Capítulo 25: Losing It (Perdendo Isso) - Bárbara

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I knew I was only sixteen

(Eu sabia que eu só tinha dezesseis)

but I thought I loved her.

(mas eu achei que a amava)

and it'd last forever.

(e que isso duraria para sempre)

But only if I knew

(Mas se ao menos eu soubesse)

that she wasn't true

(que ela não era verdade/verdadeira)

how could she do this to me

(como ela pôde fazer isso comigo?)

but my heart was racing

(mas meu coração estava acelerado)

my mind was screaming

(minha mente estava gritando)

you've got your whole life

(você tem a sua vida inteira)

to do these things

(para fazer essas coisas)


but my legs were shaking

(mas minhas pernas estavam tremendo)

my hands were searching for

(minhas mãos estavam procurando)

her in the backseat of my car

(por ela no banco de trás do meu carro)

I just lost it.

(Eu apenas perdi).

(Losing It – Never Shout Never)

Eu queria que o final de semana pudesse durar para sempre. Só de pensar na segunda-feira se aproximando, eu sentia mais vontade de me embolar na cama. De cavar mais fundo o buraco no qual eu me meti. Tinha saída dele? Eu não conseguia enxergar.

A madrugada ia dando espaço para o dia novamente e por mais que eu tivesse tentado dormir, fui bem malsucedida. Tudo que consegui arrancar do meu corpo foram cochilos esporádicos que, longe de me deixar descansada, só serviam para me deixar mais moída. Eu daria qualquer coisa por uma boa noite de sono. Minhas bolsas, minha caneta de pompom da adolescência e talvez até meus sapatos favoritos. Eu só queria poder dormir, ininterruptamente, por horas. Horas. Fugir da realidade era a melhor alternativa que eu conseguia ponderar naquele momento.

Mas meu corpo não estava aberto para negociação. Pelo jeito, minha mente achava que aquele era um momento bastante conveniente para desfilar uma série de memórias sofridas sobre todos os meus relacionamentos do passado, para reviver lembranças positivas do meu passado com Rafael e, o pior de tudo, para repetir quase em um looping frenético as palavras de Rafael na saída do elevador.

Basicamente uma longa e dolorosa tortura da qual eu não conseguia fugir, porque era eu mesma que estava fornecendo os instrumentos.

Rolei para o outro lado da cama, encolhida no menor tamanho que eu conseguia e forcei os olhos, tentando mantê-los fechados. De repente, se eu ficasse sem me mover por alguns minutos, conseguiria voltar a dormir. Quem sabe, se eu esvaziasse minha mente conseguiria finalmente cair de volta no mundo dos sonhos.

Depois de mais algumas tentativas, eu cheguei à conclusão que era impossível. Não adiantava minha estratégia, meu corpo sempre me vencia. Minha mente era incapaz de parar um segundo, me deixando inquieta. Sentei na cama, derrotada pela minha própria incapacidade de me controlar. Calcei minhas pantufas e caminhei até a janela, observando a cidade acordar.

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