capítulo 31

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Na escola, foi tranquilo. Conheci alguns dos professores e pais. Já estava sentindo falta da rotina de mãe, essa correria. Essa semana, por exemplo, terá uma reunião com os professores e outra com os pais. Com os professores é mais coisa de praxe e tal. Já com os pais é sobre a feira de doces, que tem todo mês para arrecadar dinheiro para não sei o quê.

Assim que pus os pés na empresa, precisamente no andar que trabalho, recebo um recado. Thomas quer falar comigo.

Nem deu tempo direito para respirar pós "discussão". Essa situação toda, me deixou estressada. Talvez pela a pressão da volta ou do novo relacionamento.

A mesa do lado de fora da sala de Tom, está vazia. Antes de entrar, bati de leve. Não quero chegar, logo tirando a privacidade de qualquer coisa que ele esteja fazendo.

— Pode entrar. — ouvir sua voz.

— Queria falar comigo?

Há uma moça ao seu lado.

— Sim. — simples.

A tal moça me olha estranho. O que tem de errado com a minha cara? Encarei ela erguendo a sobrancelha.

— Vai demora? Estou no meio do expediente.

— Um minuto, por favor.

Ele assinou alguns papéis entregou a moça.

— Com licença. — ela disse e foi embora.

— Por que não me apresentou a essa moça? — perguntei. Soou um pouco de irritação.

O clima ficou estranho e ele nem percebeu?

— Esta falando da Laura? — suspirei me sentando.

— Qual a outra garota que estava aqui a menos de um minuto? Literalmente.

— Desculpe. Eu... estava distraído com os papéis.

— Claro. Ela quase me matou com os olhos aqui. Qual o problema dela?

— Laura não tem problema nenhum. Deve ter sido impressão sua, amor.

Detesto quando tratam com descaso, uma paixãozinha entre funcionários. Isso leva a um emaranhado de sentimentos, que sempre acabam com alguém magoado.

— Agora me chama de amor, na frente dela...

Definitivamente, estou no meu período menstrual.

— Tara. — veio até mim.

— Tom... por que me chamou aqui?

Quanto mais rápido sair daqui, mais rápido meu estado normal volta. Pele menos estou contando com isso.

— Para gente conversar. Resolve o ocorrido de mais cedo. — segurou nas minhas mãos.

— Ta bom! Adiar só vai piorar tudo. — suspirei — Não percebeu que a partir de um momento, eu não estava mais me sentindo a vontade com aquela brincadeira, no momento em que colocaram nossa relação no meio? Algumas brincadeiras, piadas que meu irmão faz, me incomodam. Eles sempre me zoaram pelo fato que eu gosto de saber das coisas, nos momentos livres, eu estou pesquisando, lendo, qualquer coisa que aumente o meu conhecimento. isso não é de agora e pelo visto não mudará. Eu só não gostei de você ter entrado na brincadeira.

Pronto. Pus para fora.

— Desculpa. Não irá mais se repetir.

— Tudo bem. — respirei fundo.

— Almoçaremos juntos?

— Não sei. Depende da quantidade de trabalho que tenho. Meu primeiro dia! — sorrir com isso. Estou animada com meu primeiro dia.

— De qualquer forma passarei lá mais tarde. — beijou meus lábios.

O primeiro beijo nosso, hoje. E foi apenas um tocar de lábios que durou no máximo três segundos.

..

Faltam poucas horas para minha hora do almoço, hora de descanso. E antes disso, terei que atender a um cliente. Pelo que me foi informado, esse será o primeiro contato entre o tal cliente e a nossa agência, portanto grande responsabilidade para mim.

A reunião foi um sucesso. Fecharemos um contrato publicitário com uma grande empresa, sua imagem tanto do produto quanto dos modelos, atriz/ator e funcionários estão sobre nossa "responsabilidade". Começaremos os preparativos para a campanha amanhã mesmo. Tanto para rádio, internet e televisão.

Equipe trabalhando a todo vapor.

...estava concentrada na tela do computador quando sinto uma respiração na minha nuca.

— Aaah! — dei um gritinho.

— Te assustei. — Tom pareceu se divertir.

— O que faz aqui? Não trabalha? — voltei minha atenção para o que eu estava fazendo antes.

— Sim. Mas como ser humano que sou, preciso me alimentar. O que está fazendo que estar prendando tanto sua atenção? — se interessou.

— Trabalhando, ao contrário de você que está ME atrapalhando. — curta e grossa.

— Combinamos de ir almoçar juntos. — praticamente choramingou.

— Ainda é cedo, Thomas.

— Uma e vinte três. — falou beijando minha nunca.

Olhei no relógio para confirmar. Verdade.

— Então vamos. — peguei minha bolsa.

Hiddleston pegou na minha mão. Achei fofo. Tipo... um casal de namorados. É o que somos. Somos? Sim.

as pessoas presentes, as que ainda não foram almoçar e as que já voltaram ficaram nos olhando e não me senti muito a vontade, sobre os olhares.

— Vou te levar em um restaurante, divino. Um dos meus preferidos da cidade. — disse ao apertar o botão do elevador.

— Tom... — ele me olhou.

Sorrir. Ainda estou um pouco irritada, a situação toda de mais cedo, já se passou, porém, algumas coisas ficam remoendo na minha cabeça. Isso é de mim mesma. Eu sou paranoica, crio teorias do nada e às vezes têm um motivo e tem todas essas pessoas nos olhando. Julgando.

— Esta tudo bem? — se aproximou mais.

— Sim. — não está tudo bem. Não me importo com o que elas pensam ou venham a pensar. Me importo com o que elas falam. Não por mim.

Tom olhou em volta e me beijou.

— Então relaxa, amor. — me abraçou.

O HÓSPEDE DO QUARTO AO LADO (Concluído em edição )Onde histórias criam vida. Descubra agora