A SEREIA

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Numa viagem de volta à França, o rei Luís XIII e sua esposa, Ana Maria, estavam admirando a imensidão do mar, quando, ao longe, avistam uma sereia.

O rei, eufórico com o que acabara de ver, grita:

-Capitão, mande seus homens jogarem uma rede ao mar. Acabamos de ver uma sereia!

O capitão gargalha e fala:
-Perdoe-me, Majestade, mas vocês dois devem ter tomado muito sol. Sereias não existem!

-Por acaso você ousa chamar-nos de loucos, capitão Jones?

-É evidente que não, Majestade.

-Então, o que você está a esperar? Ordene que joguem logo esta rede!

Obedecendo as ordens do Rei, Jones mandou os marinheiros jogarem a rede. Ao puxá-la de volta, uma sereia de longos cabelos cacheados e cauda cor de mel estava a se debater. Porém, quanto mais ela se debatia, mais presa ela ficava.
Enquanto a sereia se debatia, e todos naquele navio estavam encantados com tal criatura, aparecem dois tritões com seus tridentes para salvar a sereia.
Furioso com tal atitude, o Rei ordena que os marinheiros puxem a rede de volta para o navio. Sem êxito, a sereia e os tritões escapam, alimentando ainda mais a fúria do rei.

-Incompetentes! Deixaram ela fugir. Só iremos parar este navio quando encontrarmos aquela sereia!

... 3 dias depois...

-Majestade, estamos navegando há dias e não vimos sinal de qualquer criatura que possa ser uma sereia. Nossa comida está a ficar escassa, precisamos voltar.
O rei não gostou da ideia, relutou o quanto pôde, mas percebeu que o capitão estava certo. Eles precisavam voltar.

ENTRE DOIS MUNDOS Livro1Onde histórias criam vida. Descubra agora