Manhã de mortes

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Os primeiros raios do sol iluminaram o grande salão do templo de Atlântida, ajoelhada perto do altar central estava a Gran-Sacerdotisa Maia, suas lágrimas caiam pelas palpebras fechadas. A porta lateral se abre rapidamente e por ela entra um rapaz preocupado e ansioso, ele se ajoelha perto de Maia, tendo o cuidado de manter sua cabeça mais baixa que a cabeça dela.

"Mikael, desculpe ter acordado você tão cedo."

"Gran-Sacerdotisa, vivo para servi vosso clã e o trono de Atlântida!"

"Não... Viva para servir o povo de Atlântida... É tudo que peço..."

"Me diga como e o farei."

"Fuja!"

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O dia já estava claro, o cheiro da grama verde e os barulhos dos pássaros não parecem preocupá-lo.

No alto do seu corcel negro, o rapaz de cabelos castanhos, pele morena clara, passa a mão pela barba curta e mantém os olhos fechados como se tivesse pensando em algo, lembrando-se da promessa de sempre protegê-la.

"Lorde Ares." Um rapaz ajoelhado, vestindo uma espécie de armadura vermelha chama com toda reverencia seu senhor.

"Aquiles." Ares abre os olhos castanhos e dá um lindo sorriso. "Houve uma época em que em me divertia vendo o sangue escorrer pelo solo, mas então Atena..." Ele olha para o céu e sorri com deboche. "Zeus, será que ele nunca vai reparar os erros que cometeu?" O deus balança a cabeça, voltando o pensamento ao presente. "Estão todos prontos?"

"Basta uma palavra sua, meu senhor."

Ares, o filho mais velho de Zeus com Hera, um dos príncipes do Olímpo e deus da guerra, ergue sua espada pela primeira vez em milênios. "Morte a todos os atlantes!"

Seu cavalo dispara em direção a uma simples vila, atrás dele seus mais fies guerreiros partem correndo.

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"Não!" Saori desperta em um pulo, ela sente seu coração disparar e o ar sumir de seus pulmões.

"O que houve Saori?" Seiya pergunta a abraçando pelas costas.

Eles ainda estavam no templo, ainda dormiam exaustos da noite passada, e nem tiveram tempo para pensar nas conseqüências dos seus atos.

Saori despertou porque sentiu um cosmo que não sentia desde a era mitologia, um poder que emanava o cheiro de sangue. Seiya só sentiu tal poder depois que despertou, já imaginado que uma nova batalha se aproximava.

"Ares, meu irmão... O que ele faz na Terra?" Saori conhece a força do irmão como ninguém, afinal quando morrava no olimpo era com Ares que costumava treinar artes marciais.

"O deus da guerra? Será que ele veio ameaçar o santuário?"

"Não sinto que o cosmo dele não ataca diretamente, mas." Ela se levanta e veste rapidamente o vestido e corre para o lado de fora do templo, vendo a fumaça subir aos céus, como se isso fosse um presente entregue aos deuses.

"Meu Deus!" Exclama Seiya ao chegar ao lado dela. "Aquilo... Aquele lugar... A vila!" Os dois começam a correr em direção a fumaça

A jovem deusa eleva seu cosmo convocando seus guerreiros.

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A vila está destruída, todas as casas estão pegando fogo, o único lugar intacto é o templo, dentro dele a sacerdotisa está ajoelhada rezando.

"Grã-Sacerdotisa!" Lita corre em direção a ela. "Por favor, venha enquanto ainda temos tempo!"

"Lita!" Maia levanta olhando espantada para a moça. "Eu dei ordem para todos vocês irem para o Santuário de Atena! O que ainda faz aqui?"

A Saga do CéuOnde histórias criam vida. Descubra agora