Capítulo 13.

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Capítulo sem revisão. 

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Capítulo 13.

Connor McBrian.

Angel falou-me sobre sua mãe o suficiente para que eu não gostasse dela sem ao menos conhecê-la. Disse-me o suficiente para que eu soubesse que a mulher que me olhava com horror e nojo, por detrás da mesa, era sua mãe.

Margareth Deveraux.

Angel tinha me dito o nome de seus pais em uma de nossas conversas.

Mas mesmo que nada tivesse me dito sobre eles, eu iria adivinhar que a mulher que me encarava era sua mãe. A semelhança entre as duas era impressionante. Entretanto, a mulher mais velha tinha uma severidade em seus olhos, uma amargura e um olhar superior em sua face, que o rosto inocente de Angel não carregava.

– Mamãe. – Angel chama ao meu lado.

Desviando o olhar de mim, Margareth olha para sua filha com um sorriso contido.

– Angel, querida. – Faz um sinal com as mãos para que Angel se aproxime da mesa e se sente na cadeira.

Se eu tivesse somente meu pai como um exemplo, eu acharia normal a relação de Angel com sua mãe, mas com Nona eu conheci um pouco do amor e relação de pais e filhos, e não pude deixar de imaginar a infância solitária de Angel. Somente imaginando agora o tanto que ela e sua irmã eram unidas.

Angel acena com a cabeça para mim, pedindo que a acompanhasse.

Eu a segui, evitando tocá-la. Mesmo que meu corpo gritasse em agonia pelo seu.

– Angel? – Sua mãe a olha interrogativa sobre mim. – Pode me explicar o porquê de esse... Senhor está aqui?

– Mamãe esse é...

– Claro, deve ser o taxista que a trouxe. Você estava sem dinheiro para pagá-lo? – Diz alcançando sua bolsa que estava em uma mesa atrás dela. – Acho que seu cartão de crédito tem limite o suficiente. Não me diga que o estourou em Paris?

– Ele não é o taxista. – Angel a interrompe.

Margareth tira os olhos de sua bolsa e nos encara.

– Mãe, esse é Connor, meu namorado.

Sua mãe não esboça nenhuma reação, mas eu vejo quando seu maxilar treme, antes de Angel sentar na cadeira e suspirando, contar o que aconteceu no último mês.

A risada que Margareth solta, nada tem haver com humor. Sua gargalhada forçada mostra todo o seu escarnio e a incredulidade velada.

– Eu sempre soube que você era criativa, querida. Mas confesso que agora você me surpreendeu.

– Mãe eu não...

Nesse momento a porta se abre, e um homem de cabelos grisalhos entra na sala. Angel interrompe sua fala olhando surpresa para o visitante.

– Papai. – Ela grita antes de correr até ele e o abraça-lo.

– Angel, minha menina. Que saudade. – Ele diz abraçando-a de volta.

Eu observo a cena parado ao lado da cadeira onde Angel sentava anteriormente. Eu permaneci em pé, ao seu lado, durante todo o tempo em que ela se explicou para sua mãe. Desde quando disse que viajou com Mary e não para Paris, até quando disse que havia se apaixonado por mim.

Amar um anjo (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora