Capítulo 40

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Mau Narrando

Depois de vermos o por do sol Miguel me deixou em casa. Entrei na ponta dos pés para que ninguém me visse, quando estava chegando nas escadas a luz se acendeu.

- onde estava senhorita Mau?- me virei vendo a Tatá dando risada da minha cara de assustada

- a vai se ferra - soltei o ar que eu segurava

- então não me respondeu - cruzou os braços

- estava na praia com o Miguel - ela deu um sorriso alegre - agora eu vou dormi que tenho compromisso de trabalho a noite
- sei - revirei os olhos e voltei a subi as escadas

- TENHA BONS SONHOS- gritou quando eu estava na metade do caminho.

Nem olhei pra trás continuei a subi as escadas, eu so queria deitar na minha cama e dormi muito e conserteza eu teria bons sonhos.

Tatá Narrando

- tava falando com quem ?- MT apareceu na sala

- com a Mau

- Ah !

Meu celular vibrou mostrando que tinha uma mensagem e era do tio Marcus.

Tio Marcus

Hoje teremos um baile importante com empresários e aliados achei que iria querer comparecer !? As 20:00

Bjos minha lorinha!

Um baile de negócios e a Mau não me falou nada. Tudo bem que ela ache que eu estou sofrendo por tudo isso e eu estou mas infelizmente não posso para minha vida, mesmo que eu queira me da um tempo o tempo não me dará esse prazer.

- quem era?- perguntou me chamando a atenção

- à e o tio Marcus me convidando pra um baile de negócios - bloqueei o celular

- você vai?

- vou - ele me olhou meio estranho

- tem certeza? A Mau pode cuida disso - se aproximou de mim

- não, não posso para minha vida pra ficar me lamentando e afinal de conta sou subchefe da Máfia não posso ficar parada - dei um sorriso confiante a ele

- tudo bem - colocou a mão nos meus ombros - vou indo nessa se precisar e só me ligar que venho correndo - beijou minha testa

- pode deixar.

Ele saiu me deixando ali sozinha, eu não estava com sono nem estava afim de fica deitada, então fui até a cozinha pra pegar algo pra comer.

- oi Mari - a cumprimentei

- oi menina - me deu um sorriso amigável - caiu da cama foi?- dei risada

- quase isso - peguei uma xícara

- como você está? - sabia que ela estava se referindo a perda do meu filho

- estou vivendo um dia de cada vez - dei um sorriso meio amarelo

- então sente - se aí pra toma café - falou tentando muda o clima

- eu só vim pegar umas besteiras vou toma café na sala - peguei umas torradas e geleia é um sonho de chocolate

- tá bom - voltou a lava a louça.

Sai da cozinha com minha refeição na mão, coloquei tudo em cima da mesa de centro, liguei a TV colocando na Netflix selecionei o filme A Fera pra mim assistir.

No meu celular marcava que era 08:00 da manhã por tanto ninguém além de mim estava acordado a essa hora a não ser a Mari também é claro. Então eu tinha a sala toda pra mim.

Arlequina Narrando

- estamos perdendo ela k9, nem de pai e mãe ela nos chama mais - ele andava de um lado pro outro na sala

- eu sei, eu sei mais o que eu posso fazer?- passou a mão nos cabelos

- vocês devem fazer um passeio em família - papai apareceu nas escadas

- o que?- ele revirou os olhos

- não sejam tolos - foi grosso - a Mau tenta ser fria pra se proteger, ela perdeu a memória e por mais que tenha se lembrado ela não é mais a Mau que vocês conheceram e a coisa que mais irrita ela são quando vocês tentam fazer ela voltar a ser o que ela era - se sentou ao meu lado - vocês não tem que fazer ela voltar a ser o que  era, vocês tem que amar o que ela é agora

- mais nos amamos  - ele pegou a minha mão

- não filha, vocês amam aquilo que ela foi não o que ela é - me deu um beijo na bochecha.

Ele foi pra cozinha nós deixando ali refletindo sobre o que ele havia dito e ele estava certo.

- papai está certo- chamei a atenção do k9- estamos tão apegados naquilo que a Mau era na esperança dela voltar a ser a menina de antes, que não percebemos que estamos nós afastamos dela, não percebemos que ela está bem do jeito que está. Estamos tão obcecados a fazer ela a voltar a ser nossa meninha que esquecemos que ela cresceu e agora não é mais nossa meninha mas sim a nossa grande mulher - K9 se sentou do meu lado

- e, acho que nós mesmo a afastamos da gente - segurou minha mão - temos que amar o que ela e não o que ela já foi.

Estavamos afastando nossa filha e não estavamos percebendo isso queriamos tanto faze-la voltar a ser a menina doce, carinhosa, marrenta que esquecemos de amar o que ela havia se tornando, queriamos que ela voltasse a ser o que era mais não podemos voltar ao passado o que podemos fazer e amar como sempre amamos ela.

A Herdeira Da Máfia 3Onde histórias criam vida. Descubra agora