Capítulo 11.

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Capítulo sem revisão. 

Capítulo 11.

Connor McBrian.

Após a manhã conturbada, eu decidi passar o resto do dia enfiado no trabalho da fazenda.

Eu não queria pensar sobre isso.

Pensar sobre a manhã fazia doer meu peito. Pensar nela me fazia me perguntar se seria sempre assim com Angel. Se em nossas vidas, sempre seriamos olhados com repreensão. Como se ela fizesse mal em me amar.

Como se eu não tivesse o direito de me apaixonar.

Eu me joguei na fazenda, e trabalhei como a muito não fazia. Não desde que Angel surgiu em minha vida.

Na hora do jantar eu voltei para casa nem um pouco aliviado de meus pensamentos.

Sentado a mesa eu me forçava a comer. A comida tinha gosto de palha em minha boca. Eu não conseguia digerir, eu só conseguia pensar. A mão de Angel apertou meu joelho por debaixo da mesa.

E eu lhe ofereci um fraco sorriso antes de empurrar meu prato longe.

– Eu estou satisfeito. – Disse a ninguém em particular.

Levantando da cadeira eu beijo Angel na testa, e desejando boa noite a todos desapareço da cozinha.

Saindo da casa grande eu me caminho até o celeiro e montando o meu cavalo negro eu o incito a trotar.

Ele caminha levemente para longe da casa, mas quando eu acho que estou longe o suficiente eu o coloco para correr. A paisagem ao meu redor passa voando. O vento frio bate em meu rosto. E eu somente fico lá, montado no cavalo o deixando voar livremente por onde queira.

O terreno da fazenda é enorme.

Além do que eu mostrei a Angel, a hectares e hectares de terra. De floresta e de montanhas. Ela não pode nem imaginar o tamanho disso aqui.

O cavalo voa e uma lágrima que escorre por meu rosto também.

Mas de repente uma gargalhada de desespero sai de minha boca.

Uma gargalhada irônica quando eu lembro que, quando queria fugir dos meus problemas, eu tinha que caminhar. Não poderia sentir o vento em meus cabelos e rosto ao cavalgar selvagemente pela fazenda. Não, eu não fazia isso, pois não era autorizado a montar os cavalos.

E então, quando a dor era demais para suportar eu caminhava. Caminhava até meus pés criarem bolhas.

O cavalo para, bufando, provavelmente cansado e eu o guio de volta para casa. Tinha percorrido alguns quilômetros sem que percebesse, mas não estava pronto para deitar-me. Não. Eu não conseguiria dormir essa noite.

Não com meus pensamentos e a tristeza rondando minha mente.

Em todos os meus trinta e cinco anos de vida, eu lamentei muitas vezes o meu destino, e principalmente as minhas cicatrizes, mas nunca foi como hoje.

Eu nunca tinha odiado o rumo da minha vida como fiz durante todo o dia.

E eu somente queria ficar só.

Então subi a montanha que trouxe Angel muitas vezes, amarrei o cavalo em uma árvore, e sentei embaixo de outra árvore, a nossa árvore.

Eu me sentei lá por muito tempo.

Amar um anjo (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora