C A P Í T U L O 27

1.8K 288 194
                                    

Provocações

          Eu acreditava que já tinha provas suficientes da bagunça sem fim que a minha vida estava se transformando, e o pior, ainda nem havia me casado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

          Eu acreditava que já tinha provas suficientes da bagunça sem fim que a minha vida estava se transformando, e o pior, ainda nem havia me casado. Parei de perguntar se tinha como piorar a situação, pois sabia que sempre teria. O dia anterior deixara isso bem claro.

          Suspirei fundo ao me lembrar do meu querido carro que, naquele momento, estava com o lado do passageiro todo amassado. Ele não passava de um veículo simples e popular, mas era meu, e tinha sido comprado com as economias que eu fizera desde os meus quatorze anos, quando comecei a trabalhar em uma pequena loja de roupas de uma das amigas da minha avó.

          Logo mais, se esgotaria o restante das minhas economias para consertar o carro em que bati. Já o meu, como não tinha seguro e muito menos dinheiro suficiente, ficaria sem conserto mesmo. Por sorte ele continuava andando.

          Ao terminar meu banho sequei o meu cabelo, e então vesti a roupa que havia separado anteriormente. Uma calça flare preta, já que todas as minhas calças jeans estavam sujas, e um cropped de tricô na cor nude. Para finalizar calcei um sapato de salto preto, pois uma sapatilha faria aquelas barras arrastarem no chão.

           Peguei a minha bolsa, celular, e segui direto para a cozinha. Após dar um beijo na Sophi, que preparava sua vitamina matinal, enchi uma xícara de café. Percebi o olhar divertido dela sobre mim, e o quanto estava se esforçando para não sorrir. A encarei com os olhos estreitos, só testando por quanto tempo ela aguentaria. E como previ, não demorou nem três segundos para os seus lábios se curvarem em um sorriso bobo.

          ― Posso saber por que está me olhando assim? ― perguntei.

          ― Nada. Você está linda, só isso. ― Estava explícito na cara dela que tinha algo mais. ― Essa produção toda aí é para encontrar com o vampirão?

          Vampirão? Por onde o vocabulário dela e da Mel andava com esse tanto de "ãos" no final?

          Por sorte não tinha café na minha boca, senão teria cuspido tudo ou engasgado. A safada da Sophi já ria como se não houvesse amanhã. Eu sabia que não devia ter mencionado a ligação daquele maldito para ela.

          ― Primeiro, fique sabendo que não irei me encontrar com esse ser. ― Enfatizei meu desdém com uma expressão. ― Segundo, só estou vestida assim porque minhas calças jeans estão sujas.

          ― Sei...

          Antes que Sophi soltasse mais uma de suas piadinhas, o interfone tocou. Ao atender fui informada pelo porteiro do dia que um tal de James estava lá embaixo esperando por mim.

          ― Não conheço nenhum James. Tem certeza de que interfonou para o apartamento certo, Sr. João?

          ― Um segundo, Srta. Liz. ― Ouvi ele trocando algumas palavras do outro lado. ― Sim, é a senhorita mesmo. Ele disse que é motorista do Sr. Skars... Skarsg...

Contrato de DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora