O príncipe duplo

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"Vocês realmente acharam que conseguiriam vencer o deus-sol?" Apolo fala se aproximando dos dois mortais que ousaram enfrentar um dos deuses mais poderosos do Olimpo. "Apenas meu pai não teme o meu poder, meus irmãos e meus tios não se atrevem a me enfrentar..." Contra a luz do sol a figura do deus parece maior e mais poderosa, por alguns segundos os guerreiros gêmeos percebem que a própria luz do sol é sugada pelo deus. "Mortais, apenas mortais... Me digam, como acham que podem vencer o sol?"

Mortais sim, mas os mais fortes mortais que haviam nascido naquela época. Em séculos futuros os irmãos An e Anu serão mesclados e entraram para a mitologia suméria como se fosse um só, mas hoje eles ainda são dois e sabem que a explosão de uma galáxia pode apagar milhares sol... Quem sabe duas podem matar um deus.

Sem pensar duas vezes o deus ataca...

-x-x-x-

"Solaris." A voz de Apolo é calma e tranquila quando seu cosmo vai ao encontro do cavaleiro de ouro de gêmeos.

"Outra dimensão!" Saga é rápido e abre o buraco negro fazendo com que o golpe do deus seja levado para longe dele. Quando fecha o buraco negro Saga acredita ter escapado do golpe divino, mas ele sente. O ataque do deus o atinge pelas costas.

"Realmente acreditou que conseguiria escapar do meu golpe?" Apolo tem apenas um leve sorriso no rosto, sua kamui, tão dourada quando os raios do sol, continua intacta. "Meu golpe sempre atinge o seu destino, mesmo que tenha que viajar todo o espaço-tempo."

O cavaleiro respira com dificuldade, mas se levanta, não sabe como, mas sobreviveu ao ataque de Apolo. "Não irá avançar, não irá chegar ao santuário."

Apolo mais uma vez sorri. "Me diga, caro mortal, a maldição ainda vive?" Maldição? "Não o atingi com meu poder total, simplesmente porque será você a me levar ao santuário de Atena."

"Nunca!" Saga responde de pé, em posição de batalha. Nunca mais trairia Atena ou seus companheiros, o mal que existia em sua alma foi extinto pelo doce cosmo de sua deusa.

"Atena, minha amada irmã, realmente achou que seu poder conseguiria anular o meu?" O cosmo de Apolo brilha, tão cegamente como o sol do meio-dia, ele fecha os olhos e quando abre novamente está vendo sua irmã caçula, sentada no trono do santuário, em pé, ao seu lado, Primus e abaixo deles Shion com a armadura de Altar e Kanon com a armadura de Cálice, mas para Apolo só seus irmãos interessam. "Atena, realmente pensou que podia superar o meu cosmo?"

Na sala do trono a imagem de Apolo é etérea e forte. "Apolo?" Saori responde, seu cosmo fluindo docemente pelos portais. "Como conseguiu chegar aqui?"

Apolo se aproxima do trono, se ajoelha aos pés de Atena e deita a cabeça em seu colo. "Ainda lembro, quando finalmente consegui pedir perdão a você, quando finalmente entendi os planos de Hera, foi assim que eu pedi perdão, colocando minha cabeça em seu colo e implorando perdão. E também foi assim que eu percebi que o que de deixa triste é lutar contra as pessoas que você ama e protege, pois foi quando notei como ficou feliz em ter seu irmão amado de volta."

O Sol olha para Seiya, que consegue ver lágrimas se formando nos olhos do deus mais velho. "Foi Primus que me fez perceber, foi ele que conseguiu reunir os irmãos e que fez todos nós prometermos que iríamos proteger você, pois você seria a Senhora dos céus. Então todos nós nos ajoelhamos, pedimos perdão e juramos que protegeríamos você de tudo." Apolo levanta a cabeça e sorri para a irmã. "Então você nos traiu, preferindo os mortais a nós." O cosmo de Apolo se eleva de tal maneira que queimaria a pele de Saori, se Seiya não tivesse se interposto entre os dois.

A Saga do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora