O príncipe da paz

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Rahu caminha a passos cautelosos, mas apresados. Ele se negou a ir. A cabeça do jovem fervilhava com a ideia de seu pai abandonar os amigos. Abandonar todos os mortais, por quê?

O jovem chega às portas gêmeas e respira profundamente antes de abri-las. A escuridão da sala é um contraste com o brilho dourado da armadura. Eu irei, vestido com a armadura dele.

"Irmão, o que está fazendo?" Rahula, o irmão caçula. O filho favorito de meu pai.

"Não é de sua conta! Vá se esconder junto com o nosso pai!" Rahu responde asperamente.

"Você não pode usar a armadura de nosso pai!"

Mas um dia você irá usar, irmãozinho, você é o herdeiro dele, não eu. Rahu olha para o irmão, as feições delicadas emolduradas pelos cabelos verdes e grandes olhos na mesma cor. Você ama a paz, assim como nosso pai, por isso eu devo proteger vocês dois, sempre protegerei você irmãozinho. "Deixe-me eu vou e ponto final!"

Rahu se vira para a armadura e iria toca-la, mas a mesma se separa e voa. Rahu nem precisa se virar para entender o que aconteceu, a armadura foi cobrir o seu verdadeiro dono. "Rahu, Rahula, o que está acontecendo?" Príncipe Siddhartha, o senhor de Shambala. Rahula rapidamente se ajoelha diante de seu pai enquanto seu irmão continua de pé. "Fiz uma pergunta."

Rahu fecha os olhos e respira fundo. "Eu vou até o Santuário, eu irei lutar ao lado de Primus e Atena."

"E ao lado de Atlântida." O príncipe fala calmamente, sem se surpreender do filho mais velho ficar avermelhado, afinal ele e o irmão se apaixonaram por aquelas irmãs atlantes.

"Não é só isso!" O filho mais velho responde. "Primus é meu amigo!"

E não há nada que aquele príncipe da Terra admire mais do que o laço de amizade que se formou entre seus filhos e o príncipe olimpiano. Siddhartha também tem amigos valiosos que entraram nessa batalha, mas se ele aceitar lutar significa que seus filhos... O guerreiro olha para os filhos, tão iguais e tão diferentes um do outro. Se não fossem meus filhos poderiam ter uma vida normal, por isso eu torço para em uma próxima vida vocês... Eu queria encontrar vocês e admirar vocês, mas sem o peso de serem meus filhos, sem o peso de serem herdeiros de um príncipe da Terra.

Mas nessa vida eles são, por isso tinham suas obrigações. "Venham comigo." Eles entram na pequena sala onde estava a armadura dourada e toca a parede, fazendo outra sala aparecer. Lá dentro duas armaduras de bronze, as armaduras de seus filhos.

-x-x-x-

Shaka respira profundamente o ar gélido das montanhas, mesmo de olhos fechados consegue sentir o cosmo presente dentro das ruínas a sua frente. Eu já vivi ali, há muitas eras atrás. Seus pensamentos são interrompidos por um dos guardas que o acompanhou deste o Santuário.

"Senhor Shaka, estamos prontos para atacar."

Não, não há exércitos ali. Só dois cosmos divinos e um mortal. "Fiquem, eu irei resolver isso."

O cavaleiro de Virgem se afasta deixando o soldado perplexo. "Ele é o cavaleiro mais próximo de Deus, pode vencer com facilidade."

"Não, são três contra um." O soldado se espanta ao ver as correntes se agitarem.

Aquiles está pronto para a batalha, observa calmamente o cavaleiro de ouro se aproximar das ruínas. Um riso maligno cobre o rosto do semi-deus, afinal Aquiles nasceu para lutar e vencer todos seus adversários.

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