C A P Í T U L O 14

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A consciência da verdade

          ― Vamos, Liz, vamos brincar!

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          ― Vamos, Liz, vamos brincar!

          ― Eu não quero, Erwan!

          Erwan era um bobo mesmo, será que ele não estava vendo o quanto a vovó Ise estava triste? Ela estava chorando porque o vovô Jeremy tinha ido repousar junto da Deusa Aine, e toda a família estava ali para se despedir dele. Algumas outras pessoas também choravam, até mesmo a mamãe estava chorando.

          ― Princesinha, vamos dar um passeio pelo jardim do palácio? ― Vovó Johan estendeu a mão pra mim.

          ― Agora não posso, vovô, preciso fazer companhia para a vovó Ise, ela deve estar se sentindo sozinha ― falei determinada, indo em direção à vovó sentada em uma das poltronas ao lado da caixa de mármore.

          Vovô me segurou pelos ombros, e então se agachou devagar até ficar da minha altura.

          ― Há momentos que precisamos e queremos ficar sozinhos, e este é um dos momentos para sua avó. Ela está triste, e ficará ainda mais se perceber que também está te deixando triste. ― Ele se levantou e estendeu a mão para mim outra vez.

          ― Tudo bem, mas podemos andar pelo labirinto de arbustos? ― Vovô sorriu concordando, e eu o deixei me levar em direção às árvores frutíferas até chegarmos no coração da Ilha, onde ficava labirinto. 

          Seguimos por entre as altas paredes vivas, minha mão estendida sobre uma delas, passando com cuidado por cima das folhas. Vovô Jeremy sempre fazia o mesmo quando caminhávamos por lá, e como se o vovô Johan adivinhasse meus pensamentos, correu a mão aberta sobre a parede, junto dela, sua luz azul-escura fazia com que pequenas flores na cor rosa brotassem instantaneamente.

          Fiquei tão feliz. Era como se o vovô Jeremy também estivesse ali, e a partir daquele momento, passei a desejar com todas as minhas forças, ser uma fada para poder fazer o mesmo e me lembrar da sua presença. Assim a vovó Ise, a mamãe e eu nunca sentiríamos saudades dele.

          ― Seu avô era um bom fada-homem, princesinha. ― Vovô sorriu, mas ele também parecia um pouco triste.

          ― Vovô, foi um vampiro que matou ele? ― Se agachando ao meu lado, vovô Johan me olhou parecendo confuso.

          ― Não, minha pequena. Nem sempre quando uma fada descansa, é porque um vampiro a matou. Jeremy apenas dormiu quando não podia, ele estava dirigindo e acabou perdendo o controle do carro.

          ― Vampiros são perigosos de qualquer forma ― falei pensativa.

          ― Sim, a maioria deles são.

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