Capítulo 17.

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Lauren POV

Os dias começaram a se passar rapidamente, eu e Camila almoçavamos juntas sempre que dava. Todos os finais de semana eu fazia de tudo para que ela ficasse em casa. Eu não tive mais pesadelos depois daquele dia. Sam estava bem, nós íamos a Doutora Cosima e eu também conversava com a psicóloga sobre o que se passava na minha cabeça.

Camila não era mais minha psicóloga, ela era minha namorada e minha melhor amiga. Ao mesmo tempo que as coisas aconteciam muito rápido entre nós duas e eu tinha vontade de passar todo o meu tempo com ela, nós também não tínhamos muito tempo a sós, a não ser quando Samantha está dormindo, o que não dura muito.

Eu sabia sobre as inseguranças de Camila, e eu não queria forçar nada. Eu sei que cada coisa tem o seu tempo, mas caramba eu não sou de ferro. Ter camila deitada de conchinha comigo e não poder ou conseguir avançar os sinais às vezes acabava comigo.

Na sexta-feira busquei Camila e Samantha e fomos para casa. Sim é a "nossa casa" mesmo que Camila só passe os finais de semana aqui, é assim que eu enxergo. Enfim, fomos para casa e Sam estava mais quieta do que o normal e dormiu cedo demais, o que eu estranhei, mas não reclamei.

-Amor, você tem um remédio para dor de cabeça? -Ela me perguntou fazendo uma leve careta quando já estávamos no quarto.

-Sim, já pego para você! Mas é só isso? -Perguntei rodeando sua cintura com meus braços e cheirando seu pescoço. Camila se limitou a concordar com a cabeça e se aconchegar a mim. Tive que me separar dela para ir até a cozinha buscar o comprimido e um copo d'água.

Quando voltei Camila estava deitada agarrada ao meu travesseiro. E eu achei a coisa mais fofa do mundo, fiquei na dúvida se deveria acordá-la, mas quando cheguei perto ela abriu seus olhos levemente me encarando, mostrando que não estava dormindo. Camila então se sentou e fez uma careta, eu lhe entreguei o comprimido e ela já ia se deitar novamente.

-Espera Camz. -Segurei sua mão. - Você está com dor nas costas também, não está? -Camila apenas assentiu. -Então vira de bruços, vou te fazer uma massagem.

Me aproximei de Camila passando as mãos levemente por suas costas e percebi ela suspirar. Comecei massageando a região dos seus ombros e não podia deixar de imaginar como seria sentir a textura de sua pele ao invés da camiseta que ela vestia. Desci meus dedos para o meio de suas costas e Camila já parecia estar mais relaxada. Quando minha mão encontrou suas costelas minha namorada começou a rir.

-O que foi? -Eu perguntei rindo também.

-Eu...tenho cócegas aqui. -Ela respondeu se virando de frente para mim e me dando um selinho.

-Ah é? -Eu disse me aproximando e começando a fazer cócegas nela.

-Não! Não Lo, por favor! -Camila fez um biquinho e eu não resisti. A puxei para mais perto de mim para dormirmos.

No meio daquela noite Samantha apareceu no meu quarto pedindo para se deitar comigo,eu ponderei por um segundo. Quando me virei para Camila, ela já estava se afastando e dando espaço para Sam se deitar entre nós duas. Minha filha estava enrolada em seu cobertor e com sua Nala de pelúcia.

Assim que ela se deitou, se aconchegou mais em mim e Camila chegou mais perto colocando a sua mão sobre a minha. Depois de algumas horas eu acordei com um sentimento ruim no peito, eu não sabia o que era, só sabia que tinha algo de errado. Quando tentei me mover na cama percebi que estava tudo muito quente. O calor vinha de Samantha. Eu estiquei meu braço colocando as costas de minha mão direita sobre a testa da menina e percebi que ela estava muito mais quente do que o normal!

-Droga! -Disse e já me levantando da cama. Peguei um termômetro e o remédio para febre. Quando voltei para o quarto Samantha estava agarrada a Camila.

She Analyses MeOnde histórias criam vida. Descubra agora