𝐆𝐮𝐚𝐫𝐝𝐢𝐨̃𝐞𝐬 𝐆𝐨𝐥𝐝𝐬𝐭𝐞𝐢𝐧: O ραlάcισ dσѕ εтέяεσѕ || 2017

Capítulo 23 ➳ Bom trabalho soldado!

👉🏼 Margarida a narrar 👈🏼

Eu e a Leonor despedimo-nos do Afonso e fomos a correr para a sala. Quando abrimos a porta da sala, já lá estava quase toda a turma e ficaram a olhar para nós — constrangedor.

– Ah boa, já estamos todos... – aliviou-se um homem.

– Desculpe o atraso! – gritou uma voz feminina enquanto chocava contra as nossas costas.

– É a Beatrix... – informou a Leonor.

– Só podia... – falaram os alunos revirando os olhos.

– Sentem-se! – pediu o homem.

Nós as três dirigimo-nos ao nosso lugar e sentamo-nos.

– Eu sou o Sr. Bruce e serei o vosso professor de educação física. – apresentou-se.

Ele era um homem bastante alto, musculado e parecia mesmo que tinha acabado de sair da tropa.

– Acho que já todos sabemos o tipo de regime que teremos nas aulas de educação física... – murmurei.

– Militar! – falaram quase todos os alunos, revirando os olhos.

– Primeiro, ter uma dorzinha de cabeça ou de barriga não é razão para não fazer a aula! Segundo, todos são obrigados a fazer a aula! Terceiro, quem se recusar será suspenso! Quarto, não aceito qualquer tipo de falta de educação! Quinto... – avisou o professor andando de um lado para o outro – Espero que se divirtam nas minhas aulas...! – falou numa voz fininha e inocente.

Eu franzi o sobrolho.

– ALGUÉM TEM DÚVIDAS?! – gritou, fazendo todos saltarem das cadeiras.

– Não, não, não! – responderam os alunos um pouco assustados.

– Eu tenho! – retorquiu o Ferraz.

– Hhh! – suspiraram os alunos.

– Diga lá soldado! – permitiu o professor.

– Qual é o seu poder? – perguntou o Ferraz fazendo um sorrisinho.

– Isso é totalmente irrelevante para agora! Sou um Îmkan da força e da velocidade. – ripostou.

– Ah, tá explicado. – conversou o Gonzalves.

– Passei 20 anos na tropa com os humanos, sempre a passar despercebido. – começou o professor.

– Hhh! – voltaram a suspirar os alunos.

A Leonor baixou a sua cabeça e deitou-a na mesa, devido a excesso de aborrecimento. O professor continuou a falar sobre a sua vida militariamente aborrecida, em como ele tinha participado em diversas guerras e essas coisas de que ninguém quer saber.

– Bom trabalho soldado! – ironizou a Podence olhando para o Ferraz e voltava a virar-se para a frente.

O Ferraz mostrou-se mesmo contente enquanto olhava para a Leonor e levantava os polegares. Esta retribuiu com um sorriso sarcástico.

– Combati contra os nazistas, cheguei a conhecer a Anne Frank, estive presente na guerra liberal do Brasil... – informou o professor.

– Hummm... Sem lhe faltar ao respeito, tinha de ter pelo menos 72 anos para ter assistido a todos esses acontecimentos históricos... – supôs a Lauren.

– Isto aqui cheira-me a Îmkan da ilusão e da mentiraaaa... – murmurou o Luccas.

– O quê Luccas, podes repetir o que acabáste de dizer em respeito ao professor, só que um pouco mais alto?! – gozou o Ferraz.