Capítulo 57

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Dakota ficou com Jamie e Dulcie até a menina terminar de comer. Por fim os dois saíram. Ela pretendia ir apanhar roupas limpas, já estava cansada de só usar camisola, e ele ia encontrar os outros. Foi quando entraram na sala. A conversa estava acesa.

— Pela noticia que corre, Pablo vai se casar. – Victor anunciou. Todos viraram a cara para olhá-lo.

— Como é? – Luke perguntou, pego de surpresa.

— Com quem? – Eloise perguntou, confusa.

— Boa pergunta. Quem quis aquele demônio da encruzilhada? – Emma perguntou, abraçando Andrew pelas costas. Ele estava sentado em uma cadeira e ela o abraçou pelos ombros, beijando-lhe o rosto. Luke riu.

— Perla. – Victor respondeu, satisfeito. Um instante de silencio reinou.

— Perdão? – Rita perguntou, incrédula.

— É impressão minha ou ele parece partir da idéia de que pode me confrontar? – Andrew perguntou, divertido, e Emma riu gostosamente, beijando-lhe outra vez.

— Era uma vez uma princesa chamada Perla. Ela foi escolhida em um baile, e iria se casar, e ter lindos filhos. – Victor começou.

— Tenho a breve impressão de conhecer essa história. – Emma disse, e Andrew a puxou pela cintura, fazendo-a fazer a volta e sentar-se em seu colo, beijando-lhe o queixo.

— As vésperas do casamento o noivo dela viajou a negócios. Quando voltou, a abandonou, pois havia encontrado outra mulher, uma mulher com a pele em um estranho e medonho tom de cinza. – Victor debochou, e Emma e Andrew riram – Ela foi abandonada com seu vestido de noiva pronto, todos os planos, tudo. Virou motivo de piada durante anos, e nunca mais conseguiu um noivo.

— Agora estamos em guerra. Ela conseguiu um noivo, finalmente. Minha intuição me diz que ela sabe que o noivo dela batalha tecnicamente contra o homem que a abandonou. – Luke intitulou, mas Andrew fez pouco caso – Aposto que o pai dela cederá seu apoio a Jordan na hora em que o aro da aliança passar em seu dedo.

— Mais apoio contra nós. – Rita resumiu.

— Estou tremendo da raiz do cabelo até o dedo do pé. – Andrew Debochou – Eu não entro em uma guerra para perder. O que me incomoda nisso tudo é que quanto mais apoio ele tiver, mais gente vai morrer no final. Inocentes. Minha armada não vai parar até conseguir a vitória, homens morrerão, famílias vão se desfazer, vidas vão acabar. É isso o que me incomoda. – Ele deu um beijinho no ombro de Emma.

— Para quando é o maldito casamento? – Eloise perguntou.

— Para breve, é claro. O que nos leva de volta ao ponto de que um entre nós pretende perfurar a fronteira. E que deve ser logo.

— Assim que for possível. – Dakota respondeu, e Jamie rosnou.

— Assim que tu retornares declararei guerra. – Andrew anunciou, e todos o olharam – Minha frente de batalha tomará a iniciativa: Atacará. Assim acabamos com essa palhaçada.

— Eu posso partir quando...

— Dakota. – Jamie interrompeu – Meu anjo. Porque você não volta para a cama? – Perguntou, com um sorriso forçado. – Tome. – Ele tirou a chave da torre do bolso – Já a encontro. – Dakota ia protestar – Vá. – Ordenou, e Dakota revirou os olhos, saindo.

— Retardar não vai resolver. – Andrew disse, mas Jamie já sabia disso.

Jamie ficou ali mais meia hora. Depois foi para a torre, procurá-la. Estava trancada. Estranho. Ele bateu na porta, chamou e nada. Voltou pela escadaria, estranhando. Até que se deparou com algo no chão. A chave. Alguns degraus a baixo havia um pedaço de tecido. Ele o apanhou. Era um pedaço do vestido de Dakota, rasgado a força. Era um pedaço da bainha, o que induzia que se rasgara enquanto ela fora arrastada.

— Você sabe que isso é uma armadilha. – Andrew ressaltou, vendo Jamie montar no cavalo. Nem a armadura colocara, apenas apanhara a espada.

— Sei. Escutem. – Victor, Luke e Andrew observavam – Eu não posso deixá-la lá. Não posso permitir que chegue as mãos dele. Eu... Eu não sou capaz. – Ele respirou fundo – Se eu não voltar, cuidem de Dulcie. Cuidem para que Jordan não tome conta do meu reino. Honrem meu Nome.

— Boa sorte. – Victor desejou e Jamie assentiu e puxou as rédeas do cavalo, saindo a galope.

Jamie atravessou a cidade como um raio. Todos saiam do caminho. Em sua cabeça só havia algo: Jordan havia pego Dakota. Sua Dakota. Ah, ele preferia morrer a permitir isso. Ao chegar na fronteira alguns soldados se olharam, confusos, mas Jamie fez o cavalo saltar sobre a barreira, sumindo dentro das arvores. Encontrá-la ali seria impossível. Ultrapassar a fronteira de Jordan seria impossível; Ele seria alvejado só ao ser visto. Cavalgou por minutos a fio, desviando de arvores. Ao chegar em uma pequena clareira avistou algo caído no chão, mas não teve tempo de identificar o que era: Algo pesado atingiu sua cabeça, na região da nuca, causando uma dor insuportável e aguda, e ele caiu do cavalo. Quando chegou ao chão já havia desmaiado.

Jamie não sabia quanto tempo havia se passado. Ele despertou sabendo que tinha algo urgente a fazer, mas não sabia o que era. O tempo estava tão frio, ventava tanto! Havia o cheiro das arvores e da grama molhada. Algumas gotas caiam do céu. Dakota! Ele abriu os olhos, olhando em volta. Sua cabeça doía barbaramente. Ele olhou em volta, a clareira estava vazia, a não ser...

— Dakota. – Murmurou, vendo que o vulto caído era ela. Ele procurou forças, mas não achou. Se arrastou um instante, logo engatinhando em direção a ela. Mesmo engatinhando as vezes ele tropeçava, caindo de novo. A alcançou e a apanhou no colo, pegando seu rosto – Ei, acorde. – Chamou, tonto.

— Ora, ora, ora. – Jordan disse, se desencostando de uma arvore, se aproximando – O nobre Jamie, de uma linhagem unicamente de sangue puro, se curvando e se arrastando por uma plebéia. – Disse, cruel. Jamie tateou a bainha a procura da pistola, ou da espada, mas nada – Não seja tolo.

— Vá para o inferno. – Rosnou

— Estou nele. – Jordan respondeu, caminhando, tranquilo.

— Porque não a deixa em paz? – Perguntou, raivoso, puxando a Dakota ainda desfalecida mais para si.

— Ela? – Jordan perguntou, com descaso – É só um brinquedo que você me tomou. Em geral quando eu enjôo, jogo meus brinquedos fora. Mas não foi por isso que eu o trouxe aqui. – Disse, de braços cruzados. – Temos uma conversa pendente, antes que a guerra possa seguir.

— Não tenho nada para conversar com você. – Jamie rosnou, raivoso. A presença de Jordan o enojava.

— Percebi que tu estas mantendo essa guerra sob os pilares errados. Você precisa entender, para então eu poder matá-lo. – Jamie riu, debochado – Precisa entender o que eu fiz, e porque eu o fiz. Precisa entender porque eu declarei guerra contra você partindo do nada. Nós temos um assunto em comum, Jamie. – Disse, e havia um sentimento estranho em seus olhos. Parecia ódio, fúria.

— Não tenho nada em comum contigo. – Rosnou.

— Temos Amélia.

Gente me desculpe a demora em postar os capítulos, eu estou em semana de recuperação na escola aí já viu né? Tempo nenhum!

A verdade sobre quem é a verdadeira ameba, ops Amélia, está por vir. Finalmente vamos descobrir tudo sobre ela!
Espero que gostem do capítulo, não esqueçam de votar e comentar pra mim saber que estão gostando! 💋

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