a arma presa na cintura e desceu dos pneus. O carro parou perto das arvores, ela engoliu seco e olhou para trás, onde o portão do galpão estava, rezando para seu pai aparecer, para que não fosse quem ela pensasse que fosse. Então a porta se abriu e Dorian desceu, mancando, até a moça do lado do motorista descer e o ajudar. Ela tinha cabelos castanhos repicados na altura dos ombros, era baixa, quase mais baixa que ela.

The Next Move (Sob Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora