Capítulo 08.

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Capítulo sem revisão. 

Capítulo 08.

Connor McBrian.

O sol nasce na janela, mas há muito tempo eu já estava cordado.

Uma noite mal dormida não era algo incomum para mim. Crescendo sobre o medo e depois com as lembranças desses tempos, dormir, era a última coisa que eu conseguia.

Mas dessa vez, não foram os pesadelos que me tiraram o sono, foi Angel. Ela nunca saia de meus pensamentos, era a primeira coisa que eu pensava ao acordar e última coisa antes de dormir.

Imagens dela, e do nosso futuro era o principal o foco da minha falta de sono. Mas não hoje. Hoje eu estava com pensamentos mais obscuros. Eu pensava em sua família e no que enfrentaríamos juntos no futuro não tão distante.

O que eu deveria fazer para que Angel nunca se afastasse? Para que sua família nunca a afastasse de mim?

Eu sabia a resposta para isso, mas não gostava de pensar na possibilidade. Não dessa forma.

Casamento.

No momento que estivéssemos casados, e Angel fosse irrevogavelmente minha, sua família não poderia tirá-la de mim.

Mas eu não queria casar com Angel. Não dessa forma.

Eu não queria que ela passasse toda a sua vida, se questionando o motivo do nosso casamento. Se perguntando se foi por amor, ou por necessidade.

Era muito cedo para pensar sobre casamento? Provavelmente. Mas será que isso importava? O que eu sentia por ela não era o suficiente para isso? Para mim talvez, mas e se ela não pensasse da mesma forma?

Eu também não queria prendê-la a um casamento somente porque era necessário no momento. Angel é jovem, dezessete anos mais jovem do que eu para ser mais especifica. E enquanto eu perdi toda a diversão de ter dezoito anos, Angel ainda tinha muito para curti pela frente.

E eu não queria privá-la de nada que queira. Mesmo que isso fosse balada.

Claro que sempre poderíamos conciliar a vida de casados com saídas para a cidade grande, mas nunca seria a mesma coisa para Angel. Nunca seria da mesma forma se ela fosse solteira. E depois, ela iria querer sair comigo para um lugar um milhão de vezes maior que a fazenda, e que West Orange, onde os olhares de nojo, pena e horror sobre mim seriam enormes.

Aqui na cidade ou na fazenda, as pessoas já eram acostumadas ao monstro.

E se casássemos e nunca saíssemos daqui, ela nunca teria que passar a vergonha de andar comigo, mas, novamente, mesmo que eu esteja pensando nela nesse ponto, isso era um pensamento egoísta.

E ela nunca aceitaria tal condição.

A porta range em meus ouvidos e eu fico imóvel em minha posição de costas para ela, esperando que o intruso se identifique.

Mas ele não o faz e em seu lugar eu escuto passos. Passos leve, que parece flutuar sobre o assoalho de madeira. Meu corpo fica tenso, mas só por poucos segundos. Logo eu sinto seu cheiro. O cheiro que fez delirar e viver, dia após dia.

Mesmo identificando-a, eu permaneço imóvel, e quando ela se aproxima da cama eu fecho os olhos.

Sinto quando a cama afunda sob seu peso.

Ela deita-se ao meu lado, em minha frente, e entra embaixo das cobertas junto comigo. Eu aguardo o que vai fazer a seguir, e só tenho que esperar por poucos segundos para descobrir.

Amar um anjo (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora