capítulo 37

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Fiquei um pouco sonolenta no aconchego dos braços de Tom, esfreguei os olhos para espantar o sono, quero aproveitar cada segundo com ele.

— Iremos passar a noite aqui?

— A vista daqui do nascer do sol é linda.

Gosto do jeito que ele me trata, bate muito umas dúvidas/paranoias, não é sempre relacionada a ele, é mais de modo geral da minha vivência.

— Às vezes fico me perguntando...

— Hum... o quê? — mudei de posição para olhar diretamente para seu rosto.

— Se tinha atitudes assim com sua ex.

Ele parou um para pensar.

— Não sei. Talvez.

— Às vezes a gente não percebe um costume. — ele concordou — Não falamos muito sobre seu relacionamento passado, nada, na verdade. Por que se separam?

Conversamos de muitas outras coisas, mas nunca da sua separação, vez ou outra ele deixa escapar uma coisa, ou outra, mas nada que seja claro, isso me faz questionar, e vem as paranoias, será que ele ainda a ama?

— Para falar a verdade, não foi um término fácil. Eu... — ouvimos um barulho no mato, Tom ficou em alerta.

Sinceramente, tudo romântico lindo e tal, mas estamos no meio do mato, acho agora nessa situação, eu estou com medo, não foi uma boa escolha vim para o mato distância da civilização.

— Thomas. — sussurrei. Ele ergueu a mão levando o dedo até os lábios.

Um casal apareceu de dentro do mato. Deveria ter respirado aliviada, mas não, fiquei ainda mais tensa, ainda mais com medo, porque são desconhecidos, eles para nós e nós para eles, então tudo pode acontecer.

— Assustamos vocês? — mulher perguntou. Ela deve ter uns vinte anos.

— Aparecem assim de repente. Quem não se assustaria. — falei meio desconfortável com a situação.

— Desculpem. Achávamos que seríamos só a gente. — falou o rapaz.

— Tivemos a mesma ideia, então.

— Sim. — o casal riu. E eu continuei receosa

— Devemos ir embora? — perguntei meio que sugerindo.

— Se quiser. — olhei para o lado e o casal já estavam armando barraca, literalmente. Eles parecem à vontade com a situação, estão sorrindo e trocando olhares enquanto conversam baixinho. — É como eu falei, tivemos a mesma ideia.

O clima estava gostoso antes pode continuar se cada um ficar no seu quadrado.

— Tudo bem. — Tom me entregou um sanduíche — Tomara que não cheque mais ninguém. — me acomodei mais um pouco no peito de Tom.

— Só está faltando uma fogueira.

— Nem inventa, Thomas. Não quero ficar aqui sozinha com eles enquanto você se enfia no mato atrás de graveto.

— Só foi uma ideia. — riu do meu desespero.

— temos o suficiente de luz e de calor. — nessa hora ele me abraçou mais apertado, sorrir com o gesto.

— Não vou a lugar nenhum.

— Acho bom. — ele beijou meus cabelos.

Tentei desfocar a minha mente da situação de agora a pouco, confesso que demorou um pouco para passar agitação e me acostumar com eles e relaxar, Thomas foi bom em me distrair, conversamos bastante sobre coisas aleatórias e principalmente sobre o teste de terei que fazer. Parando para pensar nisso, é coisa de outro mundo para mim. Sinceramente, nunca pensei em seguir por esse caminho.

O HÓSPEDE DO QUARTO AO LADO (Concluído em edição )Onde histórias criam vida. Descubra agora