Memórias. Cada um tem as suas. As minhas parecem basear-se apenas no moreno com o sorriso mais cativante que alguma vez os meus olhos tiveram o prazer de apreciar.
Faço um esforço e levanto-me do sofá quando Olívia insiste que tenho que me ir vestir. -Vá lá, Matilde. Sei que só pensas no beijo com o André, mas faz um esforço. O Marc é sempre tão querido contigo. -Eu sei, Li e eu adoro-o. Lá vou eu- digo e vou vestir-me.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Quando estou pronta regresso à sala e fico à espera do rapaz de olhos verdes. -Uau, Matilde. Gosto e o Marc vai adorar- diz a ruiva rindo. -Achas que está demais? -Não, claro que não. Olha, deve ser ele- diz referindo-se ao toque na campainha. -Olá, cariño- digo abrindo a porta e abraçando Marc. -Estás linda, mi amor. Vamos? -Oh, obrigada. Vamos.
Algum tempo depois
Acabamos de chegar a um restaurante perto da praia e o Marc estaciona o carro e vem-me abrir a porta. -Estás muito cavalheiro hoje- digo rindo. -Eu sou cavalheiro. Anda que já está na hora que eu marquei- diz o moreno dando-me a mão e entramos dentro do restaurante, sentando-nos numa mesa com vista para o mar. -A vista é mesmo linda. -A minha é melhor- diz olhando fixamente para mim. -A sério que agora deste numa de azeiteiro que usa pick-up lines, Marc? -Eu a tentar ser querido e tu a dar-me para trás- diz fazendo beicinho. -Desculpa, corazón, hoje não foi um bom dia. -Então eu vou animar-te. Vamos comer- diz chamando o empregado que vem acompanhado por um casal que se senta na mesa ao lado da nossa. -Boa noite, o que vão querer- pergunta o empregado e fazemos os nossos pedidos. -Matilde?- oiço o rapaz da mesa ao lado a perguntar e logo direciono para lá o meu olhar. -André? Mas tu agora andas a seguir-me? -Achas mesmo? Eu apenas vim jantar com a Adriana- diz apontando para a rapariga em frente- Não tenho culpa que estejas aqui. -E depois diz que não quer comer todas- murmuro. -Desculpa. Disseste alguma coisa?- pergunta o moreno. -Nada, não disse nada- forço um sorriso. -Mas o que é que eu perdi, Andrezinho?- pergunta a loira oxigenada a André. -Não perdeste nada- bufa André. -Se quiseres podemos ir embora, Matilde- diz o Marc. -Não é preciso. O que importa é a tua companhia, mi amor- digo pousando a minha mão por cima da de Marc que me dá um sorriso. -E depois ainda diz que não tem nada com ele, mas está ali toda querida- murmura desta vez André. -Disseste alguma coisa?- pergunto eu fazendo o mesmo jogo que ele. -Tu és impossível- diz virando-se para mim. -Olha, há quem goste- mete-se Marc o que me faz sorrir. -Pois há- diz André sério e talvez ciumento a olhar para Marc. -Importaste de me dar atenção, André?- pergunta a loira quase a gritar, mas o moreno apenas encolhe os ombros levando a rapariga a levantar-se e a ir embora. -Obrigado por me estragares o jantar- diz André levantando-se e indo atrás dela. -Vai com Deus- grito para ele e começo a rir.
