C A P Í T U L O 11

2.2K 330 300
                                    

Os primeiros ventos da desordem

          Eu me perguntava como era possível me sentir mais indisposta às segundas do que nas sextas-feiras após uma longa e exaustiva jornada de trabalho e faculdade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

          Eu me perguntava como era possível me sentir mais indisposta às segundas do que nas sextas-feiras após uma longa e exaustiva jornada de trabalho e faculdade. Naquele dia acordei depois da milionésima soneca do despertador.

          Ao ver as horas, meu coração quase me atravessou o peito. Saltei da cama vestindo a primeira peça de roupa que encontrei pela frente, uma calça jeans que eu havia separado no dia anterior. Enquanto tentava encaixar os sapatos de saltos nos pés, corri cambaleante para o banheiro e escovei os dentes em dois segundos, evitando qualquer contato desagradável com o espelho, afinal, tudo que eu menos precisava era me desesperar ainda mais com o meu reflexo nele.

          Peguei minhas coisas e saí correndo de casa. Mas como o universo parece conspirar contra quando estamos com pressa, consegui pegar o pior trânsito possível. Era um péssimo início de semana, eu chegaria atrasada logo no primeiro dia em que começaria a trabalhar temporariamente pela manhã. Eu odiava atrasos, nunca gostei de esperar e também não gostava de deixar as pessoas me esperando, por esta razão, sempre fui rigidamente pontual em meus compromissos.

          Quando finalmente cheguei à Wedo, já havia se passado quinze minutos do meu horário. Entrei como um furacão pela porta da recepção, mal conseguindo equilibrar nas mãos, bolsa, pasta, blazer, celular e chaves do carro. Mel que já estava em seu lugar, me lançou um olhar abismado.

          ― O que aconteceu com você? ― perguntou me fitando de cima a baixo.

          ― Estou tão mal assim? Não, não fala nada, melhor não saber. Estou muito atrasada. ― Passei correndo por ela, indo em direção ao elevador, o qual algumas pessoas acabavam de entrar.

          ― Liz?! ― Mel gritou.

          ― Conversamos no almoço! ― falei entrando no elevador.

          Ao parar no primeiro andar, corri para a minha mesa jogando todas as minhas coisas em cima dela. As persianas do escritório do Sr. Landon estavam fechadas, mas a porta estava aberta, revelando que ele já havia chegado. Respirei fundo passando a mão no rosto, eu precisava me acalmar e organizar a mente para saber por onde começar. Me sentei, liguei o computador, mas mal consegui fazer isso e o telefone já tocava indicando o número dele em sua tela.

          Eu estava perdida. Me preparando para a bronca, atendi.

          ― Bom dia, Sr. Landon!

          ― Bom dia, Liz. Pode vir até o meu escritório, por favor? ― Ele parecia calmo, pelo menos esse era um bom sinal.

          ― Estou indo ― finalizei me levantando.

          Vesti o blazer, ajeitei meus cabelos, os quais eu não tinha a menor noção de como estavam, então peguei a minha pasta e fui em direção ao seu escritório. Já na porta, bati três vezes para sinalizar a minha presença.

Contrato de DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora