28° Capítulo

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Ruben Neves acabára de adentrar os balneários do Futebol clube do Porto com um sorriso na cara.
Acho que o meu corpo paralisou por completo. O meu olhar fixou no dele e este foi ficando sério aos poucos.

Desviei o meu olhar do dele olhei para o meu avô.

-Esta tudo bem querida? - o meu avô perguntou.

- Sim, só estou com um pouco de fome. - eu forcei um pequeno sorriso.

- Eu vou pedir á Vanessa para ir buscar algo para comeres. Não podes estar a manhã toda sem comer. - o meu avô levantou-se do banco.

-Obrigada avô. - agradeci.

O meu avô beijou o topo da minha cabeça e logo depois saiu porta fora.
Senti uma presença do meu lado direito e logo olhei para o meu lado vendo Ruben.

-Esta tudo bem? - perguntou Ruben agora com uma expressão preocupada.

-Esta tudo ótimo. - forcei novamente um sorriso e desviei o meu olhar e encarava agora o chão.

- Estás pálida. Tens a certeza que estás bem? - perguntou Ruben passando a mão pelos maus cabelos.

- Que é que estás a fazer? - afastei-me dele e olhei-o seria.

-Ei calma, só estou preocupado. Não me pareces estar nada bem. - ele voltou a aproximar-se.

- Eu estou bem, estou só com o estômago vazio mas a Vanessa daqui a pouco traz algo para eu comer. - respondi.

-Tens a certeza que é apenas isso? - perguntou e eu suspirei já começando a ficar irritada com tanta pergunta vinda do moreno.

- Eu estou ótima! Não devias preocupar-te mais com a tua namorada? - perguntei  agora com um tom de voz um pouco mais elevado.

- Eu já não namoro com a Débora. - ele encarava agora o chão com os seus cotovelos pousados nas suas pernas e os dedos das suas mãos entrelaçados uns nos outros.

Apenas fiquei em silêncio esperando que este me dissesse mais alguma coisa. 

-Tinhas razão! - ele disse baixo e eu continuei em silêncio. - Ela não é quem eu quero, ela não és tu. Não quero viver numa mentira, não quero viver co  alguém que não me dá aquilo que eu preciso. Eu não devia ter dito aquilo no outro dia. Eu estava irritado por seres muito mais próxima do André do que de mim, estava irritado porque não te conseguia tirar da cabeça e eu pensei que ficando contra ti, arranjando outra rapariga, eu iria esquecer-te mais depressa mas isso não aconteceu e acho que não vai acontecer tão cedo ou talvez nunca acontecerá mesmo.

-O aqui tens um croissant e um café Angelica. - Ouvi a voz de Vanessa e olhos para a mesma que se aproximava com um café e um croissant nas suas mãos.

-Obrigada Vanessa. - sorri para a rapariga.

Vanessa entregou-me o croissant e o café e voltou a sair do balneário.
Ruben continuava na mesma posição agora em silêncio.
Não sabia o que haveria de dizer ao moreno apenas me limitei a comer o meu croissant e beber o meu café.

E mais uma vez a vontade de vomitar voltou e deste vez acompanhada por uma grande dor de barriga.
Corei para a casa de banho que tinha lá no balneário e voltei a vomitar.
Eu não estava bem, era visível e eu começo a sentir-me mesmo muito mal.

Senti alguém agarrar os meus cabelos delicadamente e esfregar as minhas costas.
Depois de voltar a ficar com o estômago vazio descarreguei o autoclismo e levantei-me do chão dando de caras com Ruben que me olhava preocupado.

-Te não estás bem Angelica. - disse apenas isso é puxou-me para o sítio onde estávamos antes de vir para está casa de banho.

-O que se passou Angelica? - o meu avô perguntou preocupado.

- Ela vomitou aquilo que a Vanessa lhe trouxe para comer. - Ruben respondeu por mim. - ela não está bem, as mãos dela não param de tremer e ela está muito branca.

- Vamos adiar a sessão. Angelica, tens de ir ao hospital. - o meu avô disse e eu apenas revirei os olhos.

- Eu levo-a lá. - Ruben pareceu-se para me acompanhar e logo olhei para ele seria.

- Eu já sou crescida, posso muito bem ir sozinha. - eu disse cruzando os braços.

- Nao sejas teimosa. - Ruben pediu e eu bufei.

- Eu concordo com o Ruben. É melhor que ele te acompanhe imagina que te sentes mal pelo caminho pode ser muito pior querida. - o meu avô apoiou Ruben e eu revirei os olhos.

-O que chatos. - eu peguei na minha bolsa e sai do balneário esforcando-me ao máximo para não cair pois as minhas pernas estavam sem forças.

Bad B!tch || Rúben Neves✔Onde histórias criam vida. Descubra agora