O Ritual

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"Não chore minha menina...."

Bella, com onze anos, estava segurando um passaro morto, enquanto sua avó está na sua frente.

"Mas vovó, ele era meu amigo, sempre esteve comigo e..." O lindo pássaro, de penagem azul no dorso, branca no peito e preta nas asas e cauda, estava com menina desde que era um ovo. A menina tinha encontrado o ovo ao subir numa árvore e encontrar o ninho com uma ave morta.

"Minha querida, a morte faz parte da vida." Maia, sempre sábia, sabia como era difícil para uma criança entender isso, mesmo para Bella que um dia seria uma sacerdotisa e que já havia perdido muitas pessoas amadas.

"Eu sei vovó, nem os deuses podem ir contra isso." A menina sabia que sempre teria que ser forte, mesmo que só querendo ser vulnerável.

"Se você entende isso está pronta para uma grande lição." Maia segura Bella pela mão e caminha em direção ao antigo templo de Métis.

"Grande lição?"

"Sim, mas antes tenho que ter certeza que a sua saúde está bem."

A Gran-Sacerdotiza coloca a mão sobre a testa da neta, Bella fecha os olhos.

-x-x-x-

Bella sente uma mão quente sobre a sua testa, ela estava sonhando com a sua avó e seu corpo está muito dolorido, por isso faz um certo esforço para abrir os olhos.

"Você está bem?" Hyoga pergunta retirando a mão da testa da menina.

Ela olha em volta e vê que Hyoga não esta sozinho, junto com ele estão Shun de Andrômeda, June de Camaleão, Jabu de Unicórnio e Marin de Águia. Ela lembra que saiu do templo carregando o corpo de sua avó e se encostou rapidamente em uma árvore para descansar, mas acabou desmaiando.

Por um segundo ela se lembra de tudo que viu assim que chegou a sua vila. Tinha ido para longe, cumprir a missão que sua avó solicitara, foi uma viagem cansativa e muito perigosa, seu corpo estava com muitas feridas. Tudo que ela queria era voltar para casa, estava perto quando sentiu o cosmo de Maia abandonar esse mundo.

"Eu já estive melhor... Preciso, eu tenho que ir..." Ela fala, se levanta, mas a tontura volta e ela só não cai porque Hyoga de Cisne a segura.

"Você não pode ir a lugar nenhum... está muito ferida tem que descansar mais um pouco... Fique aqui e espere pela gente, vamos até a vila e..."

"Vocês não entendem... O tempo esta se esgotando!" O cosmo doce da menina se levanta, não queria lutar, mas faria se fosse necessário.

"Eu entendo." Marin falou com convicção. "Hyoga, você fica e ajuda. O restante de nós vamos em frente!"

"Mas Marin..." Hyoga fala preocupado, não sabia o que fazer para ajudar a jovem.

"Hyoga, ela precisa de ajuda para carregar o corpo da avó. Os atlantes devem ter seus rituais a seguir. Cuidaremos para que os demais corpos também tenham um enterro descente."

Marin se afasta sendo seguida pelos demais.

-x-x-x-

"Mas por que o cabo Sunion?"

Eles caminham calmamente enquanto vão ao destino traçado pela jovem sacerdotisa.

"Por que o lugar mais próximo da antiga ilha de Atlântida. É o único lugar onde posso realizar o ritual."

Hyoga carrega o corpo da Gran-Sacertodisa, ele olha com tristeza para ela e em seguida olha para a moça que vai ao seu lado. Já ela anda calada, seus pensamantos estão perdidos em tudo que aconteceu ultimamente e no que vai acontecer, ela olha para frente, de repente seus olhos percebem a forma de um prédio alto, ela pode ver perfeitamente o relógio de fogo com o símbolo dos signos zodiacais.

A Saga do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora