Capítulo 27

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#Flashback de Jamie

— Que diabo está acontecendo? Onde está o médico? – Perguntou, raivoso.

— Está a caminho, senhor. A chuva está detendo-o. – A criada respondeu, agoniada.

— Jamie... – Amélia chamou, fraca, na cama. Ele a olhou. Ela respirava superficialmente, e estava branca demais.

— Vá, e traga-o! – Ordenou, e a criada saiu. Ele foi até a cama, apanhando a mão de Amélia. Estava ficando fria. – Eu estou aqui, meu amor. – Disse, beijando a mão dela.

— Eu estou morrendo. – Disse, e tossiu em seguida.

— Não diga tolices, Amélia. Isso foi apenas... Apenas... É só um mal estar. – Disse, alterado. Pobre Jamie.

— Precisa me escutar. – Disse, e duas lágrimas caíram pelo canto dos olhos dela – O médico...

— Está chegando. Logo. – Prometeu, afobado. Se acontecesse algo a Amélia o médico morreria antes de bater no chão.

— Quando ele chegar... Jamie, o bebê... – Ela engasgava com as palavras. Os olhos já estavam fechados, e ela soava. A barriga enorme parecia ser um pecado contra algo tão frágil – Salve o bebê.

— Amor, não fale. Não se canse mais.

— Me prometa. – Ela respirou fundo, e com algo que parecia ser um esforço estrondoso, abriu os olhos quase sem brilho para encará-lo – Me prometa que vai salvar nosso filho. Prometa que vai cuidar dele. Prometa... Jamie, prometa agora.

— Eu prometo. – Disse, se abaixando para beijar a mão dela.

Só que quando ele ergueu o rosto não era mais Amélia; Era Dakota. Os olhos dele se abriram em choque, e a mão dela o apertou. A respiração de Dakota ficou suspensa por instantes, então a cabeça dela pendeu para trás, os olhos azuis ainda abertos. Mas aquela era a morte de Amélia, não a de Dakota. O medico chegaria em segundos, e traria Dulcie a vida. Aquela era a morte de Amélia, ele se lembrava claramente.

— Não. – Disse, apavorado. – Dakota, não. – Disse, tocando o rosto dela. – Não, outra vez não.

Dakota estava arrumando o quarto. Queria sair dali antes que ele acordasse. Mas ele estava inquieto. Ela se apressou, deveria estar acordando. Mas ele estava realmente inquieto.

No sonho de Jamie...

— Dakota, pare com isso! Pare agora! – Ele apanhou o rosto dela, erguendo-a da cama. Os olhos permaneceram mortos, e a cabeça dela pendeu para trás, os cachos balançando no ar. – Você não é Amélia, não vai morrer como ela, acorde! DAKOTA, ACORDE! – Rugiu, apavorado. Então a barriga de Amélia, enorme, sumiu. Em compensação uma mancha de sangue começou a brotar no lençol branco. – Não... Por favor...

Dakota se aproximou da cama. Jamie tinha o cenho franzido. Ela pensou se deveria chamar ajuda. Então duas lágrimas caíram pelo canto do rosto dele. É possível alguém chorar dormindo? Ela se aproximou mais. Ele respirava em arfadas, parecia atordoado, e ela teve pena. Seja qual fosse o pesadelo, ia acabar.

— Jamie... – Chamou, tocando o ombro dele – Jamie, acorde. – Ele continuou em seu sono conturbado – Meu Deus. – Disse, estranhando. Ela queria que ele acordasse. O retrato de Amélia repousava tranquilamente atrás dela. – Jamie! Mas que diabo, acorde! – Ela apanhou o rosto dele nas mãos, tentando acordá-lo.

Jamie acordou com um impacto. Os olhos se abriram em choque e ele respirou fundo violentamente, se situando na realidade. Os olhos dela estava em frente aos dele.

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