Tudo bem. Vamos com calma. Eu estou realmente enterrada, então preciso pensar com calma.
Como sou desocupada às vezes, já tinha pesquisado no Google sobre isso. Não me ache estranha, vai me dizer que nunca ficou curioso sobre coisas assim?
Então, sei muito bem que tem pouco oxigênio aqui dentro, tenho cerca de 2 horas até o oxigênio acabar por completo.
Inspiro e expiro lentamente, me acalmando. Sei que se ficar em pânico, vou gastar mais ar e ter menos tempo, fato que não me ajudaria. O objetivo é sair daqui o mais rápido possível.
Verifico o caixão e não tinha nenhum objeto que fosse útil e me ajudasse naquele momento. Com as mãos e os pés, solto a tampa do caixão e antes de empurrar por completo, paro alguns segundos. O ar estava ficando escasso e eu estava ficando desesperada.
Calma Tzuyu, vai dar tudo certo.
Agora preciso me preparar para sair do caixão caso não queira morrer mesmo por asfixia.
Cruzo os braços sobre o peito, agarrando os ombros e puxo a camisa que estava usando para cima. Amarro-a com um nó na minha cabeça. Isso vai servir como uma máscara que irá me proteger quando o solo entrar no caixão.
Empurro a tampa com todas as minhas forças e a terra começa a cair em cima de mim. Tento não me desesperar e me levanto devagar, economizando todo oxigênio possível. Vou cavando, tentando levar minha mão até a superfície. Estava um pouco complicado, já que o escuro era absoluto e o ar estava ficando cada vez mais escasso.
Tzuyu, essa é sua única chance de sair viva daqui. Não jogue fora todo o esforço que está fazendo. A vida está te dando uma segunda chance.
Respiro fundo, mais uma vez. Eu preciso sair daqui. Assim que consigo alcançar a superfície com minha mão, sorrio. Uma parte já estava feita.
Agora tenho duas opções: gritar desesperadamente e acabar com todo o resto de ar que tem aqui ou cavar feito louca até minha cabeça chegar a superfície.
Escolho a segunda opção e assim que minha cabeça alcança a superfície, meus pulmões agradecem. Desamarro o nó da camisa e a visto novamente. É tão bom respirar. Trato de apoiar minhas mãos e sair por completo daquele buraco. Levanto, mesmo cambaleando e observo o local. Não estava mais naquela casa, muito menos por perto.
Estava numa área próxima a uma rodovia e encontro uma espécie de ponto de ônibus com um banco e vou até o mesmo e me sento. Noto que meu corpo inteiro estava sujo de terra e começa a chover. A temperatura estava baixa e com a chuva, veio o frio.
Me encolho e começo a chorar. Estava sozinha, com frio, cansada, assustada... Não há palavras que definam o que sinto nesse exato momento.
Eu não entendo qual é a lógica da vida. O que fiz de tão mau pra tudo isso estar acontecendo comigo? Por que não posso viver normalmente? Isso não entra na minha cabeça. Qual o objetivo de tudo isso?
Eu preciso arrumar uma maneira de sair dessa rodovia, porque além de todos os fatores óbvios, não há movimentação e estar sozinha num local como esse não é nada legal. Aliás, nem sei onde estou.
• • •
Já fazia bastante tempo que estava sentada ali. Já havia parado de chorar e a chuva estava se intensificando cada vez mais. Estava sonolenta, mas não ia dormir ali. O medo de fazerem algo comigo era maior. Não havia passado nenhum carro, moto, caminhão. Nada. Apenas o silêncio e eu.
Estava desistindo de viver. Quer dizer, como posso ter esperanças mesmo depois de tudo? Minha vida tem se tornado um fardo difícil de carregar.
Vejo um cara estranho se aproximar e começo a me desesperar.
Não, Tzuyu. Nada de julgar as pessoas dessa forma.
Fica um pouco difícil não julgar, mas tudo bem. Preciso me manter calma e não mostrar que estou com medo.
Assim que ele se senta ao meu lado, ele sorri. Um sorriso bem estranho, para ser sincera.
– O que está fazendo aqui sozinha, garotinha? - ele diz. Posso notar que ele aparentava ser um pouco velho e sua aparência era bem assustadora.
Acho que, em parte, estou julgando tanto assim por tudo que venho passado.
– N-nada. - droga,Tzuyu. Isso não é hora de gaguejar.
– Bem no meio do nada... sabe o quão perigoso é? - seu tom se tornava sombrio. - Faz tempo que não vejo uma garota tão bonita...
Me levanto e começo a correr. Sim, foi um ato ridículo e totalmente impensado. Olho para trás e percebo que ele estava atrás de mim. Definitivamente eu iria morrer dessa vez.
Eu tentava correr mais rápido, mas devido as circunstâncias não era possível. O cara estava quase me alcançando.
Para minha surpresa, um carro para ao meu lado e dele desce um garoto que bem até mim com uma expressão aflita e preocupada. Ele aparentava ser uns 2 anos mais velho que eu.
– Ei, você! O que pensa que está fazendo? - ele me coloca atrás dele e começa a discutir com o homem.
Por um lado, estava aliviada. Mas que me garante que esse garoto é uma pessoa boa?
– Calma aí, garoto... Eu tenho um assunto pra resolver com ela... nada demais... - o homem diz e tenta se aproximar, mas o garoto o empurra, fazendo ele cair no chão e começa a socá-lo.
– Nunca mais se aproxime ou fale com ela! Ouviu bem?! - ele grita. O puxo pela camisa, mesmo ele tentando se soltar e me posiciono em sua frente, o segurando.
O homem se levanta e o olha, como se o desafiasse. Ele me encara, então, e sorri.
– Vadia... - ele cospe sangue e sai cambaleando por aí.
♡♡♡♡♡♡♡♡
Olá! Estou muito, muito, muito feliz!! Chegamos a 2K!! Como assim?! Muito obrigada mesmo! Vocês são incríveis! Eu nunca imaginava chegar a 100 leituras, quanto mais a 2K!
Espero que gostem do capítulo. Fiz com muito carinho, é um especial ok? Particularmente, foi um dos capítulos mais difíceis pra mim, por causa dos detalhes e tal. ^^
E tem mais uma coisinha... minha nenê maravilhosa IsaahhTomlinson fez um trailer pra nossa história! Yeeey 😊😊 Muito obrigada nenê, eu amei.
Assistam e me digam o que acharam ;) Sinceridade viu? ^^
Obrigada por tudo nenês ♡ não se esqueçam do voto e de comentar :)
Beijinhos e até o próximo capítulo >.<
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My Worst Side [Chou Tzuyu]
Fanfic- Como você pôde me enganar esse tempo todo? Eu acreditei em você. Eu ignorei o que todos diziam sobre você. Eu te defendi com todas as minhas forças. - Você é ingênua, Tzuyu. A beleza não é tudo na vida. - Cala a boca! Eu... Eu odeio você! Me dei...