22° Capítulo

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Mais uma viagem até casa. Estava esfomeada já era hora do almoço e pergunto-me mentalmente como é que consegui ficar parada na praia durante tanto tempo.

Mal entrei do portão para dentro vi logo o carro de Débora estacionado ao lado do meus outros muitos carros.
Bufei quando tirei a chave da ignição e sai do carro.

Estava sem paciência para aturar as suas histerias e sem paciência para a ouvir falar do novo amor da vida dela. Nunca vi alguém tão burro como ela, só mesmo o próprio namorado.
Não faz mal, assim só se estraga uma casa.

Abri a porta de casa e percorri o grande hall de entrada. Entrei na sala de estar onde se encontrava Débora sentada no sofá com uma chávena na mão.
Ou seja, ela vem para minha casa sem dizer nada e ainda se põe a enfardar aquilo que é meu.

- Bem, estava a ver que tinhas morrido. - Ela disse pousando a chávena na mesa de centro e levantou-se do sofá. - Liguei-te milhões de vezes.

- Eu sei, mas estou sem paciência para atira pessoas. - eu disse rudemente mandando a minha bolsa para cima do sofá.

-Mas atendeste ao André! - Ela disse com um tom de voz zangado.

- Olha eu nem aos meus pais dou satisfações querias que te desse a ti? - sentei-me no sofá e tirei os meus sapatos.

- Só estava preocupada. - ela revirou os olhos.

- Eu sou maior de idade, sei bem tomar conta de mim. - respondi olhando para a TV que acabára de ligar.

-Qual é o teu problema afinal? Porque que és assim para mim? - perguntou sentando-se de novo no sofá e cruzou os braços. Pude ver pelo canto do olho que me olhava bastante seria. -Afinal de contas eu sou a tua melhor amiga.

-Mas qual melhor amiga? Tu só estás perto de mim porque não tens mais ninguém, porque és insuportável, tu e as tuas manias e histerias. Pára de me melgar, agora que arranjaste namorado podias perfeitamente deixar-me em paz. - quase gritei com ela é pude ver que a mesma me olhava com os olhos arregalados.

-Angelica, o que é que se passa contigo? - perguntou e eu bufei mais uma vez.

-Passa-se tudo! Mas eu não vou falar contigo sobre isso, nem contigo nem com ninguém. - ela ficou em silêncio a olhar para mim. - Agora se não te importas podes sair de minha casa que isto não é um hotel. Arranja uma amiga que use tanto cor-de-rosa como tu, que adore ir as compras contigo, que esteja disposta a ouvir-te falar do teu querido namorado porque eu já não aguento, os meus ouvidos já não aguentam tanta estupidez saída da tua boca.

- Tu precisas de ajuda Angelica e eu falo de ajuda médica. Tu não estás bem. - estava sinceramente sem paciência para a aturar e se ela continua na minha casa mais um minuto eu não respondo por mim.

-Estas a chamar-me maluca da cabeça é? - perguntei agora encarando-a.

- Eu não disse nada disso! - respondeu.

-Deste a entender! - sinceramente eu nunca estive tão fora de mim como agora. - Sai da minha casa! Não quero olhar para a tua cara. Eu não quero olhar para a cara do Ruben. Eu quero estar sozinha percebes? SOZINHA!

- O que é que o Ruben tem a ver com isto? - ela perguntou confusa.

-SAI! - gritei fazendo Débora estremecer e logo ela pegou nas suas coisas e saiu porta fora.

Suspirei e fechei os olhos deitando a cabeça para traz.
Não sei o que se estava a passar comigo apenas não queria ninguém por perto excepto o André. Ele é a única pessoa que me consegue acalmar.

Bad B!tch || Rúben Neves✔Onde histórias criam vida. Descubra agora