capítulo 13

1K 121 17
                                    


Tara

Para minha sorte ou azar, Tom não jantou conosco. Ligou avisando para o esperar para o jantar, irei demorar mais um pouco na empresa.
Devia está sentindo certo alívio, por não finalizar a tão requerida conversa mas não, estou preocupada com ele, pareceu tão determinado a falar comigo e...Onde será que ele está e com quem está?

Já são quase dez horas da noite e ele ainda não chegou.

— As vezes ele faz isso. - Renan falou com um sorriso sugestivo.

— Para com isso, pai. Vem Maria. Da um beijo de boa noite no vovô.

Se despediram eu também e subimos para o quarto, a arrumei para dormir. Rapidamente ela pegou no sono.

..

A janela do meu quarto, da para o jardim, fiquei olhando aquele monte de flores por minutos, talvez horas.

— Lindo, não é?

Me assustei com Thomas falando atrás de mim.
Como ele entrou e não ouvir?

— Você me assustou. Por onde entrou? - falei sem me virar.

— Desculpa, não foi minha intenção. Te chamei e você não respondeu, mas deu para ver a luz saindo por baixo da porta. - ele disse com maior tranquilidade. Já notei que ele passa uma vibe muito descontraída, sem muito estresse.

— Ah sim. Me distrai um pouco. - me virei para ficar de frente pra ele.

— Estava destrancada...a porta.  - apontou com o polegar por cima do ombro.

Pisquei algumas vezes para assim ter certeza, se realmente ele está aqui e não é nenhuma fantasia. Tom está vestindo uma calça de moletom cinza, camisa de algodão branca mangas compridas e descalço. Seus cabelos um pouco bagunçados. É uma bela visão para essa hora da noite.

— Demorou. Aconteceu alguma coisa?

— Só uma reunião prolongada. - sorriu e deu um passo para mais perto de mim.

— Deve ter sido cansativa, ficou até muito tarde. - limpei a garganta.

Estou...tímida. Ele está me encarando e ficando cada vez mais perto.

— Sim, muito. - se aproximou mais um pouco.

— Thomas o que... está fazendo? - dei alguns passos pra trás.

— Eu nada demais, mas você esta fugindo de mim? - ele tinha um sorriso novo nos lábios, um sorriso divertido com um toque de sugestão. Meu Deus.

Estou um pouco...fora do ar, sem ar. O que aconteceu no elevador me pegou de jeito, tentei tirar da minha mente, mas esteve lá o tempo todo. Ele é lindo demais. O som da sua voz, sua insistência...
Não quero, mas tenho esperança.

— Por que está aqui mesmo? Está se esquivando do ponto principal. - Retornei para minha posição anterior. De frente a janela.

— Precisamos conversar sobre a gente.

Ele usando "a gente" como se tivéssemos um relacionamento e ele estivesse em crise, me faz ficar na defensiva,  porque afinal não temos nada, a não ser uma atração louca que como agora pouco eu falei, me deixa sem ar.

— Engraçado você falando, por que não existe "a gente". - me virei e dei de cara com Tom, no literal mesmo da palavra.

— Você nega mas sabe que há algo.

Fechei os olhos encostando a testa em seu peito, suspirei sentindo seu cheiro ele tem razão toda razão. Eu só não sei como reagir, como confiar no que ele está dizendo. É isso, eu tento dar oportunidade as pessoas de se mostrarem dignos da minha confiança, mas eu sempre vou acusá-las, sempre vou ser arredia, sempre, sempre e sempre.

O HÓSPEDE DO QUARTO AO LADO (Concluído em edição )Onde histórias criam vida. Descubra agora