Capítulo 32 - Dylan

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  Mentir para Daphne não me agrada nem um pouco.

  Haley vinha me ligando desde que descobriu do meu namoro com Daphne, e de uns tempos para cá, vem ameaçando a minha namorada e como sei que ela é capaz de simplesmente tudo, estou atento a isso.

  Hoje ela marcou para nos encontrarmos, para que resolvêssemos logo essa situação e, para que eu possa, enfim, viver em paz com a minha namorada.

  Estou a caminho do restaurante que ela marcou para o "nosso almoço", que devo admitir, é bem longe de Manhattan.
 
Até que por um lado é bom, assim ninguém conhecido me vê por ali.

Chego no restaurante sofisticado.

  Estaciono em uma vaga que tem logo de frente para o restaurante e, dali mesmo, dentro do meu carro, consigo ver Haley, com seus cabelos loiros alisados por química, sentada em uma mesa para dois.

  - Vamos lá Dylan. Você consegue. – digo para mim mesmo enquanto saio do carro dirigindo-me para a porta do restaurante.

  Enquanto caminho em passos firmes até onde Haley está, muitas pessoas começam a me encararem como se eu fosse algum alienígena.

  Acho que Haley percebe todos os olhares, porque logo vira para trás, abrindo um sorriso amplo com seus lábios cobertos de batom vermelho de alguma marca cara suficiente para pagar um ano de alimento para uma cidade da África.

  - Olha só o nosso astro – começa com sua voz incrivelmente irritante.

  - Vai logo ao assunto, por favor. Tenho mais o que fazer do que ficar aqui batendo papinho contigo – a corto, sentando no banco estofado de couro marrom escuro de frente para ela.

  - Para que tanta grosseria, meu amor? Vamos, senta, vou pedir um vinho para...

  - Haley... – interrompo.

  - O quê? Prefere espumante? Tem certeza disso? Você que decide, mas preciso dizer que os vinhos daqui são...

  - Haley! Dá para falar logo o que quer comigo para deixar Daphne em paz?

  - Vou falar... assim que pedir algo para bebermos. – bufo, deixando meu corpo relaxar totalmente no assento, como se estivesse em casa.

  Ela logo chama um garçom, pedindo duas taças e um dos melhores vinhos do lugar.

  - Obrigada. – agradece minha ex com um dos seus sorrisos sedutores que poderia acabar com um casamento num estalar de dedos.

  Pena que hoje tomei minha dose diária de anti-Haley.

  - Tá, chega. Começa. – digo enquanto ela mesma nos serve, mostrando totalmente seu decote enquanto se apoia sobre a mesa para que possa encher minha taça.

"Aquilo realmente já foi uma tentação para mim? ", me pergunto enquanto ela volta para a sua cadeira.

  - Bem, você sabe que eu te amo e preciso que volte a ser meu namorado – diz de forma tão natural como se estivesse afirmando que a grama é verde – E não tem como isso acontecer se você estiver namorando aquela garota sem sal. – serro os punhos – Pois bem, para que eu não mexa os meus palzinhos e acabe com a vida da... Como é mesmo o nome dela?

  - Você não faria isso...

  - D... Da... Daphne! Isso mesmo, Daphne. Que nomezinho mais pobre hein. E sim, pode acreditar que eu faria isso sim. – sua expressão vai de leoa selvagem a procura de uma presa frágil para alimentar seus filhotes, para uma súplica exagerada até mesmo para ela - Dylan, entenda que eu te quero. Eu te amo!

  - Você chama isso – aponto dela para mim – De amor? Eu nem sequer gostaria de ficar no mesmo recinto que você, Haley. Se eu pudesse escolher, mudaria de escola, cidade, país! Por favor, tenha amor próprio e se valorize. – jogo as palavras em sua cara depois de ter bebido um gole do vinho tão bem comentado.

  - Quer que sua queridinha sofra algum acidente grave ou até mesmo chegue a morrer? – pergunta agora com uma fúria queimando em seus olhos.

- Não... – abaixo a cabeça, mas logo volto meu olhar diretamente para Haley - Fala logo o que você quer – peço sem perder, agora, a postura.

  - Nada mais, nada menos, que você. Olha que simples e fácil. Você só precisa terminar com ela, a esquecer e voltar comigo. Não preciso de mais nada na vida.

  - Você só pode estar de brincadeira que realmente quer que eu termine com alguém que eu gosto e amo – ela respira fundo ao ouvir meus sentimentos por Daphne – Para ficar com uma pessoa que eu nem sequer respeito?

  - Com o tempo você iria esquecê-la, Dylan. Por favor, eu preciso de você – suplica novamente como uma criança inconsolável por ter perdido uma bala de amendoim.

  Tenta segurar minhas mãos, que logo tiro de seu alcance, cruzando meus braços quase na ponta da mesa.

  Quanto mais longe, melhor. Ou melhor dizendo: mais seguro.

  - Haley, para! Pede outra coisa, mas não isso, até mesmo dinheiro.

  - Então não temos nenhum acordo, porque para mim de nada vale ficar rica sem ter você do meu lado, além do que, minha família é tão bem-sucedida quanto a sua.

  -  Era isso que tinha para me dizer então? Porque se não tiver mais nada, preciso ir.

  - Você irá se arrepender, escute o que estou lhe falando Dylan Cooper. Você, sua namoradinha e a família de vocês irão pagar por isso. – a ardência em seu olhar chega a queimar minha pele.

  - Não vão, porque você não vai chegar perto de ninguém que eu amo. – levanto, deixando uma nota de cem em cima da mesa.

  Saio bufando até meu carro, mas quando estou encaixando a chave na ignição, meus olhos desviam do painel recém ligado para o para-brisa, vendo no canto com sombra da calçada, aquele amigo de Daphne, me encarando com tanta fúria nos olhos quanto a própria Haley.

  Paro de o encará-lo e me concentro em somente dirigir para longe dali.

  Vou proteger mais do que nunca minha família, a de Daphne, e principalmente ela.

*****.*****

  Hello Guys!

Olha só quem tá aqui de novo? Sim, eu.

Capítulo menorzinho só para vocês terem uma pequena noção do que irá acontecer pela frente. Na verdade, para ser bem sincera, só escrevi este capítulo correndo mesmo, porque preciso estudar muito para uma prova importante que irei fazer sábado.

Bom, é isso. Espero que tenham gostado, e não se esqueçam de comentar muito e votar na nossa história.

Beijos e até a próxima.

(Música: Hot N' Cold – Katy Perry)

Dúvida Cruel - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora