---//Bruno\\---
Tudo começou numa festa, em que Bernardo já se encontrava descontrolado, alterado, bem bêbado mesmo. Já nem sei bem como começou mas lembro-me bem como acabou.
- Bernardo: NUNCA NA VIDA IRIA NAMORAR CONTIGO, TE ENXERGA BRUNO – falava ele cheio de raiva.
- Ana: Para com isso Bê, o Bruno não te fez nada – dizia para tentar acalmar os ânimos.
- Bernardo: COMO NÃO FEZ NADA, PASSA A VIDA A OLHAR PARA MIM. SE PENSAS QUE DAQUI VAIS TER ALGUMA COISA ESTÁS BEM ENGANADO – disse olhando para mim – TE ODEIO.
- Ana: PÁRA. Já chega – tentando por um fim á discussão.
- Bruno: Deixa Ana...Deixa ele falar hoje tudo o que ele quiser, porque amanhã a conversa vai ser outra – disse tentando parecer calmo – só dizes isso hoje amanhã quando estiveres sóbrio.... - Bernardo nem me deixou acabar de falar e logo diz.
- Bernardo: AMANHÃ SÓBRIO VOU LEMBRAR DE TUDO E DIZER-TE TUDO NA CARA DE NOVO. QUE TE ODEIO.
Decidi virar costas e sair dali, pois toda a gente da festa já nos rodeava, e não valia a pena falar com o Bernardo naquele estado.
O Carlos veio atrás de mim, ver se eu não iria fazer besteira, pois apesar de parecer calmo com tudo o que acabara de ouvir do Bê, eu estava bem magoado e raivoso. Pronto para matar alguém mesmo, e eu sabia quem, mas apesar de tudo nunca consegui agredir o Bê, nem mesmo quando ele merecia e para evitar chegar a esse ponto eu sempre me afastava.
- Carlos: Bruno espera – diz ele correndo na minha direção.
- Bruno: Não te preocupes, não vou fazer besteira – falei tentando despreocupa-lo.
- Carlos: Não ligues ao meu irmão, eu não sei o que foi que se passou para ele ter aquela reação contigo, mas sei que amanhã já vai estrar te pedindo desculpas – disse ele tentando-me animar.
- Bruno: eu sei disso, e sei bem qual vai ser o discurso dele. Só é pena é que eu não vou querer ouvir.
- Carlos: queres que eu te leve a casa. Eu sei que por traz dessa tua calma, na verdade está um rapaz prestes a explodir.
- Bruno: não é preciso eu estou de carro e prometo que vou com calma. Agora só quero chegar a casa e dormir. Volta para a festa e aproveita.
- Carlos: OK...vai com calma – disse se dando por vencido, pois ele sabia que não valia apena insistir comigo.
Assim foi segui para o carro e saí dali, daquele pesadelo. Confesso que não esperava ouvir aquilo do Bê, isso me abalou muito, não percebi o porquê de tanta raiva numa hora para a outra.
Estava nesses pensamentos, num cruzamento, quando sigo caminho nem deu tempo para pensar em mais nada, um carro desnorteado que não respeitou o sinal, já me tinha abarroado. De repente ficou tudo escuro, não me lembro de mais nada.
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Noites de Pesadelo
RastgeleNoites de pesadelo, conta a história de Bruno um português hétero e Bernardo um brasileiro homossexual, e como a grande amizade que eles tem se pode transformar em noites de pesadelo. Um drama que vai por á prova essa amizade ou era revelar o grande...