Capítulo 20 - 3ª Noite de pesadelo

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--//Bruno\\--

Hoje será a ultima noite que deixarei o meu amor dormindo sozinho, pois vais ser meu ultimo turno da noite.

Escrevi um poema para ele, e deixei-o na cama junto com uma rosa. Ele adora quando eu faço isso, mas hoje tinha que ser ainda mais especial, só não sabia o porquê, mas algo me dizia que precisava de o fazer.

Quando ele chegou a casa, no final de mais um dia de trabalho, se dirigiu ao quarto e foi logo tomar banho e se trocar, pois iria jantar em casa dos pais.

Era assim todos os dias que eu não jantava com ele, às vezes dormia lá, para não se sentir tão sozinho em casa.

A única altura em que podíamos estar juntos, era ou no meu dia de folga, ou na hora de almoço dele. Onde sempre aproveitávamos para matar soldades um do outro. Até no banheiro do restaurante, onde íamos almoçar a gente chegou a fazer amor. Confesso que foi bastante excitante. Acho que foi por isso, por causa de momentos destes que quebravam a rotina, que fizeram com que o Bê não desistisse de mim.

Mas a partir de hoje essas noites sozinho iriam terminar.

Esta noite o Bê não quis dormir em casa dos pais, e voltou para a nossa casa, e só quando se foi deitar é que reparou no bilhete que lhe deixei, com a rosa, na qual dizia:

Esta noite o Bê não quis dormir em casa dos pais, e voltou para a nossa casa, e só quando se foi deitar é que reparou no bilhete que lhe deixei, com a rosa, na qual dizia:

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De B para B

Perdidos no momento

Amar leva o seu tempo

Deixa o coração aberto

Tenho o meu aqui tão perto


Se o mundo me levar ao chão

Se largares a minha mão

Deixa-me olhar para ti

Deixa-me abraçar-te

E tu sorris


Somos mais do que paixão

Para lá do que é a razão

Se o mundo me levar

O teu chão eu já não piso

Encara a chuva como minhas lágrimas

E o sol como o meu sorriso


Nuvens os meu amuos

As estrelas surpresas

Porque neste céu livre

As nossas almas estão presas


É o nosso karma

Vivermos condenados a saber

Que mesmo estando juntos

Não nos podemos ter


Tal como tu a vida é rara

Guardo as histórias que o tempo leva

Mais do que o mundo

O amor não pára

Amo-te muito

Bruno

Entretanto no meu local de trabalho, estava correndo tudo normalmente, até que vejo um jipe preto a alta velocidade derrubando o portão, e vou na sua direção fazendo um disparo de aviso, aí eles atravessam o jipe e saem disparando na minha direção. Perante aquele aparato já à pessoas das casas acendendo as luzes e vindo ver o que se passa, e ligaram para a policia.

Me protejo atrás de um carro fazendo disparos na direção deles, eram cinco, mas consegui abater logo dois deles. Nisto meu parceiro de turno vem em meu auxilio e acaba sendo atingido por uma bala.

- Se não o tirar dali, da vista dos bandidos eles vão matá-lo – pensei para mim mesmo.

Então não faço mais nada e sai-o do meu local de proteção disparando contra eles, para tirar meu parceiro dali. Consegui abater mais um, e meu parceiro outro, mas o outro, no momento em que estou já colocando meu parceiro em segurança, me atingiu com uns três tiros, um na perna, outro no abdómen e por fim um nas costas no lado do coração.

Entretanto meu parceiro acaba abatendo ele. Nesse mesmo instante já se ouvem as sirenes da policia se aproximando.

Dando-me conta do estado grave em que me encontrava, meu parceiro, o Fábio, só me dizia para ficar quieto.

- Fábio: fica quieto, Bruno. Já está chegando ajuda. Vais ficar bem. – dizia assustado.

- Bruno: me ajuda a encostar-me à parede. – pedia num tom calmo.

- Fábio: claro. Mas para quê? – disse confuso.

- Bruno: Preciso de fazer uma chamada.

E assim fiz, tirei meu telemóvel do bolso e liguei para o Bê, que atendeu passado alguns segundos.

- Bê: oi amor. O que foi? – disse com voz de sono – Estavas com soldades minhas.

- Bruno: sim amor. Estava com soldades da tua voz. –disse permanecendo calmo e tentando segurar as lágrimas.

- Bê: adorei o bilhete e a rosa. Obrigado amor.

- Bruno: ainda bem que gostas-te. Te amo... te amo muito, não te esqueças disso nunca.

- Bê: para quê isso agora amor. Também te amo muito.

Nesse exacto momento me sinto perdendo as forças e deixo o telemóvel cair.

A ligação caiu e Bê ligou de volta, para saber o que aconteceu, para a ligação ter caído de repente, mas não obteve resposta. Depois de uns dez minutos tentado ligar, já preocupado, para o meu telemóvel, Bê conseguiu falar com alguém, mas não era eu. Era um policial que estava falando do outro lado da linha e ele tinha péssimas noticias.

Nesse momento Bê ficou sabendo que eu havia sido baleado, e por isso estavam me levando para o hospital.

Assim que desligou, mesmo extremamente abalado, ele ligou para o Carlos contando tudo e pedindo para ele ir com ele para o hospital, na qual Carlos atendeu o seu pedido e logo estavam os dois se dirigindo para o hospital.

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