Capítulo 53

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Mau Narrando

Chegou a hora de pegar minha filha de volta. Já estava tudo pronto, tudo como o combinado, cada um já estava em seus postos. Assim que Mercenário aparecer Carlos sairia pra invadir seu morro, essa seria a minha última conquista.

- estão prontos?- olhei pra seu rosto apreensivo igual o meu.

- sempre estou- sorriu confiante.

Pegamos nossas armas, facas é acessórios que sempre usamos que são muito úteis nessas horas.

- filha espera - veio até mim. - se cuida, eu te amo. - beijou minha testa.

Sorri gentilmente pra ela, tentando passar a certeza de que voltaria depois. Saímos da boca, cada uma pegou sua mota descendo pra entrada do morro, meus soldados vinham logo atrás nós seguindo.

Meu pensamento vaga pela minha filha. A meu Deus como ela pode estar? Não se preocupe meu tesouro eu vou te salvar, custe o que custar.

Chegamos na entrada do morro e nem um sinal do Mercenário ou de seus soldados, descemos da moto, meu soldados se colocaram em seus postos formando uma barreira na entrada do morro.

- onde ele está?

- não faço ideia.

Meu rádio apitou.

- Mau aqui está tudo limpo.

- ele ainda não apareceu, mas não deve demora fiquem de olho - respondi ao MT.

- pode deixar.- desliguei o rádio.

Já estava aflita, ele só pode estar brincando com a minha cara, respirei fundo um milhão de vezes até que vi sete carros e uma van parando perto da entrada.

- chegaram - me indireitei.

- pronta?- acenti.

Vários homens começaram a sair dos carros e das vans, procurei por Mercenário é Sophia mas não estava os avistando. Isso estava me deixando impaciência, céus onde está a minha filha?

Os homens pararam em uma fila uma do lado da outra, deixando um espaço no meio de ambos. A porta da van foi aberta, Mercenário desceu de lá com seu jeito arrogante, como se fosse o dono do mundo.

- que entrada patética - revirei os olhos com toda a sua frescura.

- ainda não vi sua filha.

- também não, mas acho que já sei onde ela está.

- aonde?

- no morro dele, Mercenário não seria tolo de trazer sua única vantagem sobre mim e me entregar de mão beijada. Por isso disse a Carlos pra revistar aquele morro do pé a cabeça até achar ela.

- boa jogada.

Pisquei pra ela. Ele veio caminhando em passos pequenos até mim, estava parecendo um galã de novela, com sua jaqueta de couro preta, sua calça jeans caríssima, seu tênis da Adidas, cordões de ouros pelo corpo, seu penteado perfeitamente belo como de um herói. Acho que ele tá achando que isso é uma cena de novela.

- minha querida Mau.
Me saudou com um aceno de cabeça.

- tá achando que isso é a gravação de um filme de horrores Mercenário?- fui irônica.

- o que foi? Exagerei ?- deu uma risada sarcástica.

- concerteza meu querido. Está combinação está horrível.

Tia Lary fez cara de nojo olhando suas vestes nada combinaveis.

- os anos lhe foram gentis minha querida.  Olhou para ela com um olhar de desejo que se tio De menor visse mataria ele em um piscar de olhos.

- nos poupe de suas cantadas idiotas e diga logo onde está a minha filha.

Ele me olhou, abriu um sorriso largo dando uma risada irônica.

- a que isso minha querida não achou que eu iria trazer minha única vantagem é te entregar de mão beijadas.

- se você fizer algo com minha filha eu te mato. - dei um passo a frente.

- relaxa, não farei mal a ela, mas farei a você.

- então venha Mercenário. Tente pegar o que você quer, só tente pois jamais vai conseguir.

Vi seus olhos fervendo de raiva. Ele jamais entraria no meu morro eu jamais daria a ele o gostinho de ter meu morro em seu poder.

- se preparem soldados. - me virei prós meus soldados - a guerra vai começar.

A Herdeira Da Máfia 3Onde histórias criam vida. Descubra agora