Capítulo 50

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— O parto matou Amélia. A erva que ela tomou apenas a faria dormir profundamente, por um longo tempo. O bebê morreria, era o que Jordan queria, que Jamie não tivesse um herdeiro. – Explicou – Amélia entraria em um estado catatônico, quase morta, e o bebê morreria por falta de oxigênio. Mas ela acordaria. O que matou Amélia foi o corte que fizeram nela, para salvar o bebê. – Jamie parecia enjoado, atordoado, seu rosto contraído em dor. – Jordan sempre disse a todos que Dulcie havia morrido com Amélia. Só soube que a menina sobrevivera quando cheguei aqui.

— E então?

— O que foi servido a Amélia foi um chá, fraco, apenas com o extrato da flor. Era o que a faria dormir. Mas acredito que tirando o sumo do caule e o ministrando direito remova o dano que fez a Dulcie.

— Eu matei Amélia. – Jamie gemeu, nauseado, transtornado.

— Jamie, se acalme. – Andrew alertou, vendo o estado do outro.

— Eu a matei mandando o médico lhe abrir a barriga para retirar Dulcie. Ela... Ela me pediu. Eu achei que já estivesse morta, mas ela estava viva o tempo todo, sentiu tudo. Meu Deus. – Ele pôs as mãos nos cabelos, completamente fora de si – Eu a matei.

— Onde eu posso encontrar essa flor? – Luke continuou, determinado.

— No jardim do castelo de Jordan. Apenas lá. Ele as cultiva como em um deboche pelo que fez. É uma flor simples, muito bonita, de pétalas brancas. É importante que se arranque da raiz. – Comentou, distraída – O jardim dele é coberto delas, porque foram graças a ela que ele conseguiu começar a guerra.

— O que devo fazer ao ter a flor? – Dakota não notou que contando a verdade estava se tornando dispensável.

— Despreze as pétalas. Se ela tomar as pétalas pode morrer. Extraia o sumo, como um xarope, e o administre. Ela começará a sentir os impulsos. Não é certo, mas acredito fielmente nisto. – Disse, quieta.

— Você vai arriscar nisso? – Andrew perguntou, olhando Jamie. Mas este ainda estava muito aturdido. Eu matei Amélia, eu matei Amélia, eu matei Amélia...

— Tem certeza de que isso não vai envenenar a menina? – Luke perguntou, os olhos fixados nela.

— Envenená-la nunca. – Disse, convicta – Apenas se livre das pétalas.

— Tudo o que você me disse é verdade, Dakota? – Luke perguntou, os olhos mais intensos que nunca.

— É toda a verdade que eu conheço.

Luke se levantou. Quando o contato visual dele se rompeu, Dakota oscilou para frente, novamente frágil.

— Ela disse a verdade. Não é ela, não sabe de nada, que inferno! – Victor apenas assentiu como um "Eu sei tanto quanto você". – O que vamos fazer com ela?

— Deixe ela aqui. Tranquem a porta. Se não morrer, não terá estado de fugir. – Instruiu. Luke ia protestar, mas Emma apontou sutilmente para o estado de Jamie – Depois. – Luke assentiu.

Luke apanhou Dakota no colo, e ela gemeu novamente. A deixou em sua cama improvisada de palha. Todos saíram, Emma ficou novamente. Ela observou Dakota caída, machucada, coberta de sangue.

— Sinceramente. — Dakota a olhou – Você sabia que isso ia acontecer, que ia morrer. Porque se deixou envolver por ele?


— Porque eu amei. – Ela estava rouca novamente – Desde o primeiro momento até o ultimo. Cada gota de sangue que eu perdi aqui valeu a pena por que eu o amei. – Ela respirou fundo – O amei desde que pus os olhos nele, e vou amá-lo até que ele feche os meus olhos. – Emma assentiu.

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