capítulo 22

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Tara...

Era uma vez um lindo príncipe de intensos olhos azuis... — comecei a história ao pedido de Tom.

— Ele tinha um cavalo branco? — perguntou Maria.

— Um cavalo vermelho. — me referir ao carro exagerado de Tom.

— Que legal. Continua. — falou animada.

E também uma tinha uma princesa. Linda. O sorriso... tão perfeito. Ela o amou no primeiro instante, sem ao menos... conhecê-lo. Sentiu-se... imensamente acolhida, envolvida ao lado dele. Mas... tinha uma bruxa má. Loira, alta, magra e péssima... — continuei.

— Tipo a da branca de neve? — perguntou a minha pequena.

— Pior. — falei.

Tom olhou para mim, dei de ombros rindo.

Mas essa bruxa má, não está mais no caminho entre a linda princesa e o príncipe. Ele a exterminou, para sempre. Confesso que foi difícil de convencer a linda princesa dos sentimentos do príncipe. Ela é bem... irritadiça e ele gosta.

— Gosta? — foi forte que eu, não consegui me conter e tive que perguntar, e saio mais como um choramingo. Quase um pedido de cafuné.

— Acha fofo... o seu empenho em... se impor. — falou me olhando.

— A história. — Maria resmungou.

Rimos...

Bom... depois que a bruxa má foi embora para o seu covil... Ele, o príncipe lutou a maior das batalhas, desbravou montanhas, atravessou tempestades de neve, nadou a estilo borboleta num agitado e mares devastados de monstros marinhos até finalmente alcançar o amor da vida dele. Mas como a princesa é... bem especial, foi difícil convence-la do seu amor. É. Ele a ama. Com todas as formas existentes possíveis, ele ama.

Impossível não ficar emocionada.

— O que mais? — estou emocionada.

Tom está se declarando para mim. De novo. E estou parecendo uma boba apaixonada, só risos e suspiros.

— Ai... só depois. Outro dia nós continuamos. — sorriu.

— Essa história eu não conhecia. — minha pequena bocejou.

— É nova. — falei olhando para o Tom e o jeito ele está me olhando, me deixa com uma sensação de esta em chamas.

Após Maria dormir de novo descemos para a cozinha. Na verdade, estamos no vão da porta. Entre a cozinha e o jardim dos fundos.

Tom com uma xícara enorme de café nas mãos a levando vez ou outra aos lábios e eu apenas o... admirando.

— Está gostando da vista? — fui pega no flagra. Rir.

— Bastante. — me aproximei dele, Tom passou o braço sobre meu ombro, beijou o alto da minha cabeça.

Agora com mais tranquilidade, com a cabeça mais limpa estou um pouco nervosa para o que vai acontecer.

Na primeira tentativa que tivemos, meio que não fiquei nervosa ou algo do tipo. Acredito que, por que saiba que lá, no fundo, que não iria de fato acontecer. Mas tudo é no tempo certo não é mesmo?

Por enquanto estamos bem, me pergunto até quando vai durar, Taylor não vai desistir tão fácil. E para piorar, Adam resolveu dá, as caras. Direito dele eu sei, o mundo sabe, mas houve outras oportunidades para ele fazer isso. A algo de podre no reino da Dinamarca. Sempre quis usar essa frase.

— Também gosto do quê vejo. — tocou meu rosto. Aproximei mais o rosto, como um filhote que ganha carinho e quer mais.

— E...

Comecei.

De nenhuma forma, queria quebrar o clima todo de romance, mas Taylor não sai da minha cabeça. Ela é uma mulher... vingativa.

— E o quê? Dúvidas? Ainda?

— Nada relacionado ao que você ou eu sentimentos. — saiu meio como um sussurro. Talvez por eu ainda ter dúvidas? Não tenho.

— Seu pai ou seu irmão?

Esquecera completamente deles. Ainda assim esse é um ponto a ser questionado, por agora o que mais pega, somos, nós resolvemos definitivamente dai, meu pai e irmão entram na equação. Cada coisa, na sua vez. Nada de atropelar nada.

— Não. Tom...

— Nada. Ouviu? Nada vai nos separar. — disse cada palavra pausadamente. Quero muito acreditar nisso.

— Acredito em você. — novamente o sussurrei.

— Fico feliz. — me puxou para um abraço. Um gostoso abraço.

O melhor lugar de se estar, depois da minha princesa.

O HÓSPEDE DO QUARTO AO LADO (Concluído em edição )Onde histórias criam vida. Descubra agora