O HÓSPEDE DO QUARTO AO LADO (Concluído em edição )

capítulo 12

Tara

Ta, não sei o que tenho na cabeça.

Tom disse que só pensa em me beijar ultimamente, e que não tem explicação para isso, só sente, certo? Sim ele disse. Mas como que ele fala uma coisa dessas, quando a uma hora atrás estava beijando uma mulher linda de morrer na minha frente? Hum? Como que ele acha que vou acreditar? Não. Eu posso ser tudo menos ingênua. Não mais.
Arrumei coragem de não sei e o afastei. Meu desejo, que está queimado agora em mim inteira era e é de me jogar nos braços dele, amá-lo até ele me amar na mesma intensidade.

Os próximos cinco minutos foram um dos piores. Por esse tempo ficamos um encarando o outro, parecendo aqueles testes de que pisca primeiro.

Quando finalmente o homem de uma imensidão azul abriu a boca para falar algo, o elevador fez-se um barulho e voltou a funcionar. Respirei aliviada ou não, assim não saberei o que ele tinha para dizer.

Me levantei rápido.

— Não terminamos essa conversa ainda. - falou atrás de mim. Com a maior tranquilidade.

— Por acaso temos algo realmente para falar? Não. - falei sem ao menos me virar.

As portas do elevador​ se abriram.

— Tara? - o jeito que ele fala meu nome é tão...

Droga! Estou fantasiando de novo.
Realidade, Tara!

O deixei para trás.

— Olá, bom dia. - uma moça de cabelos curtos falou comigo.

— Oi, bom dia. Meu nome é Tara e...

— Tara. - Tom me interrompeu aparecendo ao meu lado.

— Pelo o amor de Deus, homem! - o olhei brava.

— A gente tem que conversar. Precisamos... - dito essas palavras a moça saiu nos deixando a sós. Ótimo, uma impressão maravilhosa no primeiro dia.

— Pelo o amor de Deus, me deixa em paz. Isso aqui...  – Apontei para nós dois. – Não... - suspirei – não se encaixa. Não se completa e não porra nenhuma esteja passando na sua cabeça.

Sentir um aperto no peito.
Suas feições eram confusas para mim. Mas pareceu decepcionado e confuso. Não posso fazer nada, a não ser acabar com suas esperanças e...eu nem sei por qual motivo ele está tão empenhado a,... Ter algo comigo?

— E por que? – finalmente falou depois de um certo tempo apenas me olhando, pensei que ele simplesmente iria sair sem dizer nada. O que seria melhor para mim, não?

As pessoas já nos observavam e isso não me deixa confortável. Ser o centro das atenções, não é comigo.

— Em casa. Em casa a gente...termina qualquer...que tenha sido isso.

— Tudo bem. - balançou a cabeça mordendo os lábios – Mas não vá pensando que eu vou deixar você escapar e... — Ficou me encarando de um jeito, que me fez ficar mais nervosa do que eu já estou — Quando eu falei que não sabia o que estava sentindo, como nomear, não era porque eu "estou" com a Taylor. Não. Não era algo ruim, pelo contrário.

— Em casa, Thomás.  - minha voz saiu baixa.

— Então, eu não vou deixar escapar essa conversa. — deu meia volta e entrou no elevador.

Meu coração está a mil.
O que foi isso, Senhor?

Depois de devidamente apresentada ao pessoal que irão trabalhar comigo e eu com eles e tal, fui embora.