C A P Í T U L O 6

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A curiosidade que orna o desconhecido

A curiosidade que orna o desconhecido

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          ― O que aconteceu, vovó?

          ― É uma longa história, está disposta a ouvir? ― Abri um sorriso gigante.

          ― Sim, sim, sim! Eu adoro histórias!

          ― Pois bem, a dois mil e novecentos anos atrás, o mundo estava em um completo caos, todo tomado em desespero. Milhares de seres foram brutalmente atacados e mortos por vampiros, e o pior e mais cruel ataque fora contra a nossa espécie. Quase fomos dizimadas. Eles mataram o nosso rei Áed, a nossa rainha Aelie e todos os seus filhos. Apenas algumas dezenas de fadas conseguiram fugir desses monstros. E entre os que conseguiram fugir, estava Ámed Irwin que assumiu o lugar do irmão, e assim virou rei. Já sua esposa Amelie Aileen, irmã de Aelie, virou rainha. Eles foram a salvação de nossa linhagem real, e também da nossa raça. Nossos ascendentes conseguiram se manter escondidos durante novecentos anos, até que o Conselho de Ordem, criado para estabelecer a paz no mundo, foi fundado por Avigayil Na'amah, uma bruxa imortal muito poderosa. Mas ainda assim, este Conselho nunca nos garantiu uma proteção completa.

          ― Por isso o vovô fez o Conselho de Aiden, para nos proteger? ― Vovó sorriu tocando a ponta dedo no meu nariz.

          ― Você é uma garotinha muito esperta, sabia? A resposta para a sua pergunta é, sim e não. Não foi o seu avô que fundou o Conselho de Aiden, mas foram nossos ascendentes. Com o Conselho de Ordem estabelecido, foi exigido que todas as raças tivessem Conselhos internos para se organizarem e também para conseguirem se proteger.

          ― Então estamos seguras, vovó. ― Tudo era muito simples, os adultos que dificultavam tudo.

           ― Não é bem assim, princesa. O mundo é um lugar perigoso. Vampiros podem ser muito cruéis, e nós devemos ter cuidado. Devemos evitar sair à noite, não devemos conversar com estranhos e muito menos aceitar convites deles. Promete que sempre vai tomar esses cuidados?

          ― Sim, eu prometo! ― Vovô Jeremy soltou uma gargalhada, ele havia chegado na sala segundos antes.

          ― Louise, já está enchendo a cabeça de nossa neta com tão pouca idade.

          ― Meu querido, todo cuidado é pouco e você sabe.

          Eu havia feito uma promessa à minha avó, e de certa forma, havia cumprido. Mas chegou o momento em que, assim como a lagarta transformada em borboleta precisa sair do casulo, precisei abandonar a reconfortante proteção física e psicológica que Louise me proporcionava.

          Talvez, o meu erro tenha sido não ter crescido antes.

          Cinco dias havia se passado desde aquela noite horrível. Como a minha avó me garantira, ninguém foi atrás de mim, e para o meu alívio, não houve nenhum noticiário sobre um corpo seco encontrado.

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