Capítulo 41

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– Certo, espero que dê tudo certo. - Mingyu diz e sorrio fraco.

– Sabem que isso não é certo, não é? Tzuyu precisa ficar aqui, para o bem dela. - Jungkook diz.

– Não, ela precisa de pessoas que realmente a entendam. Nenhum deles sabe o que ela passou. - Mingyu diz, irritado. - Se não quiser ajudar, tudo bem. Pelo menos não atrapalha.

– Eu não concordo, mianhae. - Jungkook diz.

– Tudo bem, então não atrapalhe. - o mais velho diz.

O dia finalmente havia chegado. Hoje é o dia em que Mingyu vai me tirar daqui. Eu não poderia estar mais grata.

Porque, sinceramente, eu não deveria estar aqui. Desde o começo, eu não tive culpa de nada.

Não tive culpa de receber aquelas malditas mensagens, não tive culpa das mortes. Eu não fiz nada.

Eu sou apenas uma vítima de Sana. Eu não consigo nem acreditar que ela realmente fez isso.

De qualquer forma, ela já pagou por isso. Eu me sinto mal de ter feito aquilo, mas era a única forma de a parar.

E eu não aguento mais ficar aqui, ser tratada como uma louca e criminosa. Eu não tive culpa, como podem me tratar assim?

O pior de tudo é lembrar do passado, isso machuca tanto. Lembrar de minha omma, é algo que dói na alma.

Mas eu tenho esperança de conseguir recuperar minha vida, sei que as coisas não vão ser como antes, mas vale a pena lutar.

Eu mereço uma chance de recomeçar, mesmo que seja longe daqui e sozinha, o importante é eu me recuperar.

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A tarde passou lentamente. Parecia que os segundos haviam se tornado horas. Ou talvez eu esteja ansiosa demais. Acho que a segunda opção.

Não sei se deveria me preocupar, mas eu estava com uma sensação estranha... não sei, acho que a ansiedade era tanta que eu passei mal.

Aquela sensação não saía, por mais que eu tentasse me distrair.

Era como se algo fosse acontecer. Algo muito ruim.

Mas eu tentei ignorar, não deixaria que isso atrapalhasse.

Depois de tanta espera, não seria justo.

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Finalmente. Era agora.

Escuto batidas na porta e a abro. Vejo uma pessoa com uma máscara assim como Mingyu havia dito.

– Vamos logo. - sua voz estava abafada, por isso não consegui reconhecer ao certo.

Ele pega minha mão e saímos pelos corredores tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Quando finalmente estamos fora da clínica, ele me entrega um capacete. O coloco e rapidamente ele liga sua moto, nos tirando daqui.

Sorrio, era tão bom saber que isso acabou. Estar me dando uma chance de mudar as coisas. Sei que nunca é tarde pra começar de novo.

– Como se sente? - o escuto, novamente com a voz abafada.

– Livre. Eu não consigo acreditar que nós conseguimos mesmo.

– É... inocente. - ele diz algo baixo, não consegui escutar. Não deve ser nada demais.

Fecho os olhos, eu não poderia estar mais feliz.

A moto para, ele desce e me ajuda a descer. Tiramos o capacete e o olho.

– V? O que? Mas... como?! - estava totalmente confusa. O que V está fazendo? Por que ele foi me tirar de lá? Como ele sabe disso?

Fazia um tempo que não falava com ele. Por conta dos acontecimentos, então não teria como ele saber.

– Nós precisamos conversar. - ele diz.

O olho e assinto. Pode ser algo importante. Olho ao redor, estávamos no meio do nada, só tinha uma casa. Uma única casa.

– Por que estamos aqui? - o pergunto.

– Você vai entender... relaxa um pouco. - diz e entra na casa.

Entro em seguida, estava meio escuro e parecia ter um líquido espalhado no chão e pelas paredes. Tudo estava bem sujo, parecia uma casa abandonada. Bem casa de filme de terror mesmo.

Olho em volta, procurando por V. Mas ele havia desaparecido pela casa.

Suspiro e decido o esperar. Deve ser algo bem importante mesmo pra ele me trazer aqui.

Depois de alguns minutos, ele volta com umas pastas e álbuns. Franzo o cenho, confusa.

– O que precisamos conversar? - digo e ele me olha.

– Vai ser bem difícil... sabe, Tzuyu, eu esperei tanto por esse dia. Eu sonhei tantas vezes com isso tudo... e finalmente chegou. - sua voz estava em um tom estranho e havia um sorriso em seu rosto. Mas não era um sorriso comum. Tinha algo mais.

– Não estou entendendo. - o encaro confusa.

– Não se preocupe, eu vou explicar tudinho, querida. - ele vem até mim e acaricia meu rosto. Beija minha bochecha e sorri fraco.

– O que você está fazendo? - digo, sendo completamente ignorada. Ele pega uma corda e vem até mim, amarrando minhas mãos. - O que está fazendo?!

– Cala a boca! - o olho assustada.

– Não! Eu não vou me calar! - grito e ele ri irônico.

– Então eu calo. - pega um rolo de fita adesiva e corta um pedaço, colando em minha boca. - Agora sim, bem melhor.

Certo, eu definitivamente não sei o que está acontecendo. Não sei se deveria me preocupar, pode ser apenas uma brincadeira de mal gosto.

– Você está confusa, não é? - assinto. - Certo... vamos começar pelo fato de que eu não sou o V... meu nome é Taehyung, se lembra? Kim Taehyung.

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Annyeong :)

Ok, deixa eu esclarecer uma coisinha... eu postei um capítulo, falando que ia parar de escrever.

Eu o retirei, porque não vou parar. Escrever é uma das coisas que mais amo, não vou parar por algo que não vale a pena.

Por mais que eu esteja passando por momentos difíceis, não vou deixar de fazer o que amo. Eu me sinto bem aqui.

Muito obrigada a quem mandou mensagem, se preocupou. Eu amo muito vocês ♡

E bom, surpresos com o capítulo? ~ Risos ~

Espero que gostem :)

Não esquece do voto e de comentar, hein? Amo ler e rir com os comentários de vocês ♡

Acho que é isso, muito obrigada por tudo sempre, até o próximo capítulo.

My Worst Side [Chou Tzuyu]Onde histórias criam vida. Descubra agora