Capítulo 39

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Mau Narrando

Dancei até minhas pernas doerem. Estava sentada no sofá que tem no camarote com meus pais e meus tios esperando vovô que ainda não havia chegado.

- eu mandei que fizessem essa festa pra ele onde é que ele se meteu?- já estava ficando impaciente com sua demora até parece que vai casar

- calma meu amor - Arlequina colocou a mão sobre a minha - ele já deve estar chegando

- olha ele ali- k9 apontou com a cabeça na direção das escadas onde vinha vovô com seu charme. Ele não abandonava seu terno sempre mostrando um ar de sério.

- vovô- fui até ele o abraçando

- minha querida - beijou minha testa

- achei que não viria - fiz bico

- e perde a festa exclusiva que minha neta fez dedicada a mim- apertou meu queixo - jamais

- vem, vamos falar com o pessoal o puxei pela mão o levando até o resto da família.

A partir daí as conversas era sobre os morros, as máfias, e os filhos que tinham e que vinham por aí.

- fiquei sabendo que Mercenário andou procurando briga com você- vovô sussurrou pra mim

- como soube? Dei ordem para que não falassem pra ninguém- ele me deu um sorriso travesso

- querida antes deles serem seus soldados, eles são meus - deu um piscada

- não se preocupe, já resolvi isso - bebi do meu whisky

- ótimo. Se precisar...- o interrompi

- não precisarei - me levantei - vou descer nos vemos por aí

Sai dali antes que qualquer um disse-se algo. Estava de saco cheio das pessoas dizendo como eu devo comanda meu morro ou perguntando se preciso de ajuda até parece que não sou competente.

- ei? Precisamos conversa - parou na minha frente

- não estou de bom humor - tentei desviar mas o mesmo entrou na minha frente

- que dia que você não está de mal humor - foi irônico

- seus joelhos já estão curados? Porque se quiser posso abri a ferida novamente

- tão agressiva, essa não é a mulher com quem me casei - revirei os olhos

- olha Carlos fala logo o que quer antes que eu perca o resto da paciência que eu não tenho - disse irritada

- simples, eu quero ver meus filhos - olhei pra sua cara e dei risada - tá rindo do que?

- coloca uma coisa nessa sua cabecinha - me aproximei dele - E-L-E-S N-Ã-O Q-U-E-R-E-M  T-E     V-E-R - vi seus olhos pegarem fogo de raiva

- sua vadia- grudou meu braço- você que não quer deixar eu ver meus filhos - gritava.

Os meus seguranças viam até mim mais fiz um gesto com a cabeça pra que ficasse no seus lugares.

- você não aprende não é mesmo?- torci sua mão fazendo o gemer de dor - não estou obrigando eles a nada você fez sua própria caveira pra eles não tenho culpa se você é um incompetente. E não toque mais em mim e a última vez que lhe digo - soltei sua mão dando lhe as  costas.

Já estava cansanda desse baile pra mim já deu isso tudo. Mandei uma mensagem ao vovô pedindo desculpas por não pode ficar mais.

- Mau? Espera - ouvi alguém grita atrás de mim

- o que você quer? - me virei pra olha-lo

- pra onde você vai?- parou na minha frente

- não é da sua conta - continuei a andar

- espera - se colocou a andar do meu lado - deixa eu te tira daqui ?- parei virando pra ele - vamos a algum lugar bem longe daqui!?

Não seria uma má idéia eu queria ter um minuto em paz sem ninguém pra me cobra nada, sem ninguém pra ficar enchendo meu saco.

- tá, me leva pra bem longe daqui- ele sorriu pegando minha mão.

Ninguém melhor pra me trazer um pouco de paz se não Miguel.

Miguel Narrando

Vi a Mau brigando com o Carlos esse cara realmente não a deixa em paz, vi que ela saiu da quadra então fui atrás pedi que ela me deixasse a levar pra outro lugar e por incrível que pareça ela cedeu.

- aonde vamos?- mexia no som mudando de música

- a um bom lugar- dei um sorriso a ela - e seus seguranças?

- o que tem?- se escorou no banco
- não estão nos seguindo?- olhei de lado pra ela

- não, dei ordem para que só me seguisse quando eu mandasse - escorou a cabeça no vidro do caro

- hum

Depois de alguns minutos chegamos a praia do Leblon.

- praia?- arqueou a sombracelha

- e vem!- puxei sua mão para  atravessarmos a rua

- espera deixa eu tira minha bota- parou soltando minha mão  e tirando sua bota de salto - pronto, vamos

Continuamos a caminhar até chegarmos as rochas, nos sentamos nelas olhando o vai e vem das ondas.

- esse som e tão...- buscava por alguma palavra

- tranquilizador - ela me olhou de de lado com um sorriso magnífico nos lábios

- obrigado por me tira daquela confusão- a olhei

- sempre estou te salvando né- ela me deu uma cutucada com cutuvelo dando risada a risada mais linda que já ouvi

- você é tão linda - me aproximei dela - eu sai ontem sem me despedir por que não queria que as crianças  nós visse ali, então me perdo...- ela colocou o dedo indicador na minha boca

- shii, você fala demais - me beijou me pegando de surpresa.

Correspondi o beijo era tudo o que eu queria sentir seus lábios juntos dos meus novamente. Nosso Beijo era uma mistura de calma, ternura e... amor.

- obrigado por estar do meu lado - escorou a cabeça no meu peito

- jamais vou te deixar - beijei sua cabeça

Ficar ali com a mulher da minha vida ouvindo o som do mar e ouvindo o vai e vem das ondas era a coisa que eu mais queria no mundo a única coisa que faltou foi minha filha, mas logo estarei com as mulheres da minha vida se Deus quiser.

A Herdeira Da Máfia 3Onde histórias criam vida. Descubra agora