My Worst Side [Chou Tzuyu]

Capítulo 11

Eu não sei explicar o que me aconteceu.

Foram vários sentimentos ao mesmo tempo.

Culpa. Tristeza. Perda.

Eu sou a culpada da morte de Mina. É a única verdade. Se não fosse por eu ser tão idiota, tão imprestável, ela ainda estaria sorrindo. Dançando balé. Ela amava tanto balé.

Agora, mais do que nunca, eu preciso por um fim nisso.

Quantas vidas ele vai tirar pra fazer o que quer?

Eu não vou permitir. Não posso prejudicar mais pessoas.

Mina, me perdoe.

O que irei dizer pra Sana e Momo? Elas ainda vão ser minhas amigas?

Definitivamente preciso me afastar de Jackson.

Em falar nele, desde nosso encontro não falo com ele. Mandei umas mensagens, mas ele não respondeu.

Será que ele não quer nada comigo?

Isso não importa. Eu me odeio.

Bogo sipda, Mina...

Vejo uma foto nossa e isso só me faz chorar mais.

E assim passo a madrugada. Chorando por culpa e tristeza.

[...]

– Come filha. - minha omma diz colocando a bandeja com comida na cama.

Já faz 3 dias que não saio do meu quarto. Só me levanto pra tomar banho. Estou com olheiras terríveis. Minha aparência não é das melhores. E eu não como durante esse período.

– Não. Eu não vou comer. Pare de insistir, por favor.- eu só consigo pensar em Mina. Na morte dela. Enquanto ela deve ter sofrido.

– Chega Tzuyu. Você vai comer agora. E amanhã vamos no psicólogo. Ponto final. - diz irritada e sai do quarto.

Aish... Agora ela acha que sou doida?

Decido comer e não irritá-la mais.

Meu celular vibra.

" Sinto muito por sua perda... Mina era tão jovem :) "

Perco minha paciência e mando uma mensagem.

Tzuyu: por que não me deixa em paz?! Psicopata, assassino. Eu odeio você. Eu vou denunciar você e vai apodrecer na prisão.

Desconhecido: Não, você não vai. Ou quer ter uma outra surpresa?

Tzuyu: Por que está fazendo isso comigo? O que eu te fiz?

Desconhecido: Falaremos disso outra hora. Tenha um bom dia, amor.

Droga. O que eu faço agora? Com quem eu poderia falar?

[...]

– Perdas são difíceis, Tzuyu. Nós sabemos disso. Mas não pode deixar isso afetar sua vida. - o psicólogo diz.

– Olha... O senhor é apenas um estranho querendo mandar em minha vida. Eu não sou louca. Apenas perdi uma das minhas melhores amigas.

– Eu já sei disso. Não pense que sou um estranho. Imagine que sou um amigo que quer te ajudar.

Olho para ele. Talvez pudesse me ajudar. Então, conto tudo. Com detalhes.

Ele me encara e começa a anotar algo em um caderno.

– É pior do que eu pensei. Talvez o melhor seria internar você.

– Eu não sou louca! É sério! Não estou mentindo.

– Senhorita, estamos apenas zelando pelo seu bem.

Acabo me levantando e deixando ele falar sozinho. Saio da clínica mesmo sendo chamada e minha omma vem atrás de mim. Entro no carro e já me preparo pra seu sermão.

– Tzuyu! Que falta de educação! O que deu em você?

– Eu apenas me cansei disso. Vamos embora, por favor.

– Mas e a terapia?

- Já acabou a muito tempo. Por favor omma...

Consigo a convencer e em alguns minutos estamos em casa.

Vou pro meu quarto e já não sinto vontade de chorar. Sinto culpa e tristeza. Mas não há mais lágrimas, devo estar desidratada.

Fico vendo um seriado qualquer. Eu não estava prestando atenção.

Meu celular vibra e o pego.

" Estou te enviando um presentinho. É bem simples. E com muito carinho. Saranghae. "

O que vai ser agora? Espero que não seja mais nenhuma morte. Eu não suportaria.

Eu já pensei nessa possibilidade. E se eu fosse embora? Não de casa. Você entendeu. Eu faria falta?

Ok, pare de pensar nisso Tzuyu. É errado.

Omma me chama e vou até a porta do banheiro já que ela estava tomando banho.

– Sim, omma.

– A campainha tocou. Atenda.

Vou até a porta e abro e não vejo ninguém. Olho em volta e realmente, ninguém. Noto uma caixa de presente bem grande no chão.

O que é isso?

A pego e estava escrito " Para Tzuyu". Volto ao quarto e encaro aquela caixa.

O que deve ter dentro?