✧ Rose
As horas parecem que não passa. O relógio parece ter parado as nove horas da manhã e esquecido de andar. Checo meu celular a cada cinco segundos, eu preciso saber de alguma coisa. Aquele silêncio está me matando aos poucos. Não aguentava mais ficar parada ali dentro daquela sala sem nenhum tipo de noticia. Com muito custo, consigo chegar ao horário de almoço. Não estou nem um pouco com fome, mas Lola me arrasta para fila. Ela está falando sobre um monte de outras coisas. Eu a conheço muito bem, ela quer me distrair pra não ficar pensando na Leona e na Sarah, mas não está adiantando. Eu não presto atenção em nenhuma palavra que ela fala.
— Então você vai?
— O que? Onde? — pergunto confusa.
— Caraca, você não está prestando atenção nem um pouco aqui.
Respiro fundo. Vou seguindo ela até a mesa.
— Nenhuma noticia ainda? — pergunta Lola se sentando.
— Não.
Meu celular vibra. Rapidamente o tiro do bolso, pensando que é alguma mensagem da minha mãe. Mas, não é. Tio Tony me mandou uma mensagem pedindo para eu buscar Lucas na escola, e ir direto para minha casa. Lucas está se sentindo mal e precisava de algum parente para busca-lo. Tio Tony iria, mas ele vai pra minha casa para ajudar minha mãe e Tia Nadia está fora da cidade. Ótimo.
— Acho que vou ficar de babá. — resmungo.
— Por que?
— Tio Tony pediu para eu buscar Lucas.
— Agora?
Concordo com a cabeça enquanto brinco com a comida no prato.
— Se quiser vou no seu lugar. Não aguento mais essa escola hoje. — murmura Lola.
— Ele colocou meu nome como a responsável que vai busca-lo. Acredite, se desse pra trocar, Lucas seria todo seu.
— Ele não é tão mal assim. Eu até gosto dele.
— Lucas só sabe ficar assistindo aquelas séries estranhas sobre investigação ou alguma coisa sobre de tiro e morte. — eu a encaro — Ele só tem 11 anos, Lola. Acha isso normal?
— Quando você era mais nova, costumava a comer massinha de modelar porque achava que tinha gosto de gelatina e ainda sim eu te aturava com dor de barriga todas as vezes. — indaga com um sorriso irônico — Só estou dizendo! Cada um tem seus defeitos.
— ha-ha-ha, engraçadinha.
Não me levem a mal. Lucas até que é legal, e muito esperto para um garoto de sua idade. Ele cresceu no meio de pessoas mais velhas do que ele, então, ele tem mais maldade do que os outros garotos da sua idade. A escola dee não é muito longe da minha. É na verdade só duas quadras de distancia.
Eu conheço aquela escola praticamente inteira, passei metade da minha infância ali dentro. Vou direto para a enfermaria, e lá está ele deitado na maca se contorcendo de dor.
— Ei. Você está bem? — pergunto colocando minha mão sobre o seu ombro.
— Rose? — ele me olha surpreso — Meu estômago dói.
— Seu pai pediu pra eu vim te buscar. — o ajudei a se sentar — Vem, vamos embora. Consegue ir andando?
— Acho que sim. — resmunga.
A enfermeira faz eu assinar meu nome. E logo depois, nos deixa ir. Lucas vai se escorando em mim até sairmos da rua da escola. Ele anda com muita dificuldade. Então, do nada, ele olha para os lados e volta ao normal. Ok! Que diabos está acontecendo? Eu o olho confusa e ele dá um pequeno sorriso.
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Não ouse me entender | lésbico
RomanceVolume EXTRA da trilogia não ouse me amar: Em uma conversa totalmente avulsa no dia do Aniversário de morte de Sarah, e com apenas 12 anos, Rose acaba descobrindo que Ethan é seu verdadeiro pai biológico e tudo que aconteceu no passado entre ele e...