Tara
Eu acho que...não existe espaço para mim na vida deles. É essa sensação que estou tendo, enquanto eles mais uma vez, como na sala de estar conversam sobre coisas que, sério não finalidade pra nada. A verdade é que me importo com outras coisas. Não com a próxima viagem de férias, ou a casa de fulano que é "perrrrfeita" como a mulher que esta com o Tom enfatizou.
Pensei que, pelo menos o Tom fosse diferente.— Como foi com a Maria? - meu pai perguntou. Será que ele esta mesmo interessado ou só percebeu que estou de canto?
— Ela amou. Foi uma ótima ideia, leva-la psra Lombard Street como o senhor sugeriu. Estamos na primavera, então sem dúvida foi ótimo. Esta magnífico. - meu pai balançou a cabeça com um sorriso no rosto.
— Quantos anos tem a sua filha? - a "namorada" do Tom perguntou.
Não sei o nome dela. Não fomos apresentadas. Ou não notei? Claro que notaria uma coisas dessas.
— Seis.
— Teve ela sozinha? - sei onde ela quer chegar e ela não tem intimidade suficiente para falar nada. Nenhum deles aqui, para dizer a verdade.
— É como funciona, não? O homem só tem participação na hora da reprodução, nos cinco segundos de êxtase depois a mulher que carrega tudo.
— Tara... - Renan me repreendeu. Ótimo.
— Ela não tem pai, então? - Agatha pareceu se divertir - Foi o que quis dizer com todo esse discurso?
— Todo mundo tem um pai. Ou você não tem? - falei um pouco grossa. Foi totalmente intencional.
Essas pessoas não tem o direito de...querem me diminuir por algo que não tenho culpa. E como se ser mãe solteira fosse a pior coisa do mundo.
— Calma. - ergueu as mãos e soltou uma leve risada.
— E você? Qual o seu nome mesmo? - me dirigir a loira. Apontei o garfo para ela
— Taylor. - sorriu.
Minha vontade foi revirar os olhos. Não estou gostando dela.
— Namorados? - Tom fixou seu olhar em mim, não disse nada.
— Ainda, não. - a tal Taylor falou se inclinando para o lado e beijou os lábios do homem da imensidão azul. Isso foi constrangedor.
— Entendi. - tomei um gole de vinho.
Respirei aliviada, quando finalmente deram o jantar como encerrado. Como num livro, os homens foram para o escritório conversar sobre não sei o que. Enquanto as magrelas e eu fomos para o jardim dos fundos, numa
— Amanhã, irei para a Itália. Fazer umas seções de fotos lá. - disse a tal Taylor para a Aghata.
Pelo o que entendi as duas são modelos e trabalham na mesma agência. Por isso elas tem tanta coisa em comum. E como sempre estou boiando. No meu caso afundando.
Bocejei. Estou moída. Minha cama agora seria ótimo.
— Cansada? - só notei que Agatha falou comigo, por que sua amiga não respondeu.
Uma coisa, sempre que essa infeliz fala comigo é com um sarcasmo e ironia. Que preguiça. Parece aquelas garotas mimadas do tempo da escola.
Não quero passar a odiar ninguém, porém não estão facilitando isso.— Um pouco.
— Uma criança dar muito trabalho, né?
— Sim.
Que estranho esse interesse repentino em mim.
— Como foi criar-la sozinha? - a loira se aproximou.
— Sempre foi só nós duas. Então...Talvez eu não saiba a diferença. - fui sincera.
— Foi por causa da gravidez, que ficou assim? - Agatha apontou para mim, circulando o dedo de cima a baixo na minha direção.
Era pra isso o interesse delas.
— Já não deveria ter voltado ao normal? - a outra magrela completou.
— Como assim? - me fiz de desentendida.
— Os quilos a mais. - a morena soltou uma gargalhada.
Eu poderia dizer que isso não me incomodou, mas estaria mentindo.
As vezes sou bem resolvida com o meu corpo, mas aí chegam pessoas como essas duas e destroem tudo o que construir sem nenhum remorso.— Não que seja nenhum problema. – a loira se juntou a outra na zombaria.
— Nosso! - Agatha completou. Foi demais pra mim. Me levantei saindo dali, mas antes ainda conseguir ouvi-la dizer, "tem gente que gosta?", " Tem louco pra tudo."
Com essas duas zombando de mim assim, sem nenhuma...empatia me trouxe todos os sentimentos ruim que tive nos tempos da escola, onde todo mundo me faziam mau.
Acho que...não foi o certo a se fazer, voltar para casa. Essas são o tipo de pessoa na vida do meu pai e irmão, se eu ficar terei que conviver com elas. Voltei por eles também, mas se eu tivesse ficado em Londres, estarei bem. Tinha uma vida toda enraizada.
Um apartamento legal, um bom emprego com um salário muito, muito bom, amigos de verdade. Tinha tudo "perfeito" e fiz isso pensando que era o certo também.No corredor que leva ao "meu" quarto dei de cara com Thomas. Na verdade eu meio que esbarrei nele.
— Desculpa. - falei passado por ele de cabeça baixa o mais rápido possível.
— Ei! Espera. - ficou na minha frente, me impedindo de continuar meu caminho. Eu só quero ficar sozinha.
— Me deixa...Por favor. - me segurei praticamente na minha alma, para só chorar no meu quarto e ele não está sendo de grande ajuda nisso.
— O que aconteceu? - sua voz demostrou preocupação.
— Nada. Só quero ir para o meu quarto. Por favor. - choraminguei.
Ele ergueu meu rosto delicadamente para olha-lo, porém eu estava com os fechados. Se olha-lo nos olhos, tenho a sensação de que ele veria o acabou de acontecer.
— Olhe para mim... - pediu baixo.
Permaneci com os olhos fechados por cerca de três minutos. Sua respiração está no meu rosto. Quente e fresco.
Quando finalmente tive coragem ele se aproximou um pouco mais.— O que ouve?
Fiquei calada.
— Eu...Eu estou bem. - me afastei dele.
De imediato ele pareceu confuso, mas depois entendeu que estávamos perto demais. Céus!
— Esta mentido.
— Cada um acredita no que quer, Thomas. - falei irritada. Se ele não tivesse trazido aquela mulher... Porém, por que se foram de vez minhas chances com ele. Não tem comparação entre mim e ela.
Tudo o que aconteceu hoje só me fez lembrar que...Tom Hiddleston não é pra mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O HÓSPEDE DO QUARTO AO LADO (Concluído em edição )
RomanceTara se apaixona por Adam enquanto na adolescência, levando suas ações e escolhas ao extremo, a ponto de fugir de casa com o seu amado. Deixando tudo e todos para trás. Causando uma perda inimaginável em pessoas do seu convívio. Ocasionando sentimen...