Capítulo 7

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Chegamos na festa por volta das dez horas vendo que já havia muitos alunos no extenso quintal da maior casa da rua.

Bryan estacionou seu carro algumas residências depois da de Dylan, pois queria garantir que na hora de irmos embora teríamos um veículo inteiro e não destruído pelos jovens bêbados que já estavam começando a surgir pela rua.

Fomos caminhando um do lado do outro até conseguir – enfim – entrar na casa, vendo que lá dentro tinha muitas pessoas fazendo diversos jogos, beijando e embriagando-se.

Bryan e eu ficamos andando sem rumo, até que vejo o garoto loiro de olhos verdes me encarando, em vez de prestar atenção nos caras que estavam tentando conversar com ele. Dylan parece pedir licença para ir até a mesa de bebidas, onde pega mais um copo, além do que estava na sua mão.

  Começa a vir em direção à mim.

  Percebo que Haley, ex-namorada – sei disso, porque eles eram o casal mais popular da escola, e quando terminaram, a notícia correu pelos corredores em menos de dois dias – do Dylan, está fazendo uma careta não muito bonita, que creio eu, deveria me assustar, o que não deu muito certo.

- E ai, Unicórnio, pensei que não iria vir mais – diz, me cumprimentando com um beijo na bochecha e apertando a mão de Bryan.

- Ele me convenceu a vir – respondo apontando para o meu amigo, que não está com uma das suas melhores feições.

- Então te devo uma, Bryan.

- Olha só, a estrela da escola sabe o meu nome e isso me deixa lisonjeado – retruca o moreno com ironia.

É, Bryan realmente não gosta do Dylan.

- Bom... te trouxe uma bebida – fala Dylan, mudando de assunto e me estendendo o copo que parece estar cheio de cerveja.

- Acho melhor não, Daph – sussurra Bryan no meu ouvido.

- É só um copo, ela não vai ficar bêbada logo de cara – pelo jeito o aniversariante escutou.

- Ela tem motivos para não querer beber  - ele sabe que tenho uma certa raiva de bebidas alcoólicas por causa de Francesca.

- Por favor Daphne, é o meu aniversário. Só esse copo, se quiser pode pegar mais, mas caso contrário, de boa – fala Dylan, soltando um de seus lindos sorrisos.

- Tudo bem, vou beber só esse copo e é bom você não me perturbar mais, garoto – sentencio brincando e aceitando o copo.

- E você cara, não vai querer também? Tem uísque, vodka... – pergunta o mesmo para Bryan.

- Estou dirigindo, melhor eu ficar só no refrigerante mesmo – Bryan responde, ainda com uma carranca no rosto.

- Ok, você que sabe. Vou pedir para alguém comprar mais algumas garrafas de vodka. As pessoas estão bebendo como se fosse água. – Dylan explica se retirando dali e indo em direção a um garoto ruivo que estava conversando com uma das líderes de torcida.

Começo a dar pequenos goles na cerveja e... Como isso é ruim! Não entendo como Francesca bebe isso todos os dias, mas depois de um tempo acabo cedendo ao uísque que passaram oferecendo.

E com isso se passa mais ou menos duas horas.

Bryan não ficou longe de mim em nenhum segundo, buzinando nos meus ouvidos coisas do tipo: "Já chega, né?" "Você não acha que bebeu de mais?" "Daphne, estou falando sério, você é fraca para esse tipo de coisa, melhor parar".

Eu ignorava todas suas ordens e continuava aceitando os copos que me ofereciam.

É, talvez agora eu esteja começando a entender porque as pessoas gostam tanto disso. No início é ruim pelo fato de passar rasgando pela sua garganta, mas com o passar do tempo, a cada gole que você dá, o gosto vai melhorando e se tornando algo suportável.

Dúvida Cruel - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora