A Saga do Céu

O príncipe da beleza

A ilha do sol, Lago Titicaca. A beleza do lugar se iguala a beleza do seu príncipe, assim como a sua solidão. O príncipe Inti, que muitos falavam era tão belo quando sol, era solitário, desde cedo estudando e fazendo venenos fizeram seu corpo se tornar perigoso.

Mas o príncipe apenas respira fundo e colhe uma rosa selvagem. "Assim como você se isola com os espinhos, eu me isolo com o veneno." Mas seu dom era único, por isso Primus confiava nele. "Ele será o senhor de todos nós." Sim ele e Atena reinaram juntos nesse mundo. "Atena, você nunca demonstrou medo perto de mim, muito pelo contrário, quando todos se afastavam você se aproximava, minha deusa, serei sempre seu servo"

Falando isso o príncipe parte para o Santuário da Terra.

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Hefesto está entediado.

Sim o lugar é lindo, as paisagens são maravilhosas, mas sinceramente o que o deus das forjas fazia no meio de um lago? Passos se aproximavam e chamaram a atenção do deus, o brilho dourado da armadura de peixes iluminou as ruínas.

Hefesto sorriu. "O povo de Lumuria sempre fez lindas peças." Mas depois disso o deus apenas suspirou e sentou no resto de trono, sem prestar muita atenção ao cavaleiro a sua frente. "Esse salão já foi coberto pelas mais lindas obras de artes antigas, até que seu príncipe foi morto e a beleza destruída."

Afrodite de peixes não gostava daquela conversa, muito menos daquele deus feio. Mas o cavaleiro tinha uma missão e por algum motivo, aquela ilha o fazia querer dar tudo de si para proteger Atena. E como se eu tivesse que cumprir uma promessa antiga. "Rosas Diabólicas Reais."

Mas o golpe não atinge o deus que continua sentado calmamente na cadeira. "Jasão, espero que não tenha se machucado."

Jasão, o herói que reuniu os Argonautas na busca do Velo de ouro aliás, sua asa brilhava como ouro e parecia ter sido bordada e não forjada. "Não, meu senhor, nunca poderia ser ferido por alguém de rosto tão... Feminino."

"Ótimo." O deus respondeu. "Acabe logo com o menino." Falou isso desaparecendo.

"Espere." Afrodite corre na direção de Hefesto, mas é interrompido por Jasão.

Os dois guerreiros se olham, por um minuto antes de Afrodite atacar novamente com as Rosas diabólicas. Mas, mais uma vez o anjo só sorri antes de lançar seu próprio golpe. "Fúria das Águas!" Um redemoinho se forma na frente de Afrodite, que não tem tempo de reagir e é arremessado para fora das ruínas. "Diga-me, cavaleiro de ouro, qual seu nome?"

"Afrodite de Peixes." O cavaleiro se levanta com dificuldade. "Rosas Piranhas!" Mas o contra ataque é rápido e preciso contra Jasão. As flores negras circulam o anjo, fazendo o cavaleiro acreditar que atingiu o oponente.

"Rosas piranhas... Afrodite... Não me faça rir, rostinho bonito." A explosão do cosmo do anjo destrói todas as rosas negras e em poucos segundos ele está segurando o cavaleiro de peixes pelo rosto. "Rosto tão delicado, não devia estar lutando. Você devia estar nunca casa de prazeres como Adônis" Num movimento rápido o cavaleiro de ouro e arremessado novamente. "Mais uma vez, qual o seu nome, rostinho bonito?"

Eles me chamaram de Afrodite desde que cheguei ao santuário. Um nome de mulher, o nome da deusa da beleza, naquela época ele também ouviu esse tipo de piada. Rostinho bonito, rostinho de menina, eles nunca me levaram a sério por causa disso, da mesma forma que Jasão. Acham que sou fraco por causa do meu rosto. Minha tia também me achava bonito, por isso ela...

As lembranças daquela noite ainda perturbam a mente do cavaleiro de peixes. Sua tia bebada, falando como ele era tão bonito quando uma garota. Eu tinha apenas dez anos, se não fosse Ana. Mas Ana morreu poucos dias depois, envenenada. Se eu tivesse sido mais forte, por isso eu fugi. Precisava me tornar forte, só a força absoluta podia trazer justiça a esse mundo. E foi nesse momento que o cavaleiro se perdeu, achando que força e justiça eram a mesma coisa, mas quem poderia culpar um menino de dez anos de pensar assim depois do que ele passou em casa?