Capítulo 48

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Mau Narrando

Eu estava no areaporto esperando pela Geovana que já estava atrasada. Noite passada com o Miguel foi maravilhosa, ficamos assistindo filmes e depois fomos dormi de conchinha. Só dormi mesmo. Ouvi a mulher falando no alto falante que o avião que Geovana já havia pousado. 

Caminhei rumo a saída da pista de pouso esperando por aquela brasileira irritantemente bonita. Não demorou pra ela sair com um sorriso maravilhoso nos lábios, seus cabelos cortados acima do ombro, e suas curvas de uma bela brasileira.

- sua vaca - pulou no meu colo.

- que saudades - a abracei.

- nem me fala. - se soltou do abraço - como e bom senti o calor do Rio.

- calor insuportável - revirei os olhos.

- vamos?- acenti. - estou louca pra ver meu irmão. Como ele esta?

- temos muito o que conversa - peguei sua mala do chão.

- vejo que muitas histórias vem por aí - pegou as outras duas malas.

Caminhamos pro meu carro. Geovana me contou todas as suas aventuras no Canadá, ela estava tão feliz que me cortava o coração ter que dizer pra ela que seu irmão e um canalha.

- então me diga o que aconteceu entre você é meu irmão?- falou quebrando o silêncio.

- Carlos me traiu e engravidou outra - vi seu queixo cair.

- com...Como ele pode fazer isso?-perguntou indguinada.

- fico me perguntando isso todo dia.

- eu sinto tanto Mau - respirou fundo.

- tá tudo bem. A culpa não foi sua - sorri de lado pra ela.

- mas mudando de assunto como está os meus tesouros ? - se referiu a Sophia é Biel.

- muito sapecas.

- to morrendo de saudades daquelas duas coisinhas - sorriu.

Ficamos conversando sobre as crianças, sobre as coisas do morro, não tocamos mas no nome do Carlos. Liguei o som colocando em uma rádio que tocava um funk, fomos cantando até chegar no morro.

Entramos no morro do Deus. O Meu morro. As pessoas subiam é desciam, as crianças brincando no parquinho, meninas sentadas na varanda de suas casas conversando, fumando narguilhe. O morro estava no movimento de sempre.

- senti saudades da animação desse morro - olhava as pessoas lá fora sorrindo.

- nós sentimos saudades sua.- sorri.

Parei meu carro em frente de casa. Os seguranças nós ajudaram a entra com as malas da Geovana.

- tiaaa - Sophia pulou em cima da tia.

- oi meu amor - se abaixou abraçando a mesma.

- estava com muita saudades da senhora - se desfez do abraço.

- eu também minha pequena - se levantou - cadê seu irmão? - perguntou.

- tá almoçando.

- vamos lá - deixamos a mala lá na sala indo pra cozinha.

Biel estava sentado na sua cadeirinha fazendo a maior bagunça com sua comida.

- meu porquinho lindo - tirou ele da cadeirinha o pegando no colo.

- tlitlia - abraçou ela com seus braços fininhos todo sorridente.

- que sujeira em Gabriel - reclamei.

- Geovana?- Mari entrou pela porta dos fundos.

- Mari - a abraçou de lado dando lhe dois beijos na bochecha. - como e bom estar em casa.

- vem Biel vamos toma um banho é deixar sua tia descansar.  - peguei ele do colo dela.

- vou toma um banho, depois vou mostra os presentes que eu trouxe pra vocês.

- ebah - deram pulinhos de alegria.

- plesente - bateu palmas.

- vamos toma banho seu interesseiro. Sophia já tomou seu banho?

- já sim mamãe.

- ótimo.

- vou subi com a tia Gi ! - acenti.

- só não a perturbe - ela acentiu.

Subimos cada uma indo pro seu quarto. Dei um banho em Biel o deixando limpo e cheiroso. Pentei seu cabelo, ele acabou pegando no sono o que era esperado já que toda vez depois de almoça ele acaba dormindo.

Coloquei ele em seu berço. Desci as escadas indo pra cozinha almoçar pois eu estava morta de fome.

- Geovana ainda não desceu? - peguei um prato.

- ainda não - Mari respondeu.

- vou comer tô com fome. Vou espera não. - coloquei a comida. Mari deu risada.

Me sentei a mesa pra comer. Não demorou para Geovana descer junto da Sophia, elas se serviram e se sentaram ao meu lado.

- onde está meu tio? - perguntou.

- deve está na casa da namorada secreta - Sophia respondeu.

- tio Caveira namorando?- ficou surpresa.

- pois é - bebi do meu suco.

- essa e nova.

Almoçamos conversando sobre como estava andando o morro, ela contou sobre sua viagem, suas aventuras. Depois de almoçar fomos da uma volta pelo morro.

- ai como e bom sentir o calor do Rio - abriu os braços sentindo a brisa do vento.

- esse calor insuportável - limpei minha testa que suava.

- você reclama por que não sentiu o frio do Canadá - revirei os olhos.

- nem quero sentir.

Continuamos a caminhar até a pracinha. Onde passávamos as pessoas nos cumprimentavam, era bom saber que elas gostavam de mim, gostavam da minha família, isso era bom pois eu sempre fui justa com todos no morro.

Chegamos no parquinho, Sophia já foi correndo pra brincar com suas amiguinhas.

- seu avô está por aqui ainda?- nós sentamos no banco.

- está sim. Vai embora hoje a noite.

- então como você está?

- bem - dei de ombros.

- estou me referindo a como está seu coração com toda essa bagunça? - me olhou.

- ele está como uma montanha russa. Cheio de sentimentos bons é ruins. Ele está em dúvida - respondi.

- dúvida? - arqueou a sobrancelha.

- depois de tudo que aconteceu Miguel foi meu conforto - olhei pra ela. - sinto algo por ele, gosto de estar com ele. Esta com ele me trás paz...- me interrompeu.

- mais ainda ama o Carlos. E ele te magou. Os dois te magoaram, é agora você está com medo de confiar nos seus sentimentos e acabar machucada. Novamente.

Eu não tinha palavras pra responder. Ela havia descrito tudo o que eu estava sentindo.

- minha cara você entrou em uma baita enrascada. - voltou a olhar pra frente.

Ela estava certa. Totalmente certa, eu estava numa baita enrascada, meu coração estava confuso. Eu estava confusa. Espero que no final de tudo isso eu saiba o que fazer.

A Herdeira Da Máfia 3Onde histórias criam vida. Descubra agora