Capítulo 49

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Miguel Narrando

Hoje era domingo o que significa que não preciso trabalhar. Eu estava jogado no sofá comendo pipoca, assistindo filme. Ouvi meu celular toca, me levantei indo pega o mesmo.

No visor mostrava o nome da Ana. Atendi.

Ligação on.

- oi maninha.

- oi Miguel - sua voz era de preocupada.

- tá tudo bem?- perguntei.

- papai que nós encontra - respirei fundo.

- diga que não vamos.

- Miguel eu sei que você não quer fala com ele, nem eu quero. Mas se não formos resolver essa confusão ele não nós deixará em paz. Além do mais apesar de tudo ele ainda é nosso pai. - fiquei em silêncio por um tempo.

- tá. Tudo bem.

- te mando o endereço por mensagem.

- tá bom.

Ela desligou.

Ligação off.

Que droga. Papai sempre tem que aparece pra encher o saco. Contra a minha vontade eu fui toma um banho pra encontra o cara que se denominava meu pai.
                     **********
Cheguei ao endereço que a Ana havia me mandado. Era um restaurante no Neblon. Estacionei meu carro entrando no restaurante.

- boa tarde senhor - o recepcionista me cumprimentou.
- boa tarde.

- deseja uma mesa?- perguntou.

- não. Estou procurando alguém- procurei com os olhos por meu pai. - ali está ele. - caminhei até a mesa onde estava meu pai e Ana sentados.

- oi maninho - se levantou me abraçando.

- oi Ana - beijei sua bochecha.

- papai? - o cumprimentei com um aceno de cabeça.

- meu filho. Sente-se. - me sentei ao lado de Ana.

- porque nós chamou aqui?- fui logo ao ponto.

- só queria pode conversa com meus filhos.- arqueei a sombracelha.

- sei.

- como está você e meu neto? -perguntou a Ana.

- estamos bem é felizes. - respondeu.

- à mamãe como está? - puxei assunto.

- com outro - foi ríspido.

- mas o que te trás ao Rio papai?- mudou de assunto.

- negócios. Vocês meus filhos.

- jura? - fui irônico.

- meus filhos eu sei que fui grosso, egoísta, maldoso, um péssimo pai. Mas eu quero muda, eu posso muda, posso ser melhor. - fez uma pausa - desde que sua mãe me deixou eu venho pensando em vocês, eu preciso de vocês. É eu quero o perdão por tudo que fiz com vocês.  - segurou nossas mãos - por favor me perdoem?

Ele parecia sincero em suas palavras. Mas apesar de acreditar no que ele dizia eu precisava de tempo.

- eu preciso pensar - puxei minha mão.

- eu também - puxou sua mão também.

- tudo bem. Darei a vocês o tempo que precisarem - sorriu - agora vamos almoçar. - chamou o garçom com um gesto nos dedos.

Eu poderia perdoa - lo e ficaria tudo bem, mas eu não sei se esta na hora de confiar no meu pai. Ele me afastou da Mau, me fez perde minha filha, a mulher que amo, meus amigos e muito mais. Não sei se estou pronto pra lhe dar outra chance.

Tatá Narrando

Hoje era domingo. Um domingo com muito sol é muito calor. Depois do que aconteceu ontem entre eu e o MT eu venho o ignorando essa manhã toda, não estou afim de ve-ló e ter que falar sobre o que fizemos ontem.

- você ama ele - minha mãe falou.

- eu sei, nós duas sabemos, mas ele não precisa saber - me levantei.

- sabe que ele vai querer fala sobre o que aconteceu entre vocês !?- veio atrás de mim.

- exatamente por isso estou aqui. Aonde papai jamais o deixaria entra - ela revirou os olhos.

- não pode se esconder dele pra sempre. - olhei pra ela.

- eu posso sim. - revirou os olhos novamente.

- faça o que quiser. Eu tenho trabalho - caminhou até mim - tome cuidado.  - beijou minha testa.

- tomarei.

Ela foi embora me deixando sozinha. Ficaria aqui hoje, sei que Mau não vai precisar de mim pois agora ela tem sua cunhada que chegou de viajem.  Além do mais não tem lugar mas seguro pra mim ficar a não ser na casa dos meus pais.

MT não seria louco de vim aqui. Mesmo sendo sobrinho de k9 ele foi bem claro quando disse que não o queria perto do meu pai ou o provocasse, K9 foi bem claro ao dizer para o sobrinho que não o defenderia mais se ele procurasse confusão com meu pai.

Meu celular tocou mostrando o número do MT no visor. Recusei a ligação, não queria fala com ele. Desliguei meu celular pois sabia que ele continuaria a mim ligar.

Subi pro meu antigo quarto indo toma um banho quente relaxante. Depois de toma um belo banho sai do box colocando um conjunto da mini de pijama, passei desodorante. Sai do banheiro enchugando meu cabelo na toalha, tomei um susto quando vi a criatura a minha frente.

- tá fazendo o que aqui MT? - ele estava sério, mas isso não deixava de atrapalhar sua beleza.

Ele estava em uma calça Jens surrada, uma blusa de alça aberta dos lados, tênis da Adidas preto, seus cabelos molhados bagunçados e seu cheiro adocicado do seu perfume.

- você não atendeu minhas ligações, então eu resolvi vim até você - caminhava em passos largos até mim.

- à bateria do meu celular desligou - acabei me confundindo com as palavras.

- à bateria do seu celular desligou?- deu risada.

- você entendeu - dei passos pra trás.

- Bom isso não importa. Eu estou aqui podemos conversa - se aproximava mas.

- conversar? sobre o que?- me fiz de desentendida.

- sobre nós dois - bati as costas na parede.

- não existe nós dois - ele colocou seus braços em volta de mim me impedindo de sair.

- tem certeza?- beijou meu pescoço me fazendo arrepiar.

- meu pai te mata se te pega aqui. - deu de ombros.

- vai valer apena - me beijou.

Aí meus Deus. Não consigo me afastar dele, por que? basta eu dizer não, expulsa - lo. Mas eu não consigo, acho que nunca vou conseguir.

A Herdeira Da Máfia 3Onde histórias criam vida. Descubra agora