Capítulo 5 - Acordando do pesadelo

103 9 0
                                    



--// Bruno \\--

Estava sentindo alguém perto de mim, me tocando, quando comecei por fim a mexer meu corpo e abrir os olhos. Mas quando abri os olhos claramente, não tinha ninguém.

Estava ligado a maquinas e me veio alguns flaches do acidente, aí percebi que estava no hospital. Minha cabeça doía muito, meu corpo todo também, parecia que tinha sido atropelado por um camião.

Minutos depois um médico entra no quarto.

- Médico: então seu Bruno. Como se sente?

- Bruno: todo dorido doutor e doí-me muito a cabeça.

- Médico: é normal, você esteve em coma por quase 7 meses.

- Bruno: 7 meses? – disse incrédulo, pelo vistos o acidente foi bem grave.

- Médico: vou fazer-lhe umas perguntas só por despistagem. Se lembra do acidente?

- Bruno: só alguns flaches, mas nada de concreto.

- Médico: do seu nome, data de nacimento, nome de amigos, emprego, você se lembra?

- Bruno: sim. Me chamo Bruno Ferreira, nasci a 2 de Fevereiro de 1989 e meus melhores amigos se chamam, Ana, Carlos e Bernardo – quando falei o nome do Bê, me veio uma tristeza e não sabia o porquê – e trabalho como segurança.

- Médico: muito bom, isso é uma excelente noticia. Significa que você não perdeu a memória, só não lembra direito do dia do acidente, o que é muito comum nestes casos. Não precisa se preocupar. Bom vou deixa-lo descansar agora e avisar seu noivo que já pode vir vê-lo.

NOIVO? - repetia para mim mesmo – como assim meu noivo, que eu soubesse não estava noivo de minguem e muito menos de um cara.

Aquilo ficou matutando na minha cabeça, até que aporta se abriu novamente, já pensava que seria ele, meu "noivo". Mas não, era a Ana.

- Ana: oi amigão que susto tu nos deu, não faz isso nunca mais ouviu – falou me vindo abraçar.

- Bruno: é muito bom verte. Ana me diz uma coisa. Sabes algo sobre meu suposto noivo? – pela cara que ela fez eu sabia, que ela sabia de algo.

- Ana: isso foi ideia do Carlos – foi logo dizendo - Não fica bravo. Foi a única forma de alguém ficar contigo no quarto, visto não teres família.

Quando ela falou que foi ideia do Carlos eu já calculava quem seria meu suposto noivo.

- Bruno: já entendi tudo. Mas onde estão eles?

- Ana: no corredor.

- Bruno: então chama eles, para entrarem. – falei ansioso por vê-lo e mortinho para zoar ele, por causa do "noivo".

Ana foi chama-los, que logo entraram pelo quarto.

- Carlos: e aí mano, não faz isso com a gente de novo não – disse me vindo abraçar.

- Bruno: não sei não, já acordei deste sabendo que estou noivo do teu irmão – falei olhando para o Bê, que ficou todo envergonhado – quem sabe no próximo acordo casado com ele – falava com aquele sorriso safado mesmo.

- Carlos: a ideia foi minha tá. Mas não te queixes pois com esta pequena mentira tu ganhou a companhia dele exclusiva, só para ti.

- Bruno: na boa. Não estou chateado não. Mas e aí, vai ficar especado, não vem dar um abraço ao seu "noivo" – disse para o Bê que parecia que tinha paralisado.

- Bê: claro. – falou ele saindo do transe e me vindo abraçar, na qual ele não conteve as lágrimas.

- Bruno: vá não fica assim. Já estou bem e logo – logo já estarei te enchendo o saco. – falei tentando acalmá-lo.

- Bê: estava com tanto medo – disse se soltando dos meus braços.

- Ana: estava-mos todos. Nunca mais faz isso.

- Bruno: podes deixar. Se depender de mim nunca mais. O que mais quero agora é recuperar e sair daqui o quanto antes.

- Carlos: mas ainda vai demorar. Para voltares 100% para nós.

- Bê: não te lembras de nada do dia do acidente? – perguntou preocupado.

- Bruno: não, mas o médico diz que é normal, para não me preocupar.

- Carlos: bom, a gente vai ter que ir, mas amanhã a gente volta. Agora vamos deixar-te descansar. Vamos? – disse se virando para eles, na qual atenderam e se despediram de mim com mais um abraço.

Noites de PesadeloOnde histórias criam vida. Descubra agora