O que farias se descobrisses aos teus quatro anos que eras alguém especial? Uma pessoa capaz de mover objetos com a mente, prever o futuro, e tudo o que tenha a ver com a mente e o autocontrole? Se do nada o teu cabelo ficasse vermelho e conseguisse...
"Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros." ➳ Confúcio
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– Heyyy... – cumprimentou a Beatrix enquanto eu entrava no nosso quarto – Espera, quem morreu?
– O quê? Quem o quê? – interroguei enquanto me atirava para a cama e cobria a minha cara com a almofada.
– Estás com uma cara... Não gostáste da aula de meditação? – questionou.
Eu levantei-me e fiquei sentada, enquanto agarrava na almofada com força.
– Sim, foi incrível... – admiti enquanto olhava para o nada.
– Então porque estás assim? – inquiriu.
– Acabei de levar com um sermão do professor Gregor por causa do Zack, pela milionésima vez! – apertei com mais força a almofada.
– Que "ganda" clichê! Acontece sempre isso convosco! Será que não estará a rolar um clima mais intenso entre vocês? – a Beatrix lançou um sorrisinho matreiro.
– Sim claro, eu estava a fulminá-lo com o meu olhar, e a minha cara estava quase colada na dele! – lá o meu sarcasmo "despertou".
– O que é que aconteceu? Vocês bei...
– Não, não me venhas com isso, não tem nada a ver!! Eu estava assim tão perto dele porque o estava a enfrentar! Ele disse ou fez alguma coisa à minha irmã! E quem se mete com a minha irmã, leva comigo! – ripostei.
– Ah, tá... Só pensei que andásse a rolar mais alguma coisa... E admite, tu e ele ficam corados quando estão juntos... Mas se tu dizes que não, quem sou eu para julgar?! – respondeu com um sorriso.
Mais tarde jantámos, fizemos os nossos afazeres e fomos para a cama. Amanhã era um novo dia de aulas, com novas experiências e aventuras pela frente.
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Eu acordo ofegante. Mais um pesadelo causado pelos meus poderes psíquicos. De novo vi a tão conhecida destruição, pessoas a gritar por socorro e de tudo um pouco, menos a felicidade e o bem.
Já sabia que nem valia a pena tentar adormecer outra vez... Era como uma picada de alforreca. Da primeira vez que és picado, arde mas não sentes tanto o efeito. Das seguintes vezes que fores picado, a dor irá aumentar à medida que o número de picadas aumenta, porque o veneno da picada está sempre presente no organismo. Não te consegues livrar dele. E quando és picado de novo, é como se esse veneno no organismo "despertá-se" e sentes o dobro da dor. Era isso que realmente acontecia comigo e com os meus pesadelos. Quantos mais tinha, maior é a dor que eu sofro.
Levantei-me da cama em pés de lã, para não acordar a Beatrix. Fui até à cozinha do quarto e bebi um copo com água. Eram precisamente 04:47 da manhã. A única coisa boa nisto tudo, é que o meu organismo consegue suportar bastantas horas sem dormir (era o mínimo que podia fazer, já que não me deixa dormir!).
