O que farias se descobrisses aos teus quatro anos que eras alguém especial? Uma pessoa capaz de mover objetos com a mente, prever o futuro, e tudo o que tenha a ver com a mente e o autocontrole? Se do nada o teu cabelo ficasse vermelho e conseguisse...
"Aqueles que parecem ser menos interessantes e de quem menos desconfias, são os que melhor sabem guardar um grande segredo." ➳ Leonor Goldstein
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👉🏼 Margarida a narrar 👈🏼
Acordei bem cedo. Vesti uma blusa branca com um casaco verde tropa por cima e umas leggings pretas. Calcei umas Stan Smith brancas e verdes atrás, fiz uma trança no meu cabelo e desci as escadas para a cozinha. A Leonor já lá estava e vestia um vestido rosa que lhe dava pelos joelhos e umas sapatilhas vans pretas.
– Hummm! - exclamei com o cheiro delicioso vindo da cozinha – O que é o pequeno almoço?
– A Bertha está a fazer o seu famoso bolo de maravilhas! – disse a Leonor muito sorridente.
– Não posso crer! – admirei-me.
Aquele bolo em si já era incrível, ainda mais feito pela Bertha, a nossa melhor chef !
Sento-me na cadeira ao lado da Leonor e vejo o Afonso a chegar.
– Caramba, hoje acordaste cedo, cromo! – comentei arregalada. O Afonso nunca acordava cedo para ir fazer uma visita à avó, sem um bom motivo!
– Acordei com o cheiro delicioso vindo da cozinha!
– O cheiro chega até ao teu quarto?
– Sim!
Tomámos o pequeno almoço juntos e nosso motorista levou-nos até à casa da avó Avery, que ficava mesmo muito longe da nossa. Durante a viagem tínhamos de nos entreter de alguma forma...
– Hei, querem jogar um jogo? – propôs o Afonso.
– Claro, pode ser! – aceitou a Leonor.
– A qual jogamos? – inquiri.
– E se for...ao adivinha no que estou a pensar? – disse o Afonso.
– Porque não...? – concordei.
– Adivinhem no que estou a pensar... É um local onde... – começou o Afonso.
– Bomba de gasolina! – interrompeu a Leonor.
– Está certo... – falou o Afonso enquanto suspirava e olhava pela janela.
– Agora eu... – pediu a Leonor – Adivinhem no que estou a pensar... É...
– Autocarro! – falei.
– Está certo... – admitiu.
– Ok, agora é a minha vez... – comecei – Adivinh...
– Horizonte! – interrompeu o Afonso.
– Está certo... – ripostei.
– Hhh, não tem piada jogar a este jogo convosco... Tal como eu vocês lêem mentes...! – suspirou a Leonor aborrecida.
