--//Bernardo\\--
No dia seguinte foi acordado pelo Bruno, na qual sussurrava na minha orelha:
- Bruno: vamos acordar, dorminhoco! – dizia atrás de mim me envolvendo em um abraço.
- Bê: nãão! – disse cheio de preguiça.
- Bruno: mas já são 11h. precisamos de aproveitar este ultimo dia de fim de semana.
- Bê: tudo bem. – disse me virando para ele, ficando cara a cara com ele – Mas a culpa é tua por eu estar tão cansado.
- Bruno: Ora, tu vais dizer que não adoraste a nossa noite?! Porque eu não notei nenhuma resistência da tua parte – falou rindo.
- Bê: é claro que eu não adorei. Eu amei! – disse rindo também.
- Bruno: por falar nisso, lembra-me de ligar para o Daniel, a agradecer, porque ele deve ter-te orientado muito bem. Tu sabias exatamente o que estavas fazendo, mesmo com a tua...bem, com a tua "limitação".
- Bê: isso é verdade. – disse e continuei, mudando para um tom mais brincalhão – Mas 50% do trabalho também foi talento meu.
- Bruno: Bê, também me lembra de procurar a tua modéstia – falou rindo - Mas voltando ao assunto, eu adorei a nossa noite, e fiquei feliz de poder, tu sabes, fazer amor contigo. Eu confesso que não esperava que isso acontecesse tão cedo.
- Bê: para falar a verdade, nem eu. Mas eu não quero deixar que a mina limitação influencie demais a minha vida. Eu te amo e te desejo, então eu quero fazer amor contigo quando eu tiver vontade.
- Bruno: eu também te amo e te desejo. Fazer amor contigo é uma experiencia maravilhosa. Tu me fizeste descobrir um novo mundo, sexualmente e emocionalmente. – disse, enquanto percorria o contorno do meu rosto.
- Bê: bem vindo ao meu mundo, cheio de festas, sexo e bebida.
- Bruno: cala a boca Bê. – disse, rindo e me empurrando – Eu estou aqui me declarando e tu fazendo graça.
- Bê: desculpa amor. Eu não resisti. – respondi rindo também – Mas, falando sério, eu fico feliz que estejas apreciando esta nova experiencia.
- Bruno: bem, eu não tenho do que reclamar. Para minha primeira vez com outro homem foi...como poderei dizer...maravilhosa. Assim como tu.
- Bê: como eu disse. Talento meu.
- Bruno: Bernardo! Tu estás impossível hoje. – disse rindo e levantando-se da cama e continuou – Eu vou tomar banho.
- Bê: queres companhia?
- Bruno: Sempre. A tua companhia, é claro.
- Bê: obviamente.
Quando terminamos de tomar banho, já era hora de almoço, de modos que nos dirigimos ao restaurante para almoçarmos, onde Carlos e Ana já se encontravam.
- Carlos: bom dia! Eu já estava me perguntando a que horas vocês acordariam.
- Bê: desculpa, nós não vimos o tempo passar ontem à noite e acabamos dormindo tarde.
- Carlos: está tudo bem, eu só não quero que deixem de aproveitar este nosso ultimo dia aqui. – disse calmamente.
Logo almoçamos todos juntos, conversando sobre vários assuntos. Posteriormente, Carlos teve a ideia de passarmos a tarde na piscina.
- Bruno: tu podes usar umas boias. Eu sei que não vais querer ficar fora da água.
- Bê: tu me conheces muito bem.- respondi – Eu só preciso trocar de roupa, então poderemos curtir este dia maravilhoso.
- Carlos: então nos vemos daqui a pouco na piscina.
- Ana: eu também vou trocar de roupa e irei em alguns instantes.
Já no quarto tentava vestir uma sunga.
- Bruno: precisas de ajuda para vestir isso. – disse apontando para a sunga na minha mão.
- Bê: eu consigo sozinho. Mas levaria mais tempo e eu também não posso recusar uma proposta dessas te envolvendo tocando no meu corpo.
- Bruno: porque é que achas que eu perguntei. – respondeu com aquele sorriso malicioso.
Alguns minutos depois, aparecemos na área da piscina e encontramos, Carlos e Ana já tomando sol.
- Carlos: porque demoraram tanto? O clima está ótimo.
- Bruno: esta mesmo Carlos. Acho até que já vamos cair na piscina. – disse empurrando-me na cadeira de rodas. – Tu já queres entrar?
- Bê: sim. Vamos nessa!
Então entramos na piscina e eu abdiquei das boias, pois queria ficar novamente em pé, com a ajuda do Bruno.
- Bê: é tão bom poder ficar assim novamente. Obrigado, meu amor.
- Bruno: de nada. Isto não exige muito esforço já que a água faz o teu corpo parecer mais leve ainda.
- Bê: não é somente por isso, mas por tudo o que tu tens feito por mim. – disse olhando-o serenamente.
- Bruno: eu não me importo de fazer nada do que tenho feito até agora por ti. Eu farei muito mais, se necessário.
- Bê: tem como não te amar?! – disse me inclinando para beijá-lo.
- Bruno: obviamente não. Agora pára de me seduzir na frente do teu irmão. – disse rindo.
Conversámos e namoramos muito, enquanto permanecíamos dentro da piscina.
Mais tarde o Bruno me levou para o quarto, me acomodando confortavelmente na cama, para fazermos as malas, para voltarmos para casa. Nosso fim de semana tinha terminado.
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Noites de Pesadelo
De TodoNoites de pesadelo, conta a história de Bruno um português hétero e Bernardo um brasileiro homossexual, e como a grande amizade que eles tem se pode transformar em noites de pesadelo. Um drama que vai por á prova essa amizade ou era revelar o grande...