Capítulo 8

108 12 0
                                    

- Droga, Bryan! Você deveria ter me deixado acabar com aquela va... – comecei a resmungar quando ele me interrompe.

  - Chega de nomes inadequados, mocinha – fala Bryan, parecendo meu pai.

  - Mocinha? Você vai ver a mocinha acabar com a vida de alguém – digo, dando meia volta para voltar lá para dentro, mas me sinto tonta e paro no meio do caminho, colocando a mão na cabeça.

  - Você está bêbada, Daphne. Vem, vamos para casa – Bryan pega na minha mão, mas estou tão zonza que começo a tropeçar nos meus próprios pés, então ele desiste de me puxar, me pegando no colo passando um braço ao redor das minhas costas e outro em baixo dos meus joelhos. Parece que sou uma pena pela forma como ele me tira do chão.

  - Estou começando a achar que vou ficar muito ruim amanhã – falo, agora com os braços ao redor de seu pescoço.

  - Você acha? Amanhã, quando estiver melhor, vou te dar uma bronca daquelas, se prepare.

  - Tudo bem, mas só se for amanhã mesmo, porque hoje eu só quero dormir – quando falo isso, encosto a cabeça no peitoral de Bryan, que parece estremecer com o gesto.

  Ele chega ao carro em no máximo dois minutos; abre a porta do passageiro e me coloca com muito cuidado no banco. Fecha a porta e corre para entrar do lado do motorista. Depois que ele entra, tento ligar o som, mas estou tão tonta que não consigo.

  - Deixa que eu ligo. Pelo jeito alguém está muito mal, não é? Ai que vontade de dizer: Eu te avisei para não beber – diz o moreno de olhos negros, ligando o rádio em uma estação qualquer, que toca uma música que me deixa meio triste.

  Abaixo o vidro da janela e observo as ruas de Manhattan. Pessoas andando sozinhas enquanto outras estão com um grande grupo de amigos ao seu redor, rindo a toa.

  A vida é algo muito cômico. Você nunca sabe o que vai acontecer dali um segundo, então não dá valor suficiente para aquele momento ou para aquelas pessoas que estão contigo.

  Eu nunca imaginária que na manhã dos meus 15 anos, iria dizer o meu último "te amo pai, te amo mãe".

Nada tinha mais sentindo depois de ouvir as palavras que Francesca me disse naquela recepção quase vazia de hospital, mas por algum motivo, achei que aquela raiva que ela estava sentindo iria passar no dia seguinte, ou dali alguns dias.

  Paro de pensar quando vem a sensação de que tudo que comi está voltando para a minha garganta, insistindo para sair pela minha boca.

  - Bryan, eu que... quero vomitar – tento falar em meio aos alimentos que sentia no meio da minha faringe.

  - Calma Daph, quer que eu pare o carro? – pergunta preocupado, agora não tão concentrado na rua e sim em mim.

  - Não, não precisa. Continua dirigindo, eu acho que aguento segurar - falo, levantando a cabeça e a encostando no banco.

  - Estamos quase chegando, só mais uns cinco minutos – diz.

  Chegamos à rua onde moro por volta das uma da manhã. Bryan começa a estacionar o carro quando a vontade de vomitar aumenta, então não espero ele parar totalmente. Abro a porta do mesmo, tentando descer, mas acabo caindo na calçada, quase batendo a cabeça.

  - Daphne! Ai meu Deus, me diz que você não morreu. Pera, se você tiver morta, não vai me responder, não é? Chega Bryan, chega de pensar em coisas mórbidas e ajuda logo a sua amiga que está jogada no chão. Tomara que você não esteja morta, não antes deu te falar uma coisa, por favor – o moreno diz para si próprio, totalmente desesperado.

  Ele vem até mim correndo, se agacha e vê que estou viva, então comemora baixinho.

  O que será que ele quer me dizer?
                                 *****.*****

  Hello Guys!

  Essa noite da Daphne está sendo uma loucura, e ainda vai acontecer umas coisas ai.

  Bom, espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar e votar.

  Beijos e até a próxima.

(Música: Ride – Lana Del Rey)

Dúvida Cruel - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora