Between Two Loves || PJM / JJK

ELEVEN

Boa Leitura! ❤

“Não é necessário voltar ao passado para consertar possíveis erros teus! Continue a caminhar pois em dado momento, naquilo que tu chamas de futuro, a oportunidade de fazê-lo vai aparecer e com muito mais proveito. Basta estar atento.” – Odair Flores

⭐ JUNGKOOK ⭐

Dias depois...

     Me arrependo de muitas escolhas que fiz durante a vida, principalmente por ter dado ouvidos a meu pai e não conseguir forças para lutar por Alana. Se eu tivesse sido corajoso o suficiente teria enfrentado o velho por minha família, deixado de lado todas aquelas ameaças e feito valer a pena o amor que jurei sentir por aquela garota. Agora estou aqui sem saber o que fazer, o passado não volta para que eu o conserte, tampouco o mundo não irá pausar para que seque minhas lágrimas de arrependimento. Decidir priorizar o erro, e agora colho todas as consequências que a mim foram direcionadas.

     Lei do retorno, a ação ruim que gera uma reação duas vezes pior, é sobre isso que venho lutando diariamente.

     Minha cabeça está a mil por hora, me concentrar no trabalho estava sendo tarefa quase impossível depois dos últimos dias. Minha mente vaga no momento que conhecerei meu pequeno, ou melhor, quando o assustei a ponto de ser conhecido como o homem mau do mercado. O que eu devo dizer a respeito disso? Qual será a reação dele ao descobrir que carrega meu sangue? Não suportaria ser rejeitado, mesmo que eu mereça. Vê-lo chamar Jimin de papai já foi dor o suficiente, e tudo piorou ao perceber que Park é o seu modelo de herói favorito.

     Não posso reclamar, afinal Jimin é um ótimo pai para ele. Soube educá-lo melhor do que eu seria capaz, perdeu noites de sono quando ele ficou doente, lhe pegou no colo, medicou, trocou suas fraldas e o alimentou nas horas certas. O mais velho assumiu a responsabilidade que era para ser minha, mas não agi como homem quando a mãe do meu filho mais precisou de mim. Saber que Alana está esperando um filho dele, me corta o coração e faz evaporar qualquer resquício de esperança, se é que ainda existe alguma. Vendo aquela família eu simplesmente não me sinto no direito de atrapalhar, tampouco fazer parte do dia-a-dia.

    A xícara de café a minha frente já deve estar gelada, me esqueci completamente daquela bebida ao meu ver inerte em meio aos pensamentos pela décima vez apenas esta manhã. Bom, é a terceira dose seguida, só consigo me acalmar com cafeína, meio contraditório já que pessoas ansiosas deveriam estar bem longe se um estimulante que inibe o sono. Então fui tirado daquele caos de pensamentos com o telefone tocando em minha mesa, o que me surpreendeu já que não me lembro de ter marcado nada com alguém.

     – Estou ouvindo. – falei, e em seguida pude ouvir a voz calma de minha assessora. – Mande-o entrar, por favor.

     Esperei por alguns segundos até que Jimin passou pela porta, confesso que apesar de surpreso, sua visita inesperada me deixou ainda mais ansioso. Então apontei para uma das poltronas e pedi para que o mesmo se sentasse, ainda lhe ofereci um pouco se café após ver que sua expressão demonstrava cansaço. Foi assim que percebi que meu amigo havia acabado de sair de mais um plantão, possivelmente horas incansáveis dentro do hospital onde trabalha.

     – Me desculpe por vir sem avisar, mas não vou tomar muito do seu tempo. Serei direto, está bem? – disse ele em um tom extremamente sério. – Conversei bastante tempo com Alana, respeitei o tempo, espaço e decisão dela a respeito deste assunto. Decidimos deixar você se aproximar JungHyun, porém, escute com atenção. – aquele tom veio quase como uma ameaça. – O garoto ainda é novo, espero que compreenda se vier uma reação negativa da parte dele.