Capítulo 32

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Mau Narrando

Despertei é não senti Miguel ao meu lado. Abri os olhos devagar e realmente ele não estava mais ao meu lado, peguei meu celular na mesinha olhando as horas, meu relógio marcava 08:00. Me levantei enrolada no lençol é subi pro meu quarto. Fui pro banheiro pra tomar uma bela ducha, Fechei os olhos deixando a água cair sobre meu corpo, na minha cabeça passava um Flash da noite passada, suas mãos passeando pelo meu corpo, seus lábios me beijando, só de imaginar meu corpo se arrepiava e meu coração acelerava. Balacei a cabeça na tentativa de tira aqueles pensamentos da minha mente. Sai do banheiro enrolada no meu roupão, fui até meu closet vestindo um macacão branco com algumas caverinhas pretas, ele era de alcinha e bem colocado no corpo o que valorizava minhas curvas, coloquei minha sapatilha preta, peguei minha arma, dinheiro é as chaves do meu carro. Desci as escadas correndo.

- vai aonde? - Tio Caveira falou me assustando

- quer me mata do coração? - coloquei a mão no peito

- tá devendo algo? - deu risada - ainda não me respondeu!? 

- vou sair. Cuida das crianças eu já volto- sai de casa sem espera que ele fala-se algo.

Destravei meu carro. Entrei nele e dei partida, eu precisava pensar, precisava ficar longe desse meu mundo muito louco por alguns minutos. Parei meu carro na rua do lado da praia, travei o mesmo. Atravessei a rua, tirei minha sandália segurando na mão, pisei meus pés na areia sentindo a sensação da sua quentura, o vento balançava  meus cabelos, o sol ainda estava nascendo havia poucas pessoas na praia, algumas correndo outras andando de bicicleta. Me aproximei do mar e me sentei na areia, a minha vida tava de cabeça pra baixo, eu já estou com cause trinta anos e estou parecendo uma garotinha apaixonada, dividida entre dois mundos, o passado que um dia me destruiu hoje me trás paz, o presente que me fazia feliz hoje só me trás decepção. Que mundo louco, uma confusão doida e sem sentido. Respirei fundo e deixei meus pensamentos voarem.

Tatá Narrando

Acordei com uma dor nas costas do caralho. Eu mexia pra um lado, mexia pro outro e não resolvia nada. Parecia que estavam batendo com um martelo nas minhas costas, A única coisa que passava na minha cabeça era que havia algo de errado comigo é com meu filho.

- MAU, CAVEIRA - gritei - SOCORRO,  SOCORRO- logo ouvi a porta sendo arrombada

- o que foi?  Quem tá aqui? - Caveira apareceu todo apavorado apontando a arma pra um lado é pro outro

- não tem niguém aqui- falei entre gemidos de dor

- então porque tá gritando igual doida? - travou a arma colocando na cintura

- tem algo de errado comigo e com meu filho, por favor me ajuda - disse eufórica - AIIII- gritei com muita dor

- calma eu vou te ajudar- ele me pegou no colo. Desceu as escadas correndo. Seu carro estava em frente de casa ele abriu o mesmo me sentando na frente, deu a volta no carro é saiu acelerado.

- Ai, ai como isso dói. Faz para por favor - me contorcia no banco

- calma agente já tá chegando. Vai da tudo certo - tentava me passa confiança. Caveira passou por vários sinais vermelhos, por Deus não nós deparamos com nenhuma blitzer.

Não demorou para chegarmos no hospital, Caveira me pegou no colo entrando pela ala de emergência.

- socorro alguém ajuda aqui- gritou por ajuda logo pegaram uma maca me colocando em cima

- eu não aguento mais - falei já fechando meus olhos

- vai dá tudo certo, seja forte pelo seu filho - Caveira falou. Foram as últimas palavras que eu escutei antes de apagar totalmente.

MT Narrando

Tava na boca, bebendo um bom Whisky é pensando no quanto filha da puta eu fui nessa vida. Quando ouvi meu celular toca, no visor apitava o numero do Caveira. Estranho. Ele nunca me liga.

Ligação on

- fala cara-

- MT vem pro hospital de Ipanema Tatá está muito mal. Estou temendo pelo pior - na mesma hora eu pulei da cadeira

- já to chegando - desliguei

Ligação off

- pra onde se vai? - Digo perguntou quando passei igual foguete por ele

- Tatá tá no hospital- foi as únicas coisas que saíram da minha boca.

Subi na minha moto. Sai arrancando daquela boca, a única coisa que passava na minha cabeça era o que podia estar acontecendo com a mulher que amo é meu filho.

Cheguei no hospital. Larguei minha moto parada na frente do hospital de qualquer jeito. Entrei no hospital com meu coração na mão.

- Thainá Buena, quero saber como ela está? - falei pra recepcionista

- senhor calma, por favor - disse toda gentil

- calma o caralho- bati a mão no balcão

- MT- ouvi a voz do Caveira

- como ela tá? - me aproximei dele

- lamento te dizer- abaixou a cabeça - ela teve uma hemorragia interna, o bebê não sobreviveu - meu mundo desabou. Eu não sabia o que falar, me sentei no banco, eu não tinha fala, meu mundo havia acabado, os planos que eu havia planejado, a vida que eu havia construido na mente pra nós três havia desmoronado.

- MT você precisa ser forte agora. Ela ainda não acordou, mas quando acorda ela vai precisar de um chão pra pisar, de alguém pra ser forte por ela. Se você a ama fará isso por ela, seja forte, seja o chão dela - bateu no meu ombro.

Meu Deus me dá força pra suporta essa dor é saber conforta a Tatá.

Capítulo Mais Triste, To Com Um Puta Dó Da Tatá 😢

A Herdeira Da Máfia 3Onde histórias criam vida. Descubra agora